chapter sixteen

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DIA DE IR PARA CASA

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DIA DE IR PARA CASA. Eu deveria estar mais feliz com isso, mas confesso que aqui no hospital eu tinha mais paz do que quando estava na mansão.

Ainda estou me acostumando com o fato de que, quando finalmente tenho a chance de morrer, alguém me salva.

E o pior de tudo, Vincenzo que me salvou. Eu pensei que ele tinha um ódio mortal por mim, mas vejo que nem chegou ao ponto de me querer morto.

Fiquei um pouco abalado com a visita de Antonella, embora estivesse muito desconfiado, acredito que suas palavras são verdadeiras. Ela tem um brilho no azul de seus olhos que exala sinceridade, ela não seria capaz de manipular isso.

Minha mãe permaneceu em silêncio sobre a doação de sangue que Gael supostamente me fez. Eu não queria perguntar, mas achei estranho que ela não tenha comentado nada.

• • •


Eu descanso minhas mãos na parede do banheiro e deixo a água morna cair na minha cabeça. Tive sorte de não encontrar meus queridos familiares quando cheguei. Mas receio que já tenha que enfrentar essa quimera composta por meu avô, meu pai e meu tio.

Termino meu banho e desço para a sala de jantar, faço minha refeição e vou para a frente da casa sentando enquanto observo o céu.

- Vejo que não foi desta vez. Você se recuperou rapidamente, hein?! - Marcos chega para incomodar minha vida.

- Para sua infelicidade, sim, pai.

- É realmente uma pena, não vou ser falso e dizer que fiquei extremamente feliz. Você não faz muita diferença para mim.

- Nossos sentimentos são mútuos, Marcos. Eu estou pouco me fodendo pra você e pelo que você pensa ou não. Vá se foder!

Eu me levanto para sair e ele continua falando.

- Você não vale nada, Filipe. É apenas uma pedra no sapato da sua mãe, só é bom dar em problemas a ela e cegá-la com sua rebeldia.

- Não coloque o nome da minha mãe na sua boca suja, seu filho da puta.

- Ou o que você vai fazer? Me bater? Nessas condições?

Ele solta uma risada zombeteira e eu vou em direção a ele, socando-o na mandíbula.

Ele vem para cima de mim e me empurra com força para o chão, eu bato a cabeça e ele me dá um soco no nariz.

Eu me esforço para tirá-lo de mim, mas estou começando a ficar tonto, esse maldito acidente está me deixando fodido.

- Você tem merda na cabeça? Ele acabou de sofrer um acidente.

Fico surpreso quando vejo Vincenzo tirando Marcos de mim e jogando-o para longe.

Ele se inclina e me puxa com a mão, me apoiando de pé.

- Você está bem? - Ele pergunta com uma preocupação genuína no rosto.

- Por que você está me ajudando?

- Eu estava indo para casa e não achei justo o que ele estava fazendo com você.

- Outro otário para o seu pequeno clube, garotinho? Mas é realmente um idiota!

- Você não deveria tratar seu filho assim, Marcos. Você é um idiota ou o quê?

Vincenzo parece indignado, eu já percebi como Gael parece ser um ótimo pai.

- E quem é você para me dizer isso? Você nem deveria estar aqui, filho da puta.

- Você respeita minha mãe, acha que tenho medo de um ser nojento assim? Uma coisa que meu pai me ensinou bem foi ser justo, acredito que bater na sua cara seria a atitude certa a tomar.

- Não vale a pena, vamos sair daqui. - Eu descanso meu braço no ombro de Vincenzo e ele parece voltar à realidade.

Marcos entra na casa furiosamente e nós o seguimos.

- Vamos para a minha casa, esse machucado está feio.

- Seria muito estranho para mim ir à sua casa com você. Leve-me para o jardim, você está me ajudando já está me assustando demais.

- Por que você é tão teimoso? Não vou levá-lo a uma emboscada, só achei extremamente errado o que aquele homem desprezível estava fazendo com você.

- Seu complexo de herói está aflorado esses dias, né?! Eu me transformei na sua garotinha?

- Ret fazendo piadas estúpidas? Zero novidades!

Chegamos aos bancos do jardim e nos sentamos, tirei minha camisa e limpei o sangue que está pingando do meu nariz.

- Isso é muito estranho para mim.

- Você me ajudando? Também estou achando estranho pra caralho.

- Não, seu pai te tratar assim. Ele deveria proteger você, não querer cometer um homicídio doloso.

- É tão normal para mim. Não seria verdade se eu dissesse que ele já foi um pai de verdade para mim um dia.

Vincenzo olhou para mim com pena e isso me irritou. Odeio esse olhar, especialmente quando é direcionado a mim.

- Não me olhe assim.

- Desculpe, idiota! -Ele levanta as mãos em rendição e atende o celular que está vibrando no bolso. Ele parece estar recebendo uma chamada de vídeo.

- O que você acha de jogar pôquer com sua linda e maravilhosa irmã mais nova? Aposto minha nova aquisição da Versace e você aposta um de seus carros.

- Por que essa proposta soou tão injusta?

- Vamos, Vin, o vovô não te ensinou que as mulheres devem sempre ter a voz? Também é assim no pôquer.

- Não deveria querer barganhar com esses olhinhos, Antonella. Venha aqui no jardim, não posso ir jogar com você agora.

- Aconteceu alguma coisa, irmão? Está sentindo algo? Você precisa de ajuda?

A voz de Antonella logo muda para uma embolação preocupada.

Já notei que os Garcias têm uma qualidade admirável, se protegem e sempre se colocam em prioridade.

- Nada, não se preocupe. Basta trazer o kit de primeiros socorros que está na quarta gaveta do primeiro armário da cozinha. Tudo bem?

- Estarei aí em cinco minutos.

Ele desliga a ligação e eu fico quieto.

- Bem, vista a porra da sua camisa! Minha irmãzinha inocente está vindo aqui. Eu só vou limpar essa merda que está no seu nariz e vamos esquecer que tivemos esse momento normal como amigos.

Se ele soubesse como Antonella me provocou como uma diaba naquele bar...

- Além de ser um herói, você se tornou meu médico? Nós nunca seremos amigos, você é muito certinho para sair com minha gangue.

- Embora eu seja obcecado por tecnologia, também aprecio a medicina. E não seria o seu médico, mesmo jurado de morte.

Nós rimos e logo ouvimos os passos apressados da princesa Garcia.

ALMA REVEL - FROnde histórias criam vida. Descubra agora