Capitulo 10. O roubo

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Engatinhei o mais rápido que pude, ate identificar a tampa mais afrente. Quando cheguei perto, pude visualizar pelas grades da tampa um corredor. Ele era largo e tinha as paredes repletas de quadros e retratos artísticos em tons neutros que contrastavam fortemente com o carpete vermelho-sangue que revestia o piso. Parecia vazio.

- Cheguei! - sussurrei. Minha adrenalina começava a subir.

Alex logo respondeu:

- Agora me escuta, você tem exatamente dois minutos ate eles cruzarem esse corredor com três urnas cobertas por panos vermelhos, é lá que as joias estão. Três deles vem cobrindo a frente e dois cobrindo a trás, a outros três que estão ao meio, eles vem empurrando as urnas respectivamente. No total são oito homens, e todos eles fortemente armados. A primeira parte do plano e o seguinte, esses caras estão diretamente conectados com a central de segurança do evento, isso quer dizer que qualquer movimentação suspeita que eles detectarem será imediatamente informado a central, que por sua vez mobilizara reforços ate local, então a única forma de agirmos sem que isso aconteça e derrubando o sinal de radio do prédio, ocasionando uma queda no sistema de comunicação da central, que ficara fora do ar por alguns minutos. E é ai que você entra. - disse.

- Uau, olha só você. - indaguei perplexo. - planejou tudo isso agora?

- Só to improvisando.

- Imagina se não estivesse... - a primeira parte do plano parecia surpreendentemente promissora, mas era na segunda parte que o bicho pegava. - quanto tempo exatamente eu tenho ate a central voltar ao ar? - tirei uma mascara de dentro do paletó e botei em meu rosto, ela cobria minha cabeça inteira, tornado impossível alguém me identificar, tinha a mesma cor do paletó, um preto fosco. Alex disse que era pra combinar.

- Não sei exatamente, mas não e por muito tempo, quando eu derrubar o sinal, eles vão saber que tem alguma coisa errado e logo mobilizaram uma força tarefa para restaurarem o sistema de comunicação, e quando conseguirem, e melhor você já ter terminado o serviço.

Respirei fundo. Eu sabia o que aquilo significava, e não era coisa boa. Eu teria que enfrentar esses caras e roubar as joias no curto período de tempo em que esse sistema estivesse fora do ar, se não conseguisse... Bom, todos os seguranças do prédio estariam aqui em um segundo, prontos para me encherem de buraquinhos. E pra piorar eu não tinha uma arma, somente alguns apetrechos no paletó. Droga. Isso era pra ser uma missão furtiva, mas como tudo na vida de um ladrão não eram flores, eu tinha que lidar com os males do oficio.

Era tudo ou nada.

- Deixa com migo.

- E assim que se fala. Prepare-se. - disse Alex em um tom concentrado, parecia fazer algo. - derrubando o sinal de rádio em três, dois, um... Vai!

A hora era agora. Tomei meu ultimo folego empurrei a tampa do duto e saltei para fora. Cai silenciosamente no carpete vermelho, olhando imediatamente para os dois lados do corredor. Vazio. Por enquanto.

- Estou no perímetro. - sussurrei.

- Positivo. Você esta no meu campo de visão.

- Estão perto? - me locomovi ate o meio do corredor, olhando na direção por onde eles surgiriam.

- Sim. A um corredor e meio de você e se aproximando.

Eu já podia sentir minha respiração entrar em descompasso. A adrenalina começava a queimava em minhas veias, distribuindo por todo meu corpo uma descarga elétrica avassaladora.

O ambiente não me favorecia para um confronto, disso eu já sabia desde o primeiro momento em que havia botado os olhos nesse lugar. A não ser pelos quadros, o corredor era completamente vazio, não haviam portas nem estantes, nada que pudesse me servir de escape ou escudo. Eu estava completamente exposto aqui.

A arte de ser um ladrão. (Dark romance gay) [PAUSADO]Where stories live. Discover now