Exilados

7_ Você é muito auto destrutiva para uma Rainha

Mason me ajuda a descer as escadas de incêndio e a chegar em segurança até o chão do beco. Não descanso um segundo sequer da minha mente, olho frenética para todos os lados ainda com medo de que o homem que estava nos atacando apareça com aquela adaga outra vez. Tento rolar na minha mente a ideia de que eu não tinha visto errado. Não era um canivete, uma faca, uma arma de fogo usada por assaltantes normais. Era uma adaga enorme, cravejada, posso jurar que vi rubis reluzindo no cabo.

Acho que no fim não sei o que vi.

Eu tinha um pouco de razão em pensar daquele jeito. Afinal foi uma noite muito estranha. Eu tinha sido coroada Rainha do baile, junto com Tristan. Nita tinha perdido sangue abundantemente no banheiro, dancei com Mason logo após chama-lo de destruidor e andei de limusine pela primeira vez. E isso tudo foi antes de alguém tentar me matar.

Na verdade, estavam tentando matar outra pessoa...

Quando saímos do baile, os quatro, todos ficaram me interrogando. Nate perguntou porque Adrian não chamou Mason e meu amigo respondeu que ele havia sim chamado, mas ele não queria vir. Logo depois Nita começou a dizer que estava preocupada, que sozinho aquela hora da noite ele poderia ser assaltado. Então Adrian comentou que eu fui estúpida o acusando. Minha amiga completou dizendo que ele recusara ir conosco por minha causa. Como resultado, fomos devagar pela rua tentando encontra-lo, mas não achamos. Nate sugeriu que parássemos na loja e checássemos se estava a salvo em casa. Ele bateu na porta dos fundos e aparentemente o tio de Mason disse que ele não havia voltado.

Eu tinha achado que o dono da loja era só seu patrão, mas Nate disse que era seu tio, Tyrion. Ficamos todos bem preocupados porque ele já deveria ter voltado e eu me senti mais culpada ainda por ter de fato brigado com ele e o chamado de destruidor. Foi quando Nate disse que ele tinha a mania de ficar em um prédio abandonado ali perto quando queria pensar. Nós estacionamos próximo e quando a chuva começou, ninguém quis descer. Arfei e concordei em ir sozinha, afinal, fora eu que o tinha espantado com meus julgamentos. Não esperava nunca o encontrar na cobertura sendo atacado.

-Está com frio? _ Mason sussurra enquanto entramos na avenida e nos aproximamos da limusine. Percebo que estou abraçando meus próprios braços, encolhida.

-Um pouco_ murmuro e olho de relance para ele. Não emite um som sequer, apenas anda do meu lado. Assim que paramos em frente ao carro a porta da limusine se abre e vejo Adrian com um guarda-chuva.

-Até que enfim! _ enquanto ele fala nós dois nos esgueiramos para dentro do carro_ demoraram horrores, fizeram as pazes?

Eu e Mason ficamos em total silencio, quietos. Nita percebe que estou com frio e estende seu casaco para mim. Eu o seguro e tento não tremer mais enquanto penso em como explicaríamos o que houve.

-Gente..._ Nate começa_ está tudo bem?

-Está_ Mason balbucia. Eu levanto os olhos, surpresa com a facilidade que mentiu e resolvo contar:

-Não está_ desminto_ quando cheguei alguém estava atacando Mason.

-O que? _ Nita fala, aflita.

-Estão brincando? _ Adrian questiona.

-Não é piada, é sério_ murmuro, encarando os olhos alaranjados que parecem querer me fuzilar_ acho que tentaram mata-lo.

-Uou!_ Nate olha para ele_ você está bem cara?

-Estou_ Mason abre um ar mais sincero_ Gwen chegou a tempo e..._ parece doloroso para ele admitir_ me ajudou.