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     — Estou te achando triste — Bennet apertou a minha coxa, enquanto dividia seu olhar entre a estrada e eu

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     Estou te achando triste — Bennet apertou a minha coxa, enquanto dividia seu olhar entre a estrada e eu.

Suspirei e forcei um sorriso.

— Impressão sua.

— Que bom — me lançou um sorriso. — Estamos quase chegando.

Estávamos indo para uma casa no lago de um amigo dele. Ben disse que estava cansado de todas as coisas que vinham acontecendo e alegou precisar descansar, então me convidou para vir com ele. Não pensei duas vezes em aceitar, porque era óbvio que eu amaria passar mais tempo com ele.

Ultimamente estávamos juntos em todas as ocasiões. Ben estava me incluindo em praticamente todas as coisas relacionadas a sua vida. Corridas, festas, treinos. Sua vida profissional e social, porque a pessoal eu continuava de fora. Ele não compartilhava se tinha familiares, avós, tios ou sobrinhos, nada disso. Eu estava apenas em seus ciclos sociais e profissionais. O que era bastante injusto porque ele sabia de absolutamente tudo sobre mim. Ou quase tudo.

Mas não acho ruim ou o julgo. Porque talvez ele não esteja pronto para compartilhar coisas comigo, assim como também não estou pronta para contar a ele sobre a minha mãe. Cada coisa em seu devido lugar, por isso eu não o cobro tanto.

— Vamos transar em todas as partes da casa — me lançou um sorriso e apertou a minha virilha, rente a minha intimidade.

Arfei, aprovando aquilo.

— E as outras pessoas que estarão lá?

— Seremos apenas nós dois, Coralee — disse, saboreando o meu nome. — Poderemos nadar pelados.

Sorri, achando graça.

— Mal posso esperar!

Quando comuniquei a minha mãe que iria passar uns dias fora, ela sorriu e aprovou. Disse para aproveitar a minha vida do jeito que eu quisesse. Senti uma dor no coração por estar deixando-a, mas ela me tranquilizou e se não fosse o caso, nem aqui eu estaria. Pelo contrário da minha mãe, os gêmeos não ficaram nada satisfeitos com a minha decisão de viajar.

Kurts não me disse nada, como havia comunicado. Mas senti a decepção e desapontamento em seus olhos, e quando me desejou boa viagem, senti que ele não aprovava aquilo. Kalíope me abraçou, mas senti que não era um abraço verdadeiro ou aconchegante. Era um abraço forçado e insatisfeito.

Eles eram meus amigos quase irmãos e deveriam ficar felizes por mim. Por eu estar sendo feliz ou por ter alguém que me queria bem. Mas não, eles sempre me olhavam estranho todas as vezes que eu aparecia arrumada ou dizia que sairia com Bennet. 

Eu estava cansada daquilo tudo.

De não ter o apoio dos meus amigos e sempre ser julgada. Cansada deles sempre fazerem Ben parecer um monstro ou um idiota tóxico. Eles não o conheciam, mas eu sim. Eu só via o quanto ele era doce e gentil. Eu sentia que conseguiria mudá-lo, fazê-lo feliz e moldá-lo para sermos um casal feliz.

CHAOS THEORY Where stories live. Discover now