Em Família

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Ja estou de volta!
Eu deixei o nome da lanchonete como "Granny's" aqui nessa versão também porque minha criatividade para nomes é péssima.

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Já estava tudo certo no apartamento de Lauren e Chris.

Eles tomaram café no Granny’s novamente porque não tiveram tempo de ir às compras. Dormiram a maior parte do dia anterior. Então em seguida iam até a prefeitura. Se fosse possível ela pegaria o primeiro turno e Chris faria o segundo. Assim o rapaz poderia ir ao mercado. Ele era mais paciente para essas coisas e sabia melhor o que comprar, porque por mais que a mais velha não admitisse ele cozinhava melhor. Ele esfregou isso em sua cara algumas milhares de vezes mas ela negou até a morte.


Os dois foram juntos até a prefeitura.

A secretária os anunciou e ambos suspiraram aliviados quando perceberam que Camila estava sozinha em seu escritório. Nenhum dos dois estava ansioso para ver a cara de Matthew.



Ela os recebeu com um pequeno sorriso social.

Eles conversaram por quase meia hora. Ambos vieram muito bem recomendados de Nova York. E ela não questionou porque Harry era um grande amigo de seu pai. Alejandro falecera poucos anos atrás. Diferente de sua mãe ele era bom. Nem chegou a conhecer sua neta mais nova, mas Evelyn era seu xodó. E ele implorou que a filha deixasse o marido. O homem não sabia o que ele fazia mas não gostava do genro.
Sinuhe, sua mãe, por outro lado fazia muito gosto no casamento, foi ela quem os apresentou. Sabia das agressões e traições mas chegou mesmo a dizer que Camila merecia.
Então a morena não lamentou quando ela morreu alguns anos antes de seu pai. Ninguém lamentou, na verdade.


Camila explicou à eles tudo o que precisavam saber. E ela também tinha Troy que dividiria o turno com eles.

Era a primeira vez que se sentia tão a vontade.
Chris e Lauren eram muito gentis e educados e falavam com ela abertamente, porque não tinham medo de Matthew como a maioria.

Ficou pensando como Lauren tinha um filho tão grande. Ela parecia incrivelmente sexy e jovem para ser mãe de um rapaz de 21. Então a mulher contou que o adotou e Camila a admirou mais por isso.

Por alguns minutos esqueceu o caos que era sua vida. Era tão fácil ficar ali com aqueles dois. Parecia que já se conheciam de longa data.

Quando terminaram de falar sobre trabalho, lembrou-se do que Matthew disse.
Mexeu-se desconfortável na cadeira quando o pensamento do homem se fez presente outra vez.
Limpou a garganta para disfarçar o incomodo.

- Meu marido quer...meu marido e eu queremos que vocês venham jantar conosco essa noite. Temos que estar em plena sintonia no trabalho, então é bom que tenhamos uma boa relação.
- Claro que sim, Sra. Hussey. – Lauren falou e Camila claramente recuou diante daquele nome.
- É Cabello. Camila Cabello. Minha mãe era contra essa coisa de mudar. Nosso nome tem peso então eu o mantive.
- Confesso que Camila Cabello soa muito melhor. – Chris falou com um sorriso.

Lauren concordou. E a latina teve que sorrir de volta.

- Então, Sra. Cabello, obrigada por seu tempo e nos vemos no jantar. – Lauren pegou sua mão e Camila sentiu um choque percorrer sua pele.
Chris foi o próximo a se despedir.

- O que precisar não hesite em nos procurar, prefeita. Digo isso extra oficialmente. – Chris falou lhe dando um olhar profundo e Camila não conseguiu mais do que acenar com a cabeça enquanto apertava sua mão de volta.

Eles mal saíram do prédio e Lauren se virou para o filho.

- O que foi aquilo, Chris?
- Não sei, mãe, aquela mulher precisa de ajuda. Eu sei disso.
- Eu confio em seus instintos. Mas não podemos nos meter agora. Não é da nossa conta.

Chris suspirou e concordou.
Ele deixou a mãe na delegacia antes de ir para o mercado fazer as compras tão necessárias.
Lauren parecia uma criança gritando para que ele não esquecesse o cereal.

Ela então conheceu Troy que também iria ser seu assistente. Ele parecia gentil e educado.
Indicou sua mesa e mostrou como funcionavam as coisas por ali. Disse que na maior parte do tempo ficaria entediada e que sua maior aventura do dia podia frequentemente ser tirar um gato da árvore.

Os relatórios eram entregues semanalmente na prefeitura e eles tinham apenas uma viatura.

Lauren quis perguntar sobre a prefeita e seu marido muito suspeito mas não sabia em quem confiar naquela cidade ainda. Então ela apenas calou a boca e assumiu seu primeiro turno.




Chris estava no corredor dos laticínios. Ele pegou alguns iogurtes que eram seus favoritos e depois escolheu os de Lauren.

Só precisava pegar o cereal que a mãe tanto insistiu antes de ir pro caixa.
Quando estava procurando entre as poucas opções de marcas e pensando que aquela cidade era bem limitada ele avistou um rosto conhecido.

- Evelyn? – chamou e a menina logo o olhou.
- Oh, olá. Chris, certo? – ela deu um sorriso discreto.
- Isso. Como você está?
- Bem. Vim comprar algumas coisas que a mamãe pediu. Ela disse que vocês vão jantar conosco hoje. - Chris assentiu. - E você?
- Também estou bem. Nós ainda não tivemos tempo de fazer compras. Mamãe está no trabalho agora, então sobrou pra mim. – riu.
- Eu acho que se eu pegar metade dessas coisas minha mãe me deixa de castigo por um mês. – falou rindo enquanto apontava o carrinho cheio de alimentos nada saudáveis.
- A minha tem o paladar de uma criança e eu não vou muito melhor que ela. – riu. – Inclusive, não estou achando a marca de cereal que ela gosta e acho que vai me matar por isso.

Evelyn riu.

- Olha, o meu preferido é esse. – falou apontando uma caixa. Leve para sua mãe experimentar. Por minha conta e risco.
- Bom, se você diz, obrigada pela sugestão.

Ela assentiu ainda sorrindo.

- Eu vou indo, até mais tarde, Chris. – virou-se e caminhou antes que ele a chamasse de volta.
- Evelyn?
- Sim?
- Eu... – o rapaz tirou um cartão de seu casaco e estendeu para a menina.
- Ah, Chris, eu não posso...
- Por favor... eu vou ser bem sincero, acho que tem algo errado acontecendo, você não precisa confirmar nem me dizer o que é. Mas por favor, pegue. Aí tem o meu número e da minha mãe. Você pode ligar para qualquer um de nós dois, a qualquer momento, se precisar de ajuda.

A menina o olhou profundamente enquanto ele tinha um olhar terno e preocupado.

- Você promete não contar pro meu pai?
- Prometo. – falou sentindo seu sangue ferver por pensar porque a menina tinha medo do pai.
- Tudo bem. – ela estendeu a mão e o pegou guardando em seu bolso de trás. – Obrigada.
- De nada. – ele sorriu e ela foi embora.

__




- Você fez o que?? – Lauren perguntou ao telefone.
- Elas precisam de ajuda.
- Chris, eu te amo, eu sei que você tem o melhor coração e as melhores intenções mas e se isso for só uma impressão nossa?
- De nós dois? Mãe, quando foi que a gente errou assim?

Lauren não respondeu, apenas suspirou resignada. Ela sabia muito bem que o filho estava certo mas não queria ele mexendo num vespeiro sem ter noção da dimensão do que era. Se ela estivesse sozinha não pensaria duas vezes em agir como ele. Mas tendo seu filho, a coisa mais preciosa de sua vida em jogo, ela estava sendo cautelosa.

- Tudo bem, garoto. Mas tenha cuidado, por favor. Seja mais sutil daqui pra frente.
- Eu prometo que vou tentar. Tenho que desligar. Preciso fazer o almoço. Você quer que eu leve pra você ou vem almoçar em casa?
- Você poderia vir? Ainda tenho algumas coisas para organizar por aqui. Estou vendo que vamos lidar mais com burocracia do que com bandidos de verdade.
- Isso é bom, certo?
- Claro, claro. Eeba! – fingiu entusiasmo e Chris riu dela.
- Até daqui a pouco. Eu te amo.
- Também te amo, garoto.


Lauren, agora sozinha na estação de Xerife, começou a pensar em Camila e o que poderia estar acontecendo de tão ruim em sua vida. Pensou como alguém como ela podia estar com um bastardo perdedor como Matthew. E porque ele parecia assim tão terrível sem ter feito nada, aparentemente.

Ela logo dispensou aqueles pensamentos e continuou o trabalho enquanto aguardava seu almoço.
__




Os Jauregui estavam parados em frente a porta da mansão. Chris com um buquê de flores e Lauren com uma garrafa de vinho.

Ele cheirou o pescoço da mãe e fez uma expressão incrédula.

- Que é isso, garoto? – ela perguntou com uma careta.
- Você passou perfume??
- Sim. E daí? É uma coisa normal que as pessoas fazem.
- Sim, as pessoas normais, não você.

Lauren o olhou fingindo ofensa.

- Eu devo te lembrar que sou sua mãe, rapaz?
- Eu ainda me lembro que sou o cara mais sortudo do mundo.
- Odeio quando você é fofo e não consigo ficar brava. – falou  revirando os olhos.
- Tentando impressionar alguém?

Lauren bufou.

- Não. E se quisesse não precisaria. Eu cheiro melhor que aquele cara mesmo que passe um dia trabalhando embaixo do sol.
- Eu não discordo. O cheiro daquele perfume dele fez minha cabeça doer o dia todo ontem.

Lauren riu e finalmente tocou a campainha.

- Como eu estou? – perguntou nervosa.
- Está linda. – eles deram um pequeno sorriso antes da porta ser aberta.
- Olá, boa noite. – Camila cumprimentou com aquele velho sorriso formal.
- Boa noite, Sra. Cabello. Trouxe isso pra você. – Chris falou estendendo as flores. Ele insistiu que Lauren levasse mas ela disse que aquilo era de mais. – Em nome de minha mãe. – Lauren pisou em seu pé e ele deu um pequeno gemido de dor. – E meu é claro. – completou com um sorriso forçado.
- É e eu trouxe vinho. Não sei se harmoniza com o jantar mas é muito bom, talvez a senhora e seu marido possam apreciar. – ela sentiu aquelas palavras amargas em sua boca mas se forçou a falar.
Camila segurou o riso durante a interação cômica dos dois e agradeceu a ambos pedindo para que entrassem.


Quando ela se virou pôde sentir o olhar de Lauren em seu corpo e sentiu um arrepio mas aquele arrepio era delicioso.

Ela afastou aqueles pensamentos e os guiou até a sala de jantar, onde estavam suas filhas já sentadas a mesa.

Matthew desceu dois minutos depois cumprimentando os visitantes com um sorriso largo.

- Que bom que vocês puderam vir!
- Ah agradecemos o convite, Sr. Hussey. – o rapaz falou com um sorriso forçado.
- Só Matthew, por favor.

Chris assentiu.

- Vocês vão se impressionar. Minha esposa faz a melhor lasanha do Maine. Não é mesmo querida? – ele enlaçou sua cintura e Camila teve uma expressão clara de nojo por um momento. Isso não passou despercebido por Lauren e Chris.
- Não é nada tão impressionante. Lembre-se que eles vieram de Nova York. Devem estar acostumados a restaurantes muito bons.
- É verdade. – Matthew concordou.
- Ah mas a minha mãe aqui só consegue fazer lasanha congelada então tenho certeza que isso será melhor. – Chris zombou enquanto ela dava um leve tapa em seu braço.
- Assim parece que sou uma mãe horrível que só te alimenta com porcarias.
- Você é a melhor mãe. Só não é a melhor cozinheira. Eu imploro a prefeita que lhe ofereça umas aulas de culinária.
Camila riu abertamente como não costumava fazer muito.
Matthew quase não disfarçou o olhar incomodado.
- Podemos pensar sobre isso, Xerife. – falou olhando-a mais tempo do que deveria.
- Venham se sentar. – Matthew praticamente gritou quebrando todo o clima.

Eles foram para a mesa.
O jantar estava sendo no mínimo desagradável. Hussey tagarelou a maior parte do tempo e Camila não falou nada, salvo quando ele praticamente obrigava tentando insinuar alguma forma de afeto ou cumplicidade entre o casal. A falsidade e teatralidade daquele jantar era quase palpável.

- Eu tenho que dizer. Acho que essa lasanha não é só a melhor do Maine, é a melhor do mundo todo. – Lauren falou e Camila deu um sorriso genuinamente agradecido.
- É, mamãe tem razão. Obrigada pelo jantar maravilhoso. – Chris falou em seguida.
- Ficamos muito felizes que tenham gostado, espero repetir isso mais vezes. – Matthew falou depressa.
- Claro. – Lauren concordou.

Camila se levantou depois que todos comeram e Lauren e Chris repetiram duas vezes. Ela começou a recolher os pratos mas Chris rapidamente se levantou para impedi-la.

- De jeito nenhum, Sra. Cabello. As louças são por minha conta. É o mínimo que posso fazer depois desse jantar maravilhoso.

Camila tentou recusar mas o rapaz foi categórico.

- Deixe isso, meu jovem. – Matthew falou enquanto o via carregar os pratos. – Isso é trabalho de mulher. – zombou.
- Ah não se preocupe, Sr. Hussey, eu vou lavar isso com as mãos não com o meu pa...
- Chris! – Lauren gritou em repreensão.  O Jauregui mais novo revirou os olhos e levou os pratos para a cozinha. – Desculpe por isso, Matthew, meu filho tem opiniões fortes e as vezes escolhe as piores horas para expressá-las. – falou mesmo que estivesse com vontade de rir da cara do homem.
- Não se preocupe, Lauren. Tenho certeza que é difícil ser um homem de valores tradicionais quando se é criado só por uma mulher. – falou em tom de desdém e Lauren agradeceu mentalmente que seu filho estava longe demais para ouvir porque tinha certeza que ele pularia no pescoço de Matthew se o ouvisse falando assim. Ela mesma estava se controlando muito naquele momento para não fazer exatamente isso.
- Pode apostar que meu filho tem muito mais valores do que uns e outros por aí. – retrucou.
- Claro que sim. Me desculpe, eu não quis ofender.

Nesse momento Liah começou a chorar.
Camila apareceu de volta na porta mas voltou para a cozinha com apenas um olhar de Matthew.

Evelyn pegou a irmã e tentou acalmá-la mas parece que a pequena só chorava mais.

Matthew se levantou e falou algo no ouvido da filha mais velha. Depois pediu licença dizendo que iria ao banheiro e subiu.

Lauren se levantou e foi até a menina.

- Posso tentar? – falou estendendo os braços.

Evelyn hesitou um pouco. Ela sabia que a irmã não se dava com estranhos. Só se acalmava com ela ou a mãe e ela queria Camila agora, mas sabia que a morena não poderia vir.
Seu pai sussurrou em seu ouvido que era melhor aquela fedelha parar de chorar até ele voltar ou haveria consequências.
A menina resolveu ceder e deixar Lauren tentar. Não saberia explicar o porquê mas confiava nos Jauregui. Lauren tinha um sorriso terno então ela lhe entregou a menina.

A mulher a ninou um pouco e conversou com a pequena docemente dando suaves tapinhas em suas costas. A garota finalmente se acalmou e deitou sobre o ombro de Lauren.

Liah era tão quietinha e calada que parecia ser mais nova. Ela era a garotinha mais linda que Lauren já viu. Tinha todos os traços da mãe assim como Evelyn.

- Obrigada, Srta. Jauregui. – a menina agradeceu olhando a mulher com sua irmã nos braços.
- Sem problemas, querida. – sorriu. – Que tal vermos se eles precisam de ajuda na cozinha?

A garota assentiu e elas foram.

Camila olhou assustada quando viu a filha no colo da xerife.

- Como você conseguiu isso? Ela não vai com ninguém.

Lauren deu de ombros.

- Foi só questão de tentar. Vocês precisam de ajuda aí?
- Não, mãe, tudo bem. – Chris falou se virando um pouco. Ele estava lavando as louças e usava um avental florido de Camila. – Nós devíamos ter um desses. – apontou. - Assim não pareceria que você tomou banho toda vez que tenta lavar louça.
- Ha-ha-ha, muito engraçado. – falou estreitando os olhos.

Camila e Evelyn riram. Era tão fácil ficar a vontade com a família Jauregui.

- Seu filho é um cavalheiro. Ele não me deixou lavar nem um copo. – Camila falou dando um tapinha no ombro de Chris.
- Eu estou fazendo o mínimo, Sra. Cabello. Em casa temos uma regra. Quem cozinha não lava a louça.
- Exatamente. – Lauren concordou. - É o mínimo que podemos oferecer depois de um jantar tão esplêndido. – sorriu e o coração de Camila disparou.
- Poderíamos nos acostumar com isso. Papai não faz questão nem de tirar o prato da mesa.
- Evelyn! – Camila repreendeu. – Não fale assim do seu pai. – ela sentiu medo porque se Matthew chegasse não iria gostar de ouvir aquilo.
- Desculpe, mãe, mas é verdade. Você estaria melhor com alguém como Lauren. Chris é provavelmente o filho que você sempre sonhou, fora eu e Liah, é claro, e eu adoraria ter um irmão mais velho tão legal.

Camila corou. Nunca esperou que sua filha falasse algo assim. Ela mal conversava com as pessoas da cidade, quanto mais com pessoas desconhecidas.

- Quer saber, Evelyn, eu concordo com você. – Chris falou com um sorriso. – Não é só porque você cozinha mil vezes melhor que minha mãe, Sra. Cabello. Olhando assim nós até parecemos uma família.

Lauren não se atreveu a dizer nada e Camila muito menos.

Elas estavam pensativas. Por um segundo Camila imaginou como seria. Como sua vida seria mais fácil sem Matthew. Talvez ela estaria flertando abertamente com a mulher que parecia agradar tanto suas filhas. Elas poderiam ter um encontro e...

Matthew voltou nesse momento cortando os pensamentos e o clima de paz da casa.

Os Jauregui foram embora pouco tempo depois. Fizeram o caminho de volta para casa em silêncio. Chris sabia que era melhor dar um tempo pra sua mãe. Ele já tinha empurrado muito nas últimas horas.


Depois do jantar estava convencido de que ela e Camila deveriam ficar juntas mas não ia dizer ainda. Ele sempre foi muito intuitivo e ia seguir isso. Lauren provavelmente não ia entrar nessa de primeira mas ele estava ali como um bom filho para dar um empurrãozinho.

Ele sempre amou que fossem só os dois. Ela sempre foi uma mãe incrível. Nada nunca faltou. Sobretudo amor. Mas agora, olhando pra família Cabello ele sentia que queria mais e sentiu que talvez tivesse encontrado em Eve uma cúmplice capaz.

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