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A viagem estava boa

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A viagem estava boa.

Mas tudo piorou no penúltimo dia ali.

Bennet decidiu chamar alguns convidados para beber na beira do lago e comer alguns petiscos. De início achei uma boa ideia, era sempre bom conhecer pessoas do seu círculo de amizade.

Mas o que eu não sabia era que tinha sido uma péssima ideia.

Os amigos dele eram legais, faziam questão de me incluir nos assuntos e tudo em modo geral. Mas o que aconteceu foi que, umas das garotas que estava sem acompanhante estava me olhando com cara de nojo. Como se eu estivesse no caminho dela.

Eu a ignorei e continuei prestando atenção em outros assuntos e outras pessoas mais interessantes ali. Não era do meu feitio me envolver em confusões ou sustentar algo que só existe na cabeça de uma pessoa.

Não sou mente fraca, não tenho rivalidade feminina com ninguém nessa terra. Não gosto de confusões ou discussões, acho totalmente desnecessário e horrendo. Por isso, eu estava ignorando aquela garota.

Mas em um momento a minha bexiga apertou e eu precisava ir ao banheiro. Então me levantei e entrei na casa, subi os poucos degraus que davam acesso ao banheiro e entrei nele. Fiz a minha necessidade e lavei as mãos. Quando abri a porta do banheiro, a menina estava esperando, saí e ela deu um esbarrão forte no meu ombro.

Meu sangue ferveu, mas eu não gostava de discutir com ninguém e além do mais, ela era alguém totalmente irrelevante pra mim.

Não tinha importância.

Senti fome e segui para a cozinha, preparei um sanduíche de patê de frango com alface e tomate. Coloquei refrigerante em um copo e me sentei na banqueta do balcão. Mordi o sanduíche sentindo aquilo me satisfazer.

Um dos amigos de Ben entrou na cozinha e sorriu ao me ver ali.

— Que fome em, garota? — murmurou com bastante humor.

Ele era bonito.

Não, ele era maravilhoso.

Parecia um deuso grego com aqueles dentes extremamente retos e brancos. Olhos castanhos bem claros, uma pele bronzeada e cabelos loiros escorridos para trás.

Puta merda, o cara era um pedaço de mau caminho.

Mas eu não tinha interesse, porque o único que eu enxergava ali era Bennet, então os outros eram totalmente irrelevantes.

— Você não sabe o quanto!

— O seu nome é Cora, não é?

Eu assenti.

Ele estendeu a mão.

— Sou o Marvin.

Peguei a sua mão.

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