A Caminho

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Diane não conseguiu dormir. Colocaram-na num cômodo frio e completamente vazio, exceto por um fino colchão que a separava do chão. Ela tremia e batia os dentes. Ventava demais ali encima, mesmo sem haver janelas. O vento assobiava muito alto, o que a impedia ainda mais de dormir.

Por fim, ela conseguiu cochilar em alguns momentos e o tempo passou. Logo era manhã e alguém bateu em sua porta. Não esperaram a resposta, apenas entraram. Era uma mulher que trabalhava no palácio.

- O Rei ordenou que parta imediatamente. - disse ela.

Diane assentiu e se levantou. Pegou suas coisas e foi em direção ao barco. Os outros já estavam lá, dentro de seus barcos. Ela tentou não parecer um pouco apavorada, já que pensou que eles iriam todos juntos e, no fim, cada um foi para um canto do mar.

Quanto mais se afastava da cidade do rei, mais sentia frio. Estava sol, mas ventava muito. Ela só esperava não ser uma tempestade vindo.

Diane remou até sentir câimbras nas mãos e seus braços ficarem pesados. Parecia não sair do lugar, onde quer que olhasse, só havia água.

Horas se passaram, ela comeu algumas frutas que haviam colocado em seu barco e encontrou uma manta quente guardada dentro de uma pequena caixa, o que ajudou no seu humor.

As horas se tornaram dias, ela sabia que estava ficando sem comida e água. Com certeza teria de voltar, mas sentia que estava chegando perto de seu destino, apesar de não ter nenhum sinal de terra a vista.

Uma semana após partir, tudo havia acabado. E ela continuava no mar, sem forças para continuar. Não via sequer um pássaro para lhe dar ânimo de estar próxima a uma ilha que fosse. Diane não aguentava mais, de manhã o sol lhe queimava a pele, e de noite um frio cortante. Então, sem comida e água, ela desmaiou, simplesmente caiu na água, desacordada.

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