Capítulo 52

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Mais ummmmm, amanhã eu posto o último gente, bjs.

POV LENA

Kara recusando sexo? Com certeza, devia haver alguma razão muito séria para... Ela disse que queria conversar. O que poderia não ter sido dito? Eu não conseguia imaginar. Uma preocupação sombria ameaçou a felicidade recém nascida com a qual eu ainda estava tentando me acostumar. Impossível esconder minha insegurança. Estava impressa, nítida em meu olhar. Por um segundo que pareceu infinito, esperei Kara começar a falar:

– Descobri quem roubou e vendeu as capas da revista.

Meu espanto não poderia ser maior:

– O quê? Como? Quando? Por que não me disse nada?

Sabendo que eu estava irritada – Ali me conhecia bem demais – ela me beijou carinhosamente antes de falar:

– Ei... Calma... Estou te dizendo agora. Eu só soube alguns dias atrás.

A forma doce e suave com que ela me olhou e falou me amansou um pouco, tenho que confessar. A vontade incontrolável de me deixar ficar nos braços dela e esquecer todo o resto surgiu rápida como um raio...

Mas a curiosidade falou mais alto:

– Quem foi, Kara?

Preciso que você me prometa que vai ouvir com atenção tudo o que eu falar.

– Para que tanto suspense? Não vai me dizer que foi o seu amiguinho Winn?

Ela me olhou espantada. Como se eu tivesse dito o maior absurdo do mundo. Chegou a rir, antes de falar:

– Não, não foi o Winn. Eu te disse que eu colocava a mão no fogo por ele. O Winn é totalmente confiável.

Além de detestar que rissem de mim, também odiava esperar:

– Kara... Merde! Quem foi? Fala!

Perfeita como sempre, Kara respondeu imediatamente:

– A Eve.

Eu não podia acreditar. Balancei a cabeça de um lado para o outro, perplexa. Parecia que minha intuição com relação às pessoas não era tão boa, afinal. Aquelas em quem eu mais confiava eram exatamente as capazes de me passar as piores rasteiras...

– Amor, calma. Eu sei o que você está pensando, mas... Ela teve razões para...

– Razões? Razões, Kara? Nada justifica uma traição dessas! Quero essa mulher na rua! Eu vou processá-la! Quando eu acabar com ela nem como faxineira ela vai conseguir trabalhar.

Ela colocou as mãos no meu ombro, numa massagem suave. Tentando me relaxar:

– Sei que você está com raiva. Mas também sei que você pode ser razoável.

Comecei a andar de um lado para o outro, como se assim pudesse compensar o fato da minha raiva ainda estar enjaulada. Só parei quando a ouvi falar:

– Amor, só te peço uma coisa: não decida nada sem antes me escutar.

Kara me olhou profundamente. E apesar de tudo, a deixei falar. Fazia parte da minha vida agora compartilhar toda e qualquer decisão com a mulher que eu amava. Concordei com a cabeça. Ela sorriu, entendendo perfeitamente o significado da minha aparente submissão. E começou a explicar:

– Eve precisava de dinheiro para o tratamento da filha.

Retruquei:

– Bobagem! Desde quando dinheiro é problema? Por que não pediu para mim?

Lena Veste PradaWhere stories live. Discover now