chapter thirty-two

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A DEFINIÇÃO DE MEDO, SEGUNDO O DICIONÁRIO, significa uma espécie de perturbação diante da ideia de que se está exposto a algum tipo de perigo, que pode ser real ou não

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A DEFINIÇÃO DE MEDO, SEGUNDO O DICIONÁRIO, significa uma espécie de perturbação diante da ideia de que se está exposto a algum tipo de perigo, que pode ser real ou não. Pode-se entender ainda o medo enquanto um estado de apreensão, de atenção, esperando que algo ruim vá acontecer.

Na minha vida inteira, eu nunca tive muito esse sentimento, mas no momento eu garanto que tudo de ruim que possa ter acontecido antes não chega nem perto do que estou sentindo agora.

Quando você é muito "mimada" pela sua família superprotetora, nunca te deixam exposta a nenhum perigo. Infelizmente, no momento, eu só queria que um deles aparecesse aqui na minha frente e me tirasse desse buraco que estou enfiada.

Dores pelo meu corpo fazem com que eu sinta vontade de gritar por horas até que não sobre um pingo de voz na minha garganta. Mas acontece que o medo está me fazendo ficar em silêncio e de olhos fechados.

Bom, por onde começar?

Após a batida do carro que estava com Ret, eu apaguei completamente. Só lembro dele me protegendo dos vidros e de um possível tombo.

No momento, eu estou sentindo meus pulsos presos em um espécie de corrente e meu corpo está sentado no chão, com as costas apoiadas na parede.

Eu não consegui abrir meus olhos desde que voltei a consciência. Estou com medo de estar sozinha e com medo de quem está fazendo isso conosco. Meus olhos estão fechados, mas sinto o ardor da vontade de chorar me invadindo.

Não tenho nem tempo de processar, quando simplesmente ouço um barulho de porta rangendo e um clarão invade o ambiente. Eu sinto meu corpo tremer sem parar e me seguro para não chorar.

- Sei que está acordada, docinho. Já fazem umas 18 horas que você está aqui apagada e não vou mais esperar.

Meu Deus! Após ouvir isso, eu não consigo conter minhas lágrimas e a vontade de gritar por meu pai ou meu irmão se faz cada vez mais presente.

O dono da voz vem em minha direção e destranca o cadeado da corrente, e logo me puxa com brutalidade para ficar em pé.

- Continue de olhos fechados e ande comigo. Se tentar alguma gracinha, eu quebro seu pescoço aqui e agora.

Em choque, eu obedeço o que ele falou e lembro do meu avô dizendo que em situação de perigo, devemos ouvir a voz da razão. Não que isso fosse possível no momento, mas eu sei que se fosse para tentar fugir ou algo do tipo, deveria ser bem pensado. Além disso, não poderia sair daqui sem saber onde e como o Ret está.

Ouço o barulho de chaves e logo sou arremessada no chão. Abro meu olhos e sinto minha visão turva pelas lágrimas.

Olho em direção à porta e dou de cara com o homem que estava me arrastando até aqui.

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