chapter eight

2.8K 177 16
                                    

- E SE FÔSSEMOS PARA a Tailândia? - Gustavo sugere e eu suspiro

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.





- E SE FÔSSEMOS PARA a Tailândia? - Gustavo sugere e eu suspiro.

Estamos sentados aqui na área da piscina da minha casa. Meus melhores amigos, Gustavo e Caio, estão tentando encontrar um cronograma para o próximo feriado.

- Por que não vamos à casa da sua família em Angra, Ret? - Caio pergunta.

- Por mim tudo bem. Tudo o que resta é saber se eles não vão para lá, certo?! Tudo o que eu menos quero é ter que passar esse tempo com esses caras.

- Ainda acho que devemos ir para a Tailândia. Vocês viram como lá é foda?

- Porra, Gustavo! O que você quer tanto fazer na Tailândia? - Eu respondo sem muita paciência.

- Conhecer, ué! Vocês são muito ruins por não quererem ir comigo. Poderíamos pular de paraquedas lá. - Maldito dramático!

- Por que não pulamos de paraquedas no Brasil então? -Eu pergunto e reviro os olhos.

- E se desistirmos de paraquedismo? Acho que não precisa disso. - Caio fala.

- Larga de ser medroso, irmão. O máximo que pode acontecer é algo dar errado com o paraquedas e alguém morrer. Até agora, para mim, só vi vantagens. - Minha boca se curva em um sorriso irônico e meus dois melhores amigos reviraram os olhos.

- Pare com essas piadas estúpidas, Filipe! Nós não gostamos quando você fala assim, hein?!

- Caio está certo, Ret. Cancele nosso salto de paraquedas, vamos para Angra!

- Vocês deveriam ser mais engraçados.

- Nós não gostamos do seu humor ácido, irmão. Por que você não para com essas conversas melancólicas? Você pode não se importar de morrer, mas não queremos perdê-lo. - Gustavo sempre soube expressar melhor seus sentimentos.

Eu poderia responder com um - mas todo mundo sabe que eu odeio a vida insuportável que levo, ter que viver de acordo com as expectativas de uma família e não me importo se alguém me mata ou se eu acidentalmente faço isso sozinho-. Mas eu sei que é um ponto sensível para os meninos, então eu abaixo a cabeça e suspiro profundamente.

- Vou perguntar à minha mãe se a casa está livre e depois confirmarei se vamos ou não para Angra. Tudo bem?

- Legal, Ret! Mas ainda vamos para a Tailândia este ano.

Nós rimos e ficamos lá por mais algumas horas conversando.

Esses momentos com eles são como se alguém abrisse a porta da escuridão dentro de mim e deixasse entrar um pouco de luz. Gustavo e Caio são duas das únicas pessoas que têm essa facilidade para me tornar mais leve.

• • •



Descendo as escadas para pegar minha garrafa de água, ouço vozes na cozinha e ouço meu nome sendo dito. Eu diminuo meus passos e me aproximo lentamente para espionar a conversa.

- Você deveria estar mais atenta à aproximação de Filipe com essas pessoas, Violeta. Tudo o que eu menos quero é o meu nome no meio desse maldito assunto.

- Oh, poupe-me, Marcos! Parece que isso é algo exposto a todos. Nem Gael sabe disso, como você acha que Filipe ou qualquer um deles saberia?

Mas do que diabos eles estão falando? O que eu ou qualquer um dos Garcias não deveria saber?

Eu decido voltar para o meu quarto e ele continua martelando na minha cabeça.

Eu ainda vou descobrir o que eles escondem tanto. Eu sei que vou.

ALMA REVEL - FROnde histórias criam vida. Descubra agora