chapter seventeen

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- ALGUÉM PODE ME EXPLICAR o que está acontecendo aqui?

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- ALGUÉM PODE ME EXPLICAR o que está acontecendo aqui?

Eu questiono assustada em ver Vincenzo sentado ao lado de Filipe, que está machucado.

- Vincenzo, me diga que não foi você quem fez isso com o Filipe. -Eu continuo e os dois olham para mim em sincronia.

- Claro que não. Você acha que se fosse eu, eu pediria que você trouxesse o kit de primeiros socorros para limpar minha bagunça?

- Acho! - Eu respondo e Filipe murmura um "eu também" logo em seguida.

- Foda-se! Não foi Vincenzo quem fez isso comigo. Não importa quem fez, na verdade. Ele só me ofereceu uma ajuda como o príncipe encantado que ele é - Filipe se apressa em dizer e fala a última frase com bastante ironia.

- Você é um idiota! Você sabe disso, certo? - Vin fala.

Logo o celular que está apoiado na coxa esquerda do meu irmão toca e ele se levanta dizendo que é alguém da empresa ligando.

-Vou para casa em breve. Ajude Filipe e volte rápido também, Tonton. - Ele fala e beija minha cabeça.

- Você sabe que eu não preciso da sua ajuda, certo?! - Ret fala e eu reviro os olhos.

- Não sei se é mais estranho vocês dois terem um momento de paz ou Vincenzo me deixar aqui sozinha para te ajudar.

- O puto do seu irmão tem um coração mole para caralho, né?!

- O altruísmo sempre foi uma de suas qualidades mais marcantes. Mas o que aconteceu com você?

- Nada com que você deva se preocupar. Você pode ir se quiser, eu cuido disso aqui sozinho.

- Por que não gosta de receber ajuda? Você é um ser humano, é normal ter momentos de fragilidade.

- Foi meu pai quem fez isso comigo. Eu não digo isso para que você sinta pena de mim, mas não pense que pode me julgar, já que nem conhece minha realidade. Nem todo mundo vive em um conto de fadas, princesa Garcia.

- Desculpe, eu não queria parecer invasiva. Você tem suas razões.

- Você pode ir agora. Estou bem. - Ele muda de assunto e sorri de lado.

- Pare de ser teimoso, eu te ajudo com isso e vou embora, ok?

Eu me sento ao seu lado e pego a maleta. Filipe se vira na minha frente e eu me aproximo segurando um lenço com um remédio para limpar o sangue.

Ele franze a testa e aperta as mãos em punho. Eu me esforço para ser delicada o máximo possível e ele relaxa os ombros.

À medida que continuo o processo, observo melhor o seu rosto. Filipe tem um visual marcante e me parece muito familiar.

- Essas tatuagens doeram? -Eu deslizo meu dedo nas duas pequenas tatuagens no seu rosto.

- Eu gosto da sensação da agulha na marcação da minha pele, então eu seria suspeito em responder isso.

- Eu gosto delas, combina com você.

Filipe olha para mim e eu sinto sua mão descansando na minha cintura, minha pele arrepia quando ele olha para a minha boca e morde os lábios.

O ambiente parece abafado e a sensação de que estou sem ar começa a me levar completamente.

Ret se aproxima cada vez mais e eu não recuo, pelo contrário, descanso meus braços em seus ombros.

- Eu seria muito filho da puta se beijasse a irmã do cara que acabou de me oferecer ajuda? - Sinto sua respiração batendo no meu rosto e sua mão emaranhando meu cabelo em seus dedos.

- Sim, seria muito. - Eu respondo e ele alterna seu olhar entre minha boca e meus olhos. -Mas quem disse que eu quero te beijar? - Me afasto um pouco, mas continuamos próximos. Confesso que queria muito sentir o sabor do seu beijo, mas isso seria fácil demais para ele. Gosto muito desse jogo de provocações.

- Talvez o fato de você estar ofegante, suas bochechas rosadas, sua pele arrepiada, seus olhos fixos na minha boca, sua pulsação acelerada e as pernas inquietas. Eu poderia passar horas apontando sinais na sua linguagem corporal de quem está com vontade, Nella.

Ok, ele é realmente bom nisso. E qual foi desse apelido novo?

Ret desliza o dedo contornando minha mandíbula e o traz até o meu pescoço dando um leve aperto. Involuntariamente eu solto um gemido e isso parece causar algum efeito nele, já que intensifica o aperto no meu pescoço.

Eu desço minhas unhas até as suas costas e as trago para o seu abdômen. Eu deslizo arranhando até o cós da sua cueca que está um pouco mais acima do cós da sua calça preta e Filipe se apressa para puxar minha cabeça para trás um pouco pelo meu cabelo.

- Não comece algo que você não pretende terminar, Antonella. - Ele fala sério e logo prende sua língua entre os dentes. - Eu poderia marcá-la inteira, princesa.

Sinto meu interior se aquecer e a ideia insana de fazer sexo com esse maluco se torna cada vez mais interessante para mim.

Eu ia tomar a iniciativa do beijo, mas vejo que seu nariz voltou a sangrar.

- Isso tá feio, Ret. Você deveria ir ao hospital para verificar se quebrou. Está sentindo alguma dor?

Ele revira os olhos e suspira irritado.

- Você sabe como arruinar o clima. O que você se tornou agora? Minha mãe?

- Desculpe me recusar a continuar essa brincadeira excitante e te deixar na vontade, gatinho. - Eu respondo com sarcasmo.

- É melhor você ir, Antonella. Eu não serei capaz de me controlar se você continuar me provocando. Sim, vou ao hospital para resolver esse maldito machucado, satisfeita?

- Sim, tenha cuidado!

ALMA REVEL - FROnde histórias criam vida. Descubra agora