Maldição

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Diane pensava freneticamente. "Será que o rei tinha uma filha perdida? E por algum motivo esconde sua existência. Então inventou o dragão para que alguém resgatasse sua filha... Mas, eu vi o dragão mais cedo. Não faz sentido!"

- É um prazer, princesa. Meu nome é Diane. Eu vim... Resgatar você. - disse Diane, pensando ser a coisa certa.

- Me... Resgatar? Porquê? - perguntou Mary, aparentemente confusa.

- Ora, muitas pessoas tentam encontrar está ilha para salvar você do dragão. Quem conseguir levar a cabeça do dragão ganha muito dinheiro. E, é claro, levando você em segurança todos ficaram felizes.

Mary de repente se retezou. Pareceu preocupada e se afastou um pouco de Diane.

- Eu... Não precisa me salvar! Pode ir embora, antes que o dragão a veja. Vá. - disse Mary, abrindo espaço para Diane sair.

Diane não entendia, encarava aquela princesa bonita sem conseguir dizer uma palavra se quer.

- Olhe, não temos tempo. Vamos logo. - disse Diane, puxando Mary pelo braço e a levando para a entrada da caverna.

- Você não entende. E se está aqui só pelo dinheiro, é melhor ir embora. Não vou ajudar com isso.

Diane a olhou nos olhos, pronta para brigar com a garota por estar sendo mimada. Mas, algo a deteve. Ela parecia muito chateada.

- Olha, você precisa sair daqui. Não é isso que você quer? Voltar pra casa? - perguntou Diane.

Estava surpresa com ela mesma por estar sendo tão paciente com alguém.

- Eu não posso sair daqui. A ilha é a única coisa que me mantém viva. Se eu sair, vou morrer. - disse Mary, sem olhar Diane nos olhos.

- Como assim? É algum tipo de religião? - perguntou Diane.

- É uma maldição. Estou presa aqui para sempre, enquanto vejo todos que amo morrerem. Este é o meu fardo e por isso você deve ir embora.

- Mas... O dragão. Eu posso ao menos mata-lo, para que você esteja em segurança.

- Ele não vai me ferir. - disse Mary.

- Como pode ter certeza? É um animal selvagem! É um assassino!

- Você só quer o dinheiro. - disse Mary, sem olhar para Diane.

Diane estava frustrada. Não podia negar que havia ido até lá pelo dinheiro. Mas agora que estava ali, sem dúvida não pensaria duas vezes em salvar a garota. Porém, Mary parecia teimosa demais para entender.

- Eu vou salvar você e deixarei o dragão vivo então, para te mostrar que não quero o dinheiro. Que tal?

- Já disse que não posso ser salva. Não posso sair daqui. Só peço que vá embora e não machuque o dragão.

- Sua maldição é proteger esse monstro? Por isso não posso feri-lo? - perguntou Diane.

Mary agora chorava, parecendo muito frustrada. Ela respirou fundo e disse:

- Eu... Sou o dragão.

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