Exilados

12_ Tem certeza de que eu sou o vilão dessa história?

Oie pessoas! Essa é o ultimo capítulo da primeira parte e assim, espero muito que vocês estejam gostando tanto da história quanto eu!! Ando meio desanimada, mas o que motiva são os comentários de vocês, e claro a certeza de que é melhor terminar a história do que deixar ela pela metade! Curtam a leitura e se preparem porque a Parte 2 vai ser sobre o passado do que que realmente aconteceu lá no reino dos protagonistas!

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Permaneço sentado, olhando para o prato com o sanduiche, imóvel, por mais de dez minutos. Estou tão absorto em minhas próprias ideias que ignoro completamente o cheiro delicioso da comida e o som que minha barriga faz, pedindo comida. Por mais que tentasse, não conseguia me concentrar em fazer as coisas usuais normalmente, como se nada estivesse acontecendo, como se nada estivesse diferente, como se de repente tudo que eu passei nesses últimos dias fizesse parte da cartilha de vida humana comum.

Nem mesmo sei se sou humano.

E não era só isso. Não era somente saber que eu era de outro mundo, que eu pertencia a outra dimensão, que eu fui apagado e enviado para cá a força em banimento. Era a constante lembrança do beijo.

Não devia ter feito o que ela pediu, não devia ter beijado ela.

Eu nunca quis, desde o primeiro momento que a vi, me envolver com Gwen. Uma impressão forte dentro de mim dizia que estar junto dela, me aproximar mais, era perigoso. A medida que fomos nos encontrando cada vez mais, que nossos amigos em comum ficaram mais próximos, não pude impedir a proximidade dela e depois da tentativa de assassinato, depois de ver a coragem nos olhos dela, a força com que me defendeu... Bom, eu estava condenado. Dizer que eu começava a gostar dela era pouco.

Perdi completamente o foco.

Continuei tentando me afastar, fui rude muitas vezes na esperança de que ela mesma percebesse que eu não servia para ela, nem sequer para ser seu amigo, mas quando a verdade veio a tona, quando descobrimos que viemos do mesmo mundo, como eu poderia continuar a ignorando?

Seria insensível demais, até para mim.

E depois que descobrimos que Tristan estava enganando ela, que vi o quanto ela ficou devastada, não pude apenas ficar olhando aqueles olhos verdes lindos se converterem em poças esverdeadas. Eu tinha que oferecer ajuda, ele poderia machucá-la, ele poderia desconfiar do plano, ataca-la ou algo do tipo.

Mas jamais pensei que ela me chamasse para aquilo.

Era mais do que tolice ficar revirando o evento em minha mente. Revivendo-o de novo e de novo, como se pudesse sentir o cheiro de jasmim outra vez ou a textura dos seus lábios contra os meus.

Por que tinham que ser tão macios?!

-Mason? _ levanto o rosto de vejo Tyrion me encarando de forma próxima_ não vai comer?

-Estou sem fome_ empurro o prato.

-Não vai se atrasar para escola?

-Não tenho o primeiro período hoje_ comento. Ele balança a cabeça e guina o corpo na direção das tulipas. Haviam chegado mudas novas, ele não abrira a loja nos últimos três dias, mas resolvera abrir naquela manhã. O motivo, eu desconheço_ você escolheu montar essa loja por que?

-Como assim? _ ele está de soslaio para mim, colocando luvas para replantar as mudas.

-Em Valerian presumo que não mexesse com terra e flores_ cito.