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Pov. Luna

— Por que eu estou agindo assim? — Suas sobrancelhas se transformam em uma só quando as franze demais. — Eu também não sei.

Ele se vira para parede.

Me inclino um pouco e vejo único olho castanho virar vermelho.

— Você sabe me dizer porque seu olho reage?

— Como assim?

Puxo ele um pouco para ficar de frente para mim.

— Azul, e o outro castanho. Mas, agora está azul e o outro vermelho.

Ficamos em um silêncio.

Acho que ele não dirá nada.

— É de acordo com os meus sentimentos. Eu expliquei várias vezes que estou sempre em equilíbrio.

— Você estava.... Bravo?

Ele pressiona os lábios em uma expressão de raiva. Então tira a minha mão que segura seu braço a um bom tempo.

— Preciso ir.

— Orion....

Ele para. Vejo seus punhos cerrados, contendo o quer que esteja sentindo.

— O que foi?

— Precisamos continuar nosso treinamento, ainda não sou boa o suficiente de luta corpo a corpo.

— Claro, majestade.

Sai.


Pov. Orion

O almoço não é silencioso como era no outro castelo.

Eles todos estão conversando e planejando. E a Luna não está entre eu e o Sirius. Estou ao lado da garota loira. Sol.

Tudo parece tão diferente.

Meu estômago se revira quando vejo a carne da travessa que o empregado abre. Está mal passada.

— Troque — Digo.

Ele levanta os olhos para mim, assustado com a minha voz.

— O que, senhor?

— Leve essa carne daqui — Repito mais sincero.

Ganho olhares dos outros da mesa.

Luna parece confusa e me lança um olhar de preocupação, até um minuto atrás estava sorrindo com a conversa.

— O que tem de errado com a carne? — Pergunta.

— Está podre. Não presta.

— Não tem nada de podre.

— Tire daqui — Ignoro a Luna e dou mais uma ordem ao empregado que está confuso a quem obedecer.

— Tudo bem, pode levar. Utilize para o almoço de vocês na cozinha — Ela fala com ele sorrindo.

O homem sai rápido com a travessa.

Luna continua me olhando, e observo meu prato com grande admiração para fugir de suas perguntas.

A conversa começa novamente. Nada de silêncio.

++

Mexo de um lado ao outro na cama. Sinto o suor pingando minha testa. A imagem da minha mãe aparece sorrindo. Está usando branco, sangue banhando o vestido como uma rosa vermelha.

Ela sorri para mim.

— Meu filho, venha. — Estende a mão para mim.

Tento correr.

Tenebris - Filha da Guerreira Da Terra (livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora