A Princesa

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Diane acordou, com a visão turva e ainda muito fraca, mas estava viva. Sentia-se dolorida e suas roupas estavam frias e molhadas. Ainda podia escutar as ondas perto. Ao sentar, viu que estava com os pés na água. Escutava gaivotas próximo a ela. Seu barco estava metade fincado na areia.

- Onde eu estou? - ela se perguntou, olhando em volta.

Então, um som ensurdecedor a fez levantar. Era um rugido alto, como um leão imenso, vindo de algum lugar da ilha.

Diane sentia-se tonta, mas agarrou-se a uma rocha enorme ao seu lado e foi se apoiando em árvores, procurando sair da praia.

"Será que... É está a ilha?", ela pensou.

O rugido parecia vir de cima dela, uma hora perto, outrora longe, como se a criatura estivesse se movimentando.

Então, ela o viu. Era o dragão, uma enorme fera rápida como a luz. Toda branca, com asas grandes e uma calda comprida. A criatura rodeava a ilha, no alto, mas parecia desorientada, perdendo altitude e a recuperando logo após. Soltava rugidos que pareciam de dor, o que fez Diane se perguntar se estava ferido.

Ela procurou em volta, com a certeza de que alguém chegara na frente dela e já lutara com o dragão, mas não havia ninguém.

Diane andou entre as árvores, olhando sempre cautelosa para cima. Então, deu de cara com uma caverna grande e escura. Ela entrou, sem pensar duas vezes, querendo se esconder do dragão.

Andou devagar, tentando acostumar os olhos ao escuro. Algo a fez tropeçar e ela caiu. Resolveu esperar para tentar enxergar algo. Minutos depois, ela pôde ver no que tropeçara: uma cesta cheia de frutas maduras.

Diane tinha certeza de que nunca comera algo tão suculento quanto aquelas frutas. Talvez seja o fato de ter ficado sem comer por dias, ou realmente aquelas frutas eram maravilhosas.

Ela comera tanto que se sentiu extremamente sonolenta. O animal parecia ter parado de fazer barulho, ou a caverna abafava qualquer barulho externo, para a garota isso não importava. Ela podia enfim dormir um pouco. Encostou a cabeça no chão e fechou os olhos instantaneamente.

- ... lá? Olá? Pode me ouvir? - alguém falava.

Diane custou a acordar. Parecia que o sono lhe puxava cada vez mais, lhe convidando para dormir denovo. Mas então ela se lembrou do dragão, e que não devia ter ninguém na ilha. Isso a fez pular de susto e se sentar.

Diane procurou, mas não havia ninguém ali. Será que havia sonhado?

- Você está bem? - a voz perguntou.

- Onde...? Quem é? - Diane perguntou.

Então, um vulto de uma jovem apareceu na entrada da caverna, andando devagar até Diane, que se levantou.

Elas eram do mesmo tamanho. Diane nunca vira uma mulher tão bonita quanto aquela. Tinha longos cabelos loiros encaracolados e olhos verdes. Usava um vestido estranho, antiquado, como o que as mulheres usavam na Era Vitoriana. Ela parecia uma... Princesa.

- Quem é você? - perguntou Diane.

- Me chame de Mary, princesa Mary.

"Olá leitor! Coloquei uma foto do vestido da Princesa Mary lá encima. É isso, boa leitura!!"

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