Chapter 3

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Any jogou suas malas na cama e resmungou, ela estava feliz de estar no Nu, apesar de ser nova nessa coisa de andar com gente rica e falar como uma pessoa rica.

Seus pais haviam acabado de receber a herança de uma avó desconhecida para ela á alguns meses, eles rejeitaram o dinheiro, decidiram que iria apenas para Any, todo o dinheiro seria apenas para os investimentos dela.

A família Rolim sempre fora um pouco orgulhosa, sua mãe então, havia puxado a mãe, elas brigavam tanto que Priscila acabou indo embora e deixado-a com seu dinheiro e arrogância para trás.

Após conhecer o pai de Any, se apaixonou e casou-se, logo após tendo Any, eles viveram bem, tinham pouco dinheiro, não era nada comparado com riqueza, mas esse pouquinho dava para pagar escolas particulares, uma ótima casa e etc.

Priscila com seu orgulho, não ia ver a mãe nem que lhe pagassem, mas, ao contrário dela, Any queria muito conhecer a avó, pediu até ajuda ao pai para conhecê-la e mandar cartas. Toda noite, quando sua mãe dormia ela fazia chamada de vídeos e fazia lindos desenhos para seu pai levar aos correios.

As cartas chegavam à Espanha e deixava a senhorinha feliz da vida, ela sentia falta da filha e queria conhecer a neta, mas seu orgulho não deixava.     Durante anos, Any conversava com a sua avó, mas quando a mesma fez quinze, sua avó veio à falecer.

Os irmãos de Priscilla ligaram avisando, ela não esperou, saiu correndo com sua filha e marido para o aeroporto, ela estava se sentindo culpada, e seu coração completamente quebrado.

Mas não havia o que fazer, é assim que as coisas funcionam, quando chegaram, deram de cara com o ar melancólico, tudo que Any queria, era ter conhecido a avó.

Depois de alguns dias na Espanha, Priscila insistia em ir para casa, mas ouve um impedimento, o advogado da família apareceu e lhes disse o testamento.

O dinheiro iria todo para a filha mais velha, ou seja, Priscila. Ela se sentia tão mais tão péssima que decidiu que nada era mais justo que a herança ir para quem a sua mãe mais amava neste mundo.

Sua primeira netinha.

Quando Any estava desfazendo as malas alguém entrou no quarto soltando altas gargalhadas, Any olhou e viu as duas figuras à sua frente, Sofya e Hina.

Ao ver ela as duas pararam de rir, e a olharam confusas, mas ao lerem a placa na porta, sorriram. Hina foi até a mesma e apertou sua mão.

-Oi, sou a Hina e você? -Sua voz sai em um tom doce e meigo.

-Eu sou Any. -Any diz sorrindo.

-Certo, certo. -Sofya encosta na porta. -Vamos parar com essa gracinha toda, estou com fome.

Ao sair do quarto Hina riu e puxou Any pelo braço até a porta.

-Que bom que foi inteligente de já colocar o uniforme. -Ela diz. Any resmunga um porque. -Ah, é que essa escola é rigorosa, no primeiro dia, é necessário estar de uniforme.

-Entendi. -Any diz por fim.

No refeitório o pessoal fazia as refeições, Sofya colocava um monte de macarrão e amondegas em seu prato enquanto Any e Hina pegava apenas coisas leves.

Elas olharam ao redor do lugar procurando aonde sentar, quando Any ia se mover, Sofya a segurou.

-Calma aí. -Diz. -Precisa calcular antes de fazer qualquer besteira...

Any arqueia a sobrancelha e diz. -Ué, não é só sentar?

Hina para e pensa um pouco, ela concorda com o que Any diz, fez sentido em sua cabeça.

-Não, ali. -Ela aponta para a mesa do canto vazia. As três caminham até lá.

Todo mundo naquele lugar encara as três enquanto andam, seriam o próximo trio a bombar na escola? Ou seriam o próximo á cair no fundo do poço?

Assim que Sofya se sentou, alguém jogou o tabuleiro de comida na mesa e se sentou ao seu lado, não era Any e nem Hina. E sim, Alex Mandon.

Sofya o olhou com repulsa, ela queria o expulsar dali, ela precisava o tirar dali, ou ela simplesmente bateria naquele garoto na frente da escola inteira.

-O que você quer? -Ela pergunta irritada.

-Calma princesa. -Ele sorri. -Eu só quero saber como está, já faz tempo que não á vejo.

-Alex, some daqui, vai, vai, vai. -Ela diz empurrando o mesmo, ele ri e lhe manda beijos no ar.

-Quem é esse? -Any pergunta.

-Alex, ele é estranho, é quieto com todos, mas adora atazanar a Sofya. -Hina diz.

Na mesa ao lado Alex falava com Noah sobre o seu acordo com os meninos, os dois riam que nem dois idiotas, Bailey e Josh chegaram e se juntaram á eles.

-E aí cara, conseguiu fisgar uma das Deinert's? -Bailey pergunta.

-Ele deveria desistir, está nessa desde o ano passado, Sofya jamais ficaria com ele. -Noah diz debochando do amigo.

-Já deixando claro que não acho certo. -Josh diz e os meninos o olham como se fosse uma criatura estranha.

-Josh, deixa de ser chato. -Bailey diz.

-É cara, é apenas uma brincadeira. -Alex diz e olha para as meninas da mesa ao lado. -Aquela doida ainda vai ceder, escrevam o que digo.

-A lápis. -Noah se pronúncia. -Pode ser?

Os meninos caem na gargalhada fazendo o mesmo bufar e revirar os olhos.

Ele olha para frente e vê a querida Sina Deinert entrar no refeitório, metade das pessoas a encaravam, os meninos ajeitavam seus cabelos, prontos para serem notados, enquanto as meninas apenas conversavam sem perder a atenção.

Sina sempre foi mais popular entre os homens, a garota mais desejada da escola. Entre as garotas, a mais invejada.

Ela odiava isso, se sentia desconfortável, nunca havia pedido por essa fama, Sofya também era bastante popular, mas sempre escapava disto, já Sina, não havia como fugir.

Sabina veio atrás da mesma e elas batiam um papo aleatório sobre a escola, Krystian se sentou ao lado delas e ria junto com as meninas. Mas eles não sabiam que algo ruim iria acontecer naquele momento.

Uma carta foi entregue á mesa deles, a escola inteira parou para ver a reação da Deinert, pois seu nome, estava na carta.

Ela abriu e leu o que estava escrito, letrinhas de jornais coladas, técnica ótima para não ser descoberto.

Na carta dizia a seguinte frase: "Eu ainda vou matar você e sua família." Ass: A.

Sina respirou fundo e segurou a carta com força, aquilo não era uma brincadeira legal, descobriria quem foi, ela levantou a carta e gritou.

-Quem fez isto!? -Ela berrou, todos a olharam. -Quem foi o idiota!?

Ninguém falou nada, ela apenas respirou fundo e gritou. -Tudo bem, eu irei descobrir, você não sabe com quem está mechendo!

Ela saiu do refeitório pisando forte. É, o Nu school nunca foi um colégio normal, e nunca vai ser.

𝑹𝒆𝒃𝒆𝒍𝒅𝒆|| 𝑵𝑼Where stories live. Discover now