Capitulo 6. Encurralado

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Ora, ora, ora vejam só meninas o que temos aqui. – ela era uma mulher alta e de corpo escultural, tinha os cabelos pretos que caiam pelo lado do pescoço como uma cascata ondulada, seu rosto era belo e carregava um esfumaçado forte no olhar esmeralda que contrastava perfeitamente com o vestido dourado que ostentava uma grande fenda que começava na cintura e descia exibindo suas longas pernas.

Afastei-me um pouco para trás e olhei ao redor, eram num total de quatro mulheres que me cercavam com olhares curiosos, meu coração acelerou. Com certeza eu não estava esperando por uma abordagem dessas.

– Que brotinho. – indagou uma delas que tinha os cabelos platinados envolvidos em um coque oriental com algumas mechas no topo da testa que lhe caiam sobre o rosto, tinha uma estatura longilínea que lembrava muito o de uma modelo. Seu vestido era um longo todo rendado de cor nude.

Ela se aproximou e cheirou o meu pescoço invasivamente.

– Opa! – me esquivei no susto.

– Ele tem um cheiro bom! – comentou ela sorrindo largamente.

– Ele parece um chaveirinho. – disse a que estava atrás de mim, ela tinha a pele pálida e seus cabelos eram castanhos em estilo Chanel com as pontas pintadas de roxo. Sua maquiagem seguia tons claros e leves que contrastavam com seu tom de pele. Diferente das outras ela trajava um esmoquem feminino cinza com flores desenhadas em alto relevo por todo tecido.

– Garotas, por favor. Assim vamos acabar assustando o pobre rapaz. – interviu uma loira de olhos acinzentados e lábios carnudos envoltos em um vermelho vibrante que se destacavam em seu rosto. Seu vestido era todo trabalhado no tule transparente com alguns poucos detalhes em renda que cobriam seus fartos peitos e virilha. As outras deram um pouco de espaço para que ela se aproxima-se de mim. – perdoe a falta de classe das minhas amigas, elas não costumam ver muitos ruivos por aqui. – disse com uma certa diversão no olhar.

As outras riram entre si. Eu também ri, mais de nervoso. Aquele cerco ao meu redor estava me deixando desconfortável, era como se estivessem me encurralando. Respirei fundo e tentei manter a discrição.

– Aproposito! – continuou. – me chamo Charlote Sollyvam! E essas são Maia Klinthan... – disse ela apresentando a de vestido dourado com fenda. – Lídia Pródskovid ou Didi... – apontou para a moça de terno que fez um movimento com as sobrancelhas. – e Bryana johnsom. – disse por fim apresentado a de cabelos platinados.

Elas ficaram me olhando por alguns segundos ate eu perceber que estavam esperando eu me apresentar.

– Ah... Henry Wilson! Prazer em conhecê-las. – cumprimentei com um gesto de cabeça, forçando um pequeno sorriso.

Percebi quando a de cabelos platinados olhou disfarçadamente para a de esmouquem. Aquilo fez o meu coração disparar.

– Henry Wilson? Hum... E gostoso de pronunciar! – comentou Bryana com um olhar intenso.

Senti minhas bochechas arderem.

– Isso e oque, Frances? – perguntou Didi.

– Não! Parece Canadense. – supôs Maia tocando nos braços da outra. Percebi que sua mão era recheada de tatuagens.

– Eu diria escocês, olha o cabelo dele! – indagou Bryana mordiscando os lábios.

– Só porque ele e ruivo? – desdenhou Charlote rindo largamente.

– Ué. Não e obvio. – rebateu a platinada.

– Você por acaso não pinta, né? – perguntou Didi passando as mãos pelos meus ombros.

A arte de ser um ladrão. (Dark romance gay) [PAUSADO]Where stories live. Discover now