Capítulo 35.

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De um jeito esquisito, é como se eu estivesse naquela noite em Sindo de novo.

Uso o meu vestido verde, Rosé usa outro vestido de baile, desta vez dourado, estamos em outro castelo e mais pessoas vestem estranhos uniformes fora de moda.

Deveria parecer mais do mesmo, e talvez seja para Rosé. Afinal, esse é o tipo de coisa ao qual ela já se acostumou.

Mas, para mim, tudo é diferente.

Rosé me dá o braço enquanto nos aproximamos de um par de enormes portas douradas, e eu respiro fundo. Ela olha para mim.

- São apenas pessoas - ela diz. - No fim das contas, são gente comum.

Olhando para ela, eu levanto as sobrancelhas.

- Você realmente acredita nisso?

- Por Deus, não - ela responde imediatamente, dando uma tremidinha. - Terrivelmente assustadores, todos eles, inclusive eu.

Isso me faz rir, e, quando ela segura minha mão por um segundo, eu a aperto rapidamente.

Rosé pode estar brincando, mas sem dúvida esse momento Entrando numa fria é mais intenso do que o normal.

Não que tenhamos assumido nosso relacionamento publicamente, claro.

Se é que temos algum relacionamento.

Pelo amor de Deus. Eu? Namorada Real? A ideia é tão ridícula que sinto vontade de rir.

Mas, quando a mão de Rosé se desenlaça da minha, meus dedos quase instintivamente querem se curvar no espaço vazio para segurá-la por mais tempo. E isso parece... muito mais do que amizade.

Mas então as portas se abrem e eu não tenho mais tempo para pensar em nada. É a sala de estar particular da família, mas ainda assim está lotada. Todos esses vestidos de baile e smoking preenchem bastante espaço, eu acho, e sinto que vou começar a tremer e suar.

Então, ouço:

- Ah, aí está ela.

Ainda não tinha conhecido o irmão mais velho de Rosé, mas eu reconheço o príncipe Felix quando ele se levanta e atravessa a sala para abraçá-la, beijando-a nas duas faces.

E então ele olha para mim.

Tenho um momento de pânico. Eu sei que devo fazer uma reverência para a rainha, e isso significa que eu também provavelmente deveria fazer o mesmo para um príncipe, mas o quanto devo me curvar? Nem tanto quanto eu me curvaria para a rainha, certo?

Coloco um pé atrás do outro, pronta para me abaixar, mas Felix me interrompe sacudindo a cabeça e sorrindo.

- Não precisa disso quando estamos em família - ele diz, estendendo a mão para me cumprimentar. 

Um pouco envergonhada, eu aperto a mão dele de volta, então olho para Rosé, que está sorrindo.

Junto a Felix está uma bela garota loira e eu me dou conta de que essa deve ser sua noiva, Sana. É bom ver outra estrangeira nesse lugar, então eu provavelmente abro um sorriso grande demais enquanto a cumprimento também.

- Oi, sou a Lisa. Lalisa. Tanto faz, na verdade.

- Sana Minatozaki - responde. - Sana. Tanto faz também, na verdade.

Seu sorriso é genuino e acolhedor, e eu me pergunto se não poderia passar a noite inteira conversando apenas com ela e Felix para não ter que lidar com mais ninguém da realeza.

- Você é do Tailândia, né? - Sana pergunta, e eu aceno positivamente com a cabeça.

- Sim, de Buriram. Como você sabe?

SUA A.L.T.E.Z.A. REAL  (Chaelisa)Onde histórias criam vida. Descubra agora