Final

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- Daddy. – Camila chamou com uma voz falsamente inocente mas que soou muito provocante. Ela nem se lembrava da última vez em que realmente quis provocar alguém.

Lauren estava sentada com as costas na cabeceira da cama, lendo um livro.

Foi um dia muito bom. Elas passaram o sábado aproveitando o silêncio da casa.
A xerife se mostrou muito carinhosa e paciente mesmo que sua garota estivesse sendo especialmente travessa naquele dia. Ela passou suas horas quebrando cada pequena regra que lhe foi imposta. E se sentia tão bem com isso, porque sabia que Lauren nunca a machucaria de verdade. Quer dizer, ela esperava e até queria que a mulher deixasse sua bunda vermelha por alguns dias mas sabia que nunca ficaria com hematomas pelo corpo como era com Metthew.

Para Jauregui levou toda sua força de vontade não sair de casa a cada vez que via as marcas em Camila. Ela queria voltar a delegacia e terminar de quebrar os dentes que sobraram na boca do infeliz.

As vezes ela ligava para Chris e pedia para ele dar um soco por ela.

Entre os turnos dos dois Metthew ficou realmente muito ferido. Ele tinha que ser levado ao hospital frequentemente. E sempre dizia que caiu e se machucou. Porque Lauren lhe deu uma escolha, era isso ou na próxima “queda” ele quebraria o pescoço. O médico fazia vista grossa. Todos na cidade faziam, na verdade. Depois de saber o inferno que a prefeita e suas filhas passaram nas mãos daquele miserável.


Ela estava tentada a matá-lo mas não queria se arriscar a ir presa e deixar Camila sozinha. Além do mais ela tinha contatos na penitenciária para a qual Metthew foi transferido. Foi preciso um telefonema e logo todos lá dentro souberam que ele era um estuprador. Ele teve um “belo” tratamento na prisão depois daquilo, estuprado e espancando por dias a fio, por homens diferentes a cada vez.
Porque mesmo os outros detentos repudiavam a má fama que ele recebeu.
Fez Lauren parecer extremamente gentil durante sua estadia na delegacia de Rockland.




- Sim, baby girl? – a mulher respondeu abaixando o livro sobre o peito para lhe dar toda sua atenção.
- Nós podemos tomar sorvete? – perguntou com a voz manhosa.


Era quase meia noite. Camila insistia em não dormir apesar de todos os esforços de sua namorada para colocá-la na cama cedo. E Jauregui sabia que ela não era do tipo irresponsável com sua alimentação. Na verdade era bem cuidadosa com isso. Então Lauren sabia que a garota estava apenas apertando seus botões.

- Camz, está tarde, não é hora disso.
- Sempre é hora de sorvete, daddy! – falou com um beicinho.
- Eu prometo que amanhã podemos tomar, que tal, hmm? Eu vou te levar para almoçar no Granny’s e você pode pedir o maior sorvete que aguentar.

A latina cruzou os braços sobre o peito aumentando o beicinho que estava fazendo.

- Mas eu quero agora. – falou emburrada.
- Eu disse não, baby! – respondeu firme.
- Camz diz sim. Camz é mais esperta que a daddy. – ela falou e Lauren arqueou as sobrancelhas diante do desafio.


A pequena se levantou da cama e saiu do quarto.


Lauren sorriu incrédula abrindo a boca sem realmente acreditar que ela a estava desafiando assim. Onde estava aquela mulher tímida e pouco falante de dias atrás? Mas a xerife estava feliz com isso. Ela sabia que Camila só era submissa com Metthew porque tinha medo dele. E ela claramente não tinha medo de Lauren.


Levou alguns minutos para tirar a si mesma dos pensamentos e descer as escadas para procurar sua garota.


E a encontrou.

Sentada sobre o balcão da cozinha com seu sorvete de baunilha. Ela olhava para Lauren com um sorriso desafiador enquanto comia direto do pote com a colher da Minnie que Laur lhe trouxe no dia anterior.


- Camila! – a mulher falou em tom de advertência enquanto cruzava os braços sobre o peito.
- Quer sorvetinho, daddy? – perguntou com seu sorriso mais cínico.
- Eu vou te dar uma chance, baby girl. Você guarda isso, sobe para o quarto e nós apenas não vamos tomar sorvete amanhã.
- E se eu não quiser? – ela desafiou enquanto lambia a colher de uma forma muito sensual.
- Então eu vou te dar umas boas palmadas para aprender a me ouvir.

A latina riu.

- Eu não estou brincando, mocinha. – falou mas Camila apenas continuou tomando seu sorvete. – Vou contar até três. É melhor você não me desafiar mais. – falou séria e Camz sentiu seu corpo arrepiar mas ela não recuou.

Ela continuou encarando Lauren cuidadosamente com seu sorriso travesso.

- Um.
- Acho que vou pegar um pouco de calda também. – a menina atrevida falou.
- Dois...
- Você acha que é melhor chocolate ou caramelo, daddy? – falou balançando as duas embalagens de calda de sorvete, uma em cada mão.
- Três. Ok, mocinha, você conseguiu o que queria. – falou e tirou o sorvete das mãos da menina. Ela guardou tudo e debruçou Camila sobre a bancada.
Puxou seus shorts com desenhos de unicórnio para baixo e colocou a palma da mão sobre suas costas para mantê-la no lugar.

- Você não se levanta até eu permitir, entendeu, pequena? – perguntou calmamente.
- Sim, daddy. – Camila respondeu. Excitação escorrendo em sua voz e entre suas pernas.
- Conte pra mim. – ela ordenou e Camila acenou positivamente.

- Um. – a menina falou com um longo gemido quando sentiu a mão de Lauren se chocar com sua bunda pela primeira vez. – Dois... três... quatro... – continuou com a voz ofegante enquanto a mulher alternava os tapas de um lado e outro de sua bunda. Sentiu arder e a dor enviou um impulso de prazer em seu núcleo.


Gemeu descaradamente  enquanto sentia os próximos golpes e contava cada um deles.

Lauren parou quando chegou a quinze. Ela olhou a garota ofegante em sua frente. Podia ver que estava muito molhada. Não tinha certeza se havia aprendido alguma lição com isso. Provavelmente não. Ela teria que pensar em algo quando realmente quisesse puni-la. Talvez deixá-la no cantinho por alguns minutos fosse o suficiente. Camila parecia do tipo inquieta.


Ela deslizou seus dedos entre as dobras molhadas da garota que gemeu e empurrou a bunda contra seus dedos.


- Você gostou disso, garotinha atrevida?

A menina apenas gemeu em resposta enquanto Lauren deslizava o indicador sobre o pequeno clitóris.
Camila abriu mais as pernas se oferecendo descaradamente.

- Daddy. – ela gemeu. – Eu amo quando você me toca.
- Eu amo tocar você, baby girl. Seu corpo é a minha perdição. – ela respondeu enquanto acariciava os cabelos da menina com sua mão livre.
- Me fode, por favor, me fode, daddy. – ela pediu com sua voz necessitada e aguda.
- Como quiser, baby. – a mulher falou antes de puxar sua cueca para baixo libertando o pau já muito duro.

Ela o esfregou entre os lábios úmidos da menina que gemeu e rebolou contra ela, antes de enfiar pela primeira vez. Seus gemidos se confundiram enquanto ela chegava no fundo de Camila.
Definitivamente Camila nunca sentiu algo tão bom. Nenhuma das duas na verdade.
Lauren não tinha mais dúvidas. Ela amava aquela mulher. Ela era perfeita em tudo.
Segurou sua cintura antes de começar a fodê-la ritmadamente. Seu quadril batendo contra a pele vermelha que ela acabou de pintar com suas próprias mãos. Ela escutou a menor gemer a cada estocada enquanto impiedosamente investia contra ela.

Camila tinha certeza que as paredes daquela casa nunca a ouviram gemer tão alto e um sorriso de satisfação genuína cruzou seu rosto.  Agora ela entendia porque algumas pessoas eram viciadas em sexo.

Segurou a mão de Lauren como se fosse possível puxá-la ainda mais para dentro enquanto gozava gritando seu nome. Ela sentiu o pênis latejar dentro de si enquanto baixava de seu orgasmo.



Então Lauren a puxou de cima da bancada e a fez ajoelhar em sua frente.

Camila abriu a boca e a mulher se tocou muito pouco antes de gozar em seu rosto e em sua boca com a respiração ofegante e gemidos que levaram a menina de volta para um estado muito excitado.

Ela olhou quase inocente para a xerife enquanto tinha seu rosto pintado com traços grossos de esperma. Estaria enojada agora se fosse Metthew.  Felizmente ele nunca quis fazer algo assim. Mas Lauren poderia fazer o que quisesse com ela. Não tinha dúvidas de que amaria ser usada de todas as formas.


- Você é tão gostosa. – Jauregui falou ofegante enquanto a puxava para cima.

- Eu ia dizer o mesmo. – respondeu enquanto puxava uma gota em seu rosto para a boca com a ponta do dedo.

Lauren rosnou e sentou a menina sobre a bancada.

- Bom, eu quero sentir seu gosto também. – falou antes de se abaixar e lamber a boceta a sua frente.

Camila gemeu de surpresa e prazer. 

Não havia possibilidade de Metthew fazer isso com ela. Especialmente porque ela não estava depilada.
Mas Lauren não parecia se importar com esse detalhe. Ela saboreou cada momento enquanto chupava seu clitóris e empurrava sua língua o mais fundo que podia.


Camila segurou seus cabelos com as duas mãos enquanto acariciava e puxava mais para si. Por Deus, não ficaria sem isso nem um dia mais em sua vida se dependesse dela. E pela voracidade com que Lauren chupava, estava certa de que não era a única desfrutando ali.


Então gozou novamente sentindo a língua chicotear contra seu clitóris sensível.


Lauren se levantou e beijou sua boca apaixonadamente.

Ela pegou a pequena morena que cruzou as pernas atrás de suas costas.

- Vamos pro quarto continuar a diversão, querida. – a mulher sussurrou em seu ouvido fazendo Camila se arrepiar.
- Não acabou? – perguntou ofegante.
- Ah não, baby. Eu só estou começando com você. – falou maliciosa.
- Oh Deus! – a menina suspirou sentido suas pernas trêmulas enquanto a mulher a carregava no colo escada a cima.
__


Era domingo a tarde e Camila estava sentada no chão da sala desenhando. Ela usava um onesie lilás curto escrito “Princess” no peito, Lauren lhe deu um bom banho em sua banheira e arrumou seus cabelos antes de vesti-la. Ela parecia adorável com sua chupeta na boca e os dedinhos manchados de canetinha.


- Está  ficando frio. O que você acha de um pouco de leite ou chá? – Lauren perguntou enquanto soltava a caneta que estava usando para desenhar uma flor. Ela não era uma ótima desenhista mas Camila insistiu que ela se juntasse a brincadeira.
- Leite, por favor, daddy. – falou depois de tirar a chupeta de sua boca e sorrir lindamente.
- Certo, pequena. Eu já volto. – falou dando um beijo em seu rosto e foi até a cozinha.

Ela preparou calmamente um pouco de chá de erva doce para si enquanto pegava leite com chocolate para Camila.

Pegou a mamadeira cor de rosa da menina e a encheu com o líquido morno.

Pegou alguns cookies, que ela havia feito mais cedo. Teve que aprender porque eram os preferidos de Camila e da outras duas pequenas Cabello.
Por sorte Sra. Peterson era ótima para ensinar receitas.


Voltou para a sala e colocou a bandeja sobre a mesa de centro.

Camila largou os desenhos e se sentou ainda no chão com as perninhas cruzadas e as costas no sofá.

Lauren pegou sua mamadeira e lhe entregou. A menina corou ainda envergonhada e Lauren percebeu.


- Hey, está tudo bem. Nós já conversamos sobre isso, não é?

A menina assentiu.

- Eu sei, daddy. É que nunca ninguém me deixou tão a vontade. Ainda não me acostumei e fico com medo de estar sedo ridícula.
- Você é a garotinha mais fofa do mundo, Camz. E é minha bebezinha. Bebês usam mamadeira. Não é nada demais.

Camila sorriu lindamente e se aconchegou contra o peito da outra enquanto começava a tomar seu leite tranquila.


Lauren acariciou seus cabelos e a segurou firme enquanto admirava cada traço de seu lindo rosto.
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A noite Chris e as menina voltaram para casa.


Camila e o rapaz foram fazer o jantar enquanto Lauren conversava com Evelyn e brincava de festa do chá com Liah.



- Você é muito melhor na cozinha que sua mãe. – Camila observou enquanto ele cortava a cebola com agilidade.
- Eu sempre gostei. E parecia sensato aprender. Nunca tive a oportunidade mas depois que a mamãe me adotou ela disse que eu podia fazer tudo o que quisesse. Então eu fiz.
- Você se parece um pouco comigo. Evelyn já não gosta muito, mas culinária realmente me encanta.
- Bom, talvez tenha espaço na sua vida pra um filho crescido então. A notícia boa é que você perdeu a parte das fraldas sujas.

Camila gargalhou e abraçou o rapaz 

- Você é meu filho, Chris. Assim como eu sei que Lauren sente o mesmo pelas minhas meninas. Você é meu garotinho. O filho que sempre sonhei em ter.
- Oh, ok. – Chris falou abraçando de volta. – Eu estou chorando agora por causa da cebola. Eu sou durão. – falou fingido.
- Claro que sim. – Camila riu enquanto sentia sua garganta apertar também.




Eles terminaram e o jantar e todos se sentaram a mesa para comer. A casa agora era muito diferente do que estava a meses atrás. Parecia mais alegre e iluminada.


A pequena Liah virou uma tagarela assim como sua irmã. E Camila tinha um sorriso enorme no rosto o tempo todo.


Lauren e Evelyn tiraram a mesa e lavaram a louça do jantar.

- Finalmente alguém que concorda comigo nessa casa. – a adolescente falou. – Cozinhar não é bom.

Lauren concordou com um sorriso.

- Vocês duas são apenas péssimas nisso, por isso dizem que não gostam. – Chris zombou.
- Eu posso cozinhar muito bem quando realmente quero, garoto.
- Biscoitos não contam mãe. – o menino retrucou e Lauren estreitou os olhos fingindo estar brava.


Eles colocaram a bela e a fera para assistir mais tarde.
Chris deitou em um sofá com Liah em seu peito e Lauren estava no outro com Camila sobre ela e Evelyn em seu ombro.

Camila acariciava os cabelos da filha enquanto pensava que ela nunca se sentiu tão a vontade com Metthew. Sua menina tinha medo e repulsa do homem e não era pra menos.
Então ela percebeu que estava perdidamente apaixonada por Lauren Jauregui que era uma mulher incrivelmente linda por dentro e por fora. Que era a melhor daddy para ela e também a melhor mãe para seus filhos.

Ela beijou seus lábios enquanto pensava isso e depois olhou intensamente nos olhos verdes.

- O que foi, baby? – Lauren perguntou surpresa pela intensidade repentina dos olhos castanhos.
- Eu te amo, Lauren. Eu nunca amei ninguém assim.


A maior abriu um largo sorriso e beijou sua testa carinhosamente.


- Eu também te amo, Camila. Eu amo vocês todos. – falou apertando Evelyn também mais contra si e a garota apertou seu braço enquanto um sorriso emocionado dançava em seus lábios, idêntico ao do rapaz deitado do outro lado da sala com a garotinha quase adormecida em seu peito.


Essa era a família que ela sempre sonhou.


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Muito obrigada a cada um de vocês!


Se gostou disso talvez queira conhecer minha one shot “My Good Girl”.
Eu sei que mtos de vcs já conhecem mas se alguém aqui ainda não leu...corre lá que dá tempo 😌
Até a próxima, pessoal ❤️



Save MeWhere stories live. Discover now