Capítulo 11

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Jeongguk

Ainda falta muito para o meu aniversário de dezoito? 

Não consigo acreditar que meu irmão está mesmo falando sério, não consigo acreditar que o Kim realmente está esperando um filho do meu irmão e que vai passar a morar na mesma casa que eu. O que eu fiz para merecer isso? 

Sentia o aperto forte da mão do Jimin hyung na minha destra, provavelmente ele já imaginava meu estado e agora tentava me acalmar. Segurei minhas lágrimas, não vou dar esse gostinho ao Kim, e respirei fundo tentando me acalmar e não demonstrar o quão abalado estou. 

– É sério, filho? – A mãe do Taehyung perguntou emocionada, aparentemente os membros da família Kim eram os únicos felizes. Ele concordou balançando a cabeça em movimentos de afirmação e ela quase deu um pulo da cadeira. —  Que felicidade! 

– Eu posso ser o padrinho?– Taemin perguntou. 

– Ainda não decidimos os padrinhos.– Hoseok respondeu alegremente. 

– Sim, ainda está muito recente. Eu descobri sem querer, a sementinha ainda tem três semanas.– Eu sempre tenho que me segurar para não revirar os olhos quando ouço a voz dos Kim's. 

– Sem querer? Ninguém descobre sem querer com apenas três semanas.– A tia Yerin soltou com um olhar desconfiado e chamando a atenção de todos. 

– A-ah! É que eu fui fazer exames de rotina, sabe?!– A Park o encarou demonstrando sua desconfiança. 

– O que importa é que estamos felizes!– Hoseok tenta findar a conversa, porém o clima ficou ainda mais estranho quando todos ficaram calados. 

– Ji, podemos ir ao jardim?– Falei baixinho no ouvido do Park. Ele concordou e levantou pedindo licença, eu apenas repeti seu ato. 

Tentamos não chamar muita atenção, mas com o clima tão estranho era óbvio que seríamos uma distração para a galera e todos ficaram encarando quando saímos do cômodo. 

Fomos andando pelo curto jardim até chegar na piscina e eu me sentei ali perto, esperando que o mais velho fizesse o mesmo. 

– Você está bem, meu amor?– Ele se abaixou e ficou bem de frente para mim, estava tão preocupado que eu pude ver em seus olhos e sua expressão.  

– Não...– Respondi baixinho e o abracei. 

Parece que foi o suficiente para o meu mundo desabar e eu até solucei de tanto chorar em seu abraço. Me sentia perdido no mundo, como se não fosse importante para ninguém, como se não tivesse uma missão a cumprir na terra, como se fosse uma alma penada. Me sentia um inútil, infeliz, sem esperanças, um peso. Acima de tudo, eu sentia medo. Muito medo. 

– E-eu não quero morar com o Kim, hyung...– Declarei entre os soluços.– N-não quero ser maltratado dentro da minha própria casa, ele vai fazer um inferno na minha vida.– Na verdade ele já faz, mas eu estou triste demais para me corrigir. 

– Se acalma, por favor.– Jimin acariciava minhas costas tentando me acalentar, sua voz estava tão mansa.– Nós vamos resolver isso, sim? Você precisa se acalmar agora, tá bom?

Reuni forças para cessar o choro, ainda me sentia péssimo, porém chorar me ajudou um pouco. Jimin hyung limpou minhas lágrimas e segurou minhas mãos para que eu parasse de ficar mexendo na barra da blusa de frio que usava, minhas roupinhas ficaram destruídas com essa minha mania feia. 

– Me ouça, sim?– Jimin pediu e eu concordei.– Eu te amo muito, Jeon Jeongguk, com todo o meu ser. Eu dou minha palavra de que não vou deixar nada de mal te acontecer!– Ji falava com tanta convicção que eu não pude duvidar. Concordei me sentindo emocionado, ele nunca tinha dito que me amava com essa intensidade, isso era uma declaração romântica? 

Chupetinha • PJM+JJKOnde as histórias ganham vida. Descobre agora