Capítulo 31 - Damian

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Eles conseguiram dormir exatamente seis horas antes que o dia começasse e, se Damian tivesse que definir o Kástros e a cidade de Mávros inteira naquele dia, seria com a expressão "pegando fogo".

Havia centenas de pessoas nas ruas que levavam ao Kástros, todos eles desesperados ou cheios de curiosidade para ver se Adra realmente estava viva, todos eles gritando e tentando ultrapassar os muros que separava a propriedade real do território da cidade.

Isso sem falar no Conselho Real, que parecia determinado a começar a reunião sobre Adra e a união deles à hora ímpia das sete da manhã, o que Damian fez questão de salientar em suas reclamações quando foram acordados por Astaroth. Adra apenas riu do rosto inchado de sono que ele estampava, ainda deitado na cama deles, e falou, já se arrumando:

— Você quem escolheu nascer herdeiro de um trono. Agora precisa aguentar.

— Como você é misericordiosa. — Damian desdenhara, arrancando mais uma risada de Adra, o que fez com que ele sorrisse contra a própria vontade. — Eu odeio o Athanasius.

— Bem, eu estou com você nessa. — Disse Adra, levantando-se da penteadeira e indo em direção a ele, que notou pela primeira vez que ela estava não estava usando um corpete.

Em vez disso, ela usava uma camisa preta de um tecido grosso que se adequava perfeitamente às suas curvas suaves antes da cintura, onde a saia separada descia pelas pernas dela com graça, revelando uma fenda discreta, mas que com certeza escandalizaria os ministros.

Ao notá-lo olhando, Adra sorriu e passou as mãos pelo modelo.

— Você gostou? Sebastien comprou para mim antes de... eu voltar, você sabe. Ele me deu anteontem, da última vez que eu o vi. Disse para usar na reunião.

Por Lúcifer, Damian amava que sua família — seus amigos — amasse Adra tanto quanto ele. Ao sugerir aquela roupa, Sebastien sabia exatamente o que aquele vestido em Adra faria com todos os participantes daquela maldita reunião. Maldição, ele sabia o que aquele vestido faria com Damian.

— Eu não vou deixar nenhum de nós dois sair desse quarto hoje, não quando eu posso te foder nesse vestido. — Declarou ele e observou intensamente quando Adra mordeu o próprio lábio diante daquelas palavras, o mesmo desejo que o consumia fazendo o corpo dela queimar.

Ele quase podia sentir o desejo dela, a luxúria que corria pela corrente sanguínea de Adra, mesmo que seus poderes não estivessem realmente na mente dele naquele momento.

Adra avançou até a cama onde tinham dormido — Damian não quisera dormir sem ela depois do que ocorrera na noite anterior — e sentou no colo dele, a fenda abrindo o vestido até a coxa dela, que Damian fez questão de acariciar, observando-a estremecer.

— Tentador. — Disse ela, deitando-se em cima de Damian para morder o lábio dele, provocativa. — Mas temos um país para cuidar, então minha oferta é dez minutos.

Damian sorriu contra os lábios dela.

— Te faço gozar em três.

Ele cumpriu o que prometeu. E então Adra se ajoelhou diante dele e fez o mesmo. Damian não estava exatamente na mesma órbita que o resto do mundo quando ela o empurrou para se trocar e, tão fixado na própria memória de ter Adra olhando para ele por baixo, a boca dela...

— Foco. — A voz dela o acordou das memórias que iriam persegui-lo para o resto da vida (de um jeito maravilhosamente bom, é claro) e Damian tentou se concentrar em seu café da manhã, trazido aos aposentos de Adra há alguns minutos atrás.

— Eu não sei como você quer que eu me foque em uma coisa tão tosca como essa reunião se agora eu tenho a memória da sua boca no meu pau, Adra, eu realmente não sei. — Ele declarou com um suspiro sofrido que arrancou outra risada dela.

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