BLOOD SAMPLE | JK + Tae + S/N

chapter 6 ✔

Permanecia parada, encarando atentamente a figura do acastanhado, tentando conter a minha enorme vontade de quebrar a cara do mesmo. Como ele poderia voltar como se nada tivesse acontecido? Para quem havia destruído minha vida, estava muito sorridente.

— O que está fazendo aqui, Taehyung?

Ele me encarou com um sorriso divertido, se aproximando aos poucos da onde eu estava, mas a cada passo que ele dava em minha direção, eu recuava ainda mais para trás.

— Não é óbvio, amor? Eu vim lhe ver!

Sinto meu dorso encostar na parede gélida, e assim o corpo do acastanhado se pressionou contra o meu, causando-me uma sensação de desespero, eu estava com medo.

— Me deixe em paz Taehyung!

Minha voz estava falha, e eu me criticava mentalmente por não ter atendido a chamada do Jungkook, seria uma chance de colocar o acastanhado atrás das grades.

— Como posso lhe deixar em paz? Você é a minha garota, esqueceu? Não posso abandonar você!

Sua destra tocou a minha cintura, descendo aos poucos, até encontrar com a bainha da roupa que eu usava.

— Eu deixei de ser sua na manhã que me deixou sozinha naquele apartamento para ser presa.

Sua feição mudou rapidamente, o mesmo pareceu ter levado um choque da realidade, pois estava mais pálido que o normal, e não conseguia mover um músculo sequer.

— Ser presa?

Perguntou, enquanto se afastava aos poucos do meu corpo, seus olhos escuros me encarava com muita atenção, como se estivessem tentando ler algo apenas em minha feição.

— Sim! Naquele dia que você me abandonou sozinha no apartamento, a polícia chegou e me levou para a cadeia, tive a sorte de conhecer o delegado e ele me ajudou.

O acastanhado desviou o olhar, parecendo pensar um pouco sobre o que havia acabado de escutar.

Eu estava certa, ele havia me abandonado sem ao menos se importar com o que poderia acontecer, me deixou sozinha para pagar pelas coisas que ele fez, e ainda teve a coragem de voltar semanas depois como se nada tivesse acontecido, isso chega a ser loucura.

— Eu não sabia S/N!

Ele me encarou profundamente, suas orbes brilhavam, e por um breve momento pensei que ele estava prestes a chorar, mas um homem sem coração não tem sentimentos, então esse choro não passa de uma grande encenação vinda dele.

— Como consegue mentir assim?

Pergunto, com uma grande mágoa em meu peito, tudo isso estava sendo muito intenso, a todo momento era uma nova decepção e isso deixava tudo ainda mais complicado de se resolver.

— Todos sabem que você tem acesso a tudo que bem quer saber! Alguém deve ter lhe contado sobre minha prisão, passou em todos os jornais possíveis do mundo!

— Disso eu não posso discordar! mas eu não sabia que estava presa, me disseram apenas que você havia sido levada para depor e que havia me entregado!

O que havia de errado com as pessoas, a versão sempre acaba chegando distorcida para as demais que não estavam presentes no acontecido, e isso acaba provando várias opiniões e versões diferentes para um único ocorrido.

— Em momento algum eu lhe entreguei! Contei apenas o que havia acontecido para a polícia, desde o momento em que tivemos a conversa particular no presídio até a minha prisão no seu apartamento.

Eu contava apenas a verdade, não havia motivos para mentir ou esconder algo, ele não era nenhum santo para julgar qualquer ação minha.

— Tudo que eu contei foi para me salvar, eu precisei contar até os detalhes íntimos para não acabar atrás das grades por sua culpa!