Capítulo 34.

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A viagem para Sindo foi uma coisa, mas isso - viajar até o palácio com Rosé por um fim de semana - é completamente diferente. Para começar, o transporte. Um carro nos leva de Cheongshim até o aeroporto, onde pegamos um avião que nos leva até Incheon para pegarmos um trem, que não é qualquer trem. A família real tem o seu próprio trem, adornado com o brasão da família por toda parte e com assentos que são mais confortáveis do que qualquer outro em que já me sentei. Rosé está ao meu lado, nossos dedos entrelaçados enquanto observamos a paisagem rural correr veloz, e estou animada, feliz e quase me mijando de tão nervosa ao mesmo tempo. Quando Rosé e eu fomos para Sindo, éramos apenas amigas.

Agora, definitivamente somos mais do que isso, mas será cedo demais para ser assim tão... oficial? Isso não é uma visita qualquer aos familiares, afinal de contas. É uma festa para o casamento real que se aproxima. Eu irei ao casamento como par de Rosé? E, falando em casamentos, como será com Rosé no futuro? Quer dizer, é cedo demais para pensar em casamento, mas existe algum título para uma garota que se casa com uma princesa? Será que....

- Você está fazendo a sua Cara de Manoban Pensativa.

Olho para o lado e Rosé está encostada no descanso de braço e bem próxima a mim, seus lábios levemente franzidos e os olhos espremidos.

- Porque eu sou Manoban e estou pensativa - respondo, mas, quando ela se inclina para me beijar, todos aqueles pensamentos são afugentados para longe.

Quando o trem chega à estação Seul, um carro nos espera. Também nos espera um punhado de fotógrafos. Não o mar de flashes que eu estava imaginando, mas, ainda assim, eu me sinto muito consciente do fato de que estou vestindo jeans, um suéter e tênis, e que eu provavelmente deveria ter feito algo que não fosse um rabo de cavalo em meu cabelo.

Rosé me empresta um par de óculos escuros e eles parecem grandes e ridículos demais no meu rosto, mas sou grata por eles enquanto nos acomodamos no banco de trás do carro.

- Ufa - digo assim que a porta se fecha atrás da gente e estamos avançando velozes por uma rua estreita, passando por um mar de lojas para turistas. - Eu nunca me senti tão olhada.

- Como se atreve? Eles estavam olhando pra mim - Rosé responde, sorrindo, e eu rio, afofando a franja e tentando ajeitar o cabelo.

- A gente vai ter uma chance de se arrumar melhor antes que eu conheça os outros integrantes da realeza, né? - pergunto, e Rosé movimenta a cabeça positivamente, já digitando em seu celular.

- Alice é a responsável por isso tudo, então é provável que alguns cabeleireiros estejam nos esperando no palácio.

Ela está brincando. Pelo menos eu acho que ela está brincando.

Mas não tenho tempo de perguntar nada porque de repente o carro está chegando ao palácio, atravessando grandes portões de ferro forjado, e preciso me conter para não amassar o nariz na janela enquanto o palácio se avoluma à vista.

- Nossa - murmuro, absorvendo o visual das pedras de coloração quente sob a luz da tarde. - É tão...

- Sim - Rosé diz com alegria, e, quando ela estende a mão para apertar a minha, eu sinto o mesmo misto de excitação e terror que está me acompanhando desde a viagem de trem.

Alice  está nos aguardando na entrada, tão reluzente e polida como sempre, e percebo que Talia também nos aguarda, de pé, a alguns metros dela. Ela não está tão bem aprumada como sua mãe, mas está bem arrumada, vestindo uma camisa de botões e uma saia adorável.

- Oi de novo - digo a ela, acenando, e ela acena de
volta antes de se aproximar.

Enquanto Rosé e Alice confabulam sobre algo, Talia chega perto de mim e diz:

- Isso vai ser muito mais intenso do que Sindo, mas eu prometo que ninguém é tão assustador como parece.

- O que isso significa? - pergunto, mas ela só me dá um tapinha no ombro com um olhar complacente antes de voltar para o lado da mãe.

- Lalisa - Alice diz, gesticulando para que eu
me aproxime e estalando os dedos para um empregado que aguardava perto do carro.

-  Suho vai conduzi-la aos seus aposentos - ela informa, antes de se inclinar e dizer ao empregado -, a Suite Start. Se a mala de roupas não estiver lá, chame Kai e diga para ele que me ligue.

- Sehun, madame - ele diz, e não sei se ele está querendo dizer que entendeu o que é para fazer ou se está corrigindo seu nome.

De qualquer maneira, tudo parece mais com um código.

Então Alice se dirige a mim.

- Chaeryoung fará o seu cabelo às três, então Ashley entrará para fazer sua maquiagem às quatro. Quando você estiver vestida, enviarei alguém ao quarto com uma seleção de joias.

Engulo em seco.

- Joias?

A palavra falha em algum lugar, e minha mão vai ao pescoço, lembrando do colar de diamantes que Rosé usou em Sindo. Será que usarei algo desse tipo? Eu... não sei se me sinto segura usando algo assim. Passaria a noite inteira com a mão no pescoço, com medo de que um objeto que custa o mesmo que a casa do meu pai - se não custar mais - mergulhe na minha tigela de sopa.

Alice vê meu gesto e dá uma risada, sacudindo a cabeça.

- Apenas alguns brincos, nada muito valioso.

De qualquer forma eu imagino que Alice e eu não temos a mesma noção sobre o significado de "valioso", mas estou aliviada o suficiente para acenar com a cabeça e dizer:

- Parece ótimo!

- Esmeraldas - Rosé diz para Alice, que, movimentando a cabeça, faz uma anotação em seu iPad, sempre presente.

- Vá em frente - Rosé me diz, me empurrando de leve com a mão. - Descanse, e eu te encontro às cinco na sala de estar cor-de-rosa, onde servirão drinques.

Quando eu olho para ela sem reação, ela completa:

- Alguém vai te buscar, não se preocupe.

Com outro sorriso, ela vai embora com Alice e Talia, e sou deixada para trás para seguir Sehun -ou-talvez-Suho até meu quarto.

Não tenho muito tempo para ficar admirando os arredores, na verdade, subimos uma série de escadas e atravessamos vários corredores estreitos, virando para um lado e outro até chegarmos a um quarto que não é tão bonito quanto o quarto em Sindk, mas ainda assim muito mais agradável do que qualquer coisa que já vi.

E, claro, tem uma bolsa sobre a cama com roupas para mim. Abrindo o zíper, eu dou de cara com o vestido que usei em Sindo.

- Olá, você - digo, acariciando o tecido e me lembrando daquela dança com Rosé na estufa.

Talvez esse vestido seja como um amuleto de boa sorte? Definitivamente, sinto que precisarei de um.

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Atualizarei mais da qui a pouco!! Por favor, esperem por mim!! Enquanto isso, me respondam. O que acham que vai acontecer nessa "festinha" real?

SUA A.L.T.E.Z.A. REAL  (Chaelisa)Where stories live. Discover now