Capítulo - 23

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MELISSA

Aqueles olhos me olharam com mais intensidade, quando eu estava em seus braços. Tudo tinha sido perfeito.

O beijo foi algo mágico, perfeito, de uma maneira lenta e delicada. Eu me sentia uma joia rara diante dele.

Eu nunca tinha sequer beijado daquela forma, e eu o queria naquele instante. Contudo isso, eu estava com medo que ele percebesse que eu era inexperiente.

Mas contudo isso, quando eu falei que eu era inexperiente, ele ficou assustado, mas depois aqueles olhos ficaram diferentes diante de mim.

Depois disso, pegamos nossas roupas e caminhamos um pouco na praia, para que a água do mar saísse do nosso corpo.

O vento frio bate em nosso corpo, fazendo com que eu cruzei meus braços, tentando me aquecer um pouco.

— Acho que já estamos com o corpo seco o suficiente — Olha para o meu corpo e depois ergueu o olhar para mim. — Vamos embora? Eu te deixo em casa.

— Tudo bem.

Chegamos aonde o carro estava estacionado e logo adentramos no veículo. Ele tinha reduzido a velocidade enquanto dirigia.

Ergui os meus olhos para ele e o vejo pensando, olhando para a rua. Fico curiosa no que ele está pensando. Iria até perguntar, mas não queria invadir o seu espaço pessoal.

Relaxo minha cabeça no banco do carro.

"Você já é maior de idade, Mel. Seus pais não precisam está te controlando assim." A voz de Alice ecoa na minha mente.

Eu nunca tinha beijado por motivos óbvios. Meus pais.

Eles são conservadores até demais, quando eu já tinha entrado na adolescência, eles ficavam desconfiados do Felipe, achando que a gente tinha alguma coisa.

Na maioria das vezes meus pais sempre me levaram pra escola até os meus dezesseis anos. Nenhum garoto chegava perto de mim, a não ser o Felipe.

Uma vez ou outra eu escutava alguns sussurros deles sobre mim, que na maioria das vezes eram coisas maliciosas sobre o meu corpo, mas eu sempre ignorava isso.

Com os meus dezoito anos, e meus pais ainda me tratam igual uma criança.

Uma peça delicada, que não poderia ser quebrada, por ninguém.

— O que o Bruce, tá fazendo? — Murmurou. Olho para frente e vejo o Bruce, encostado na moto conversando com a Camila.

Será que... fico na dúvida se ela tenha contado.

— Eu não sei — Coloco as mãos na maçaneta para abrir a porta, mas logo sinto as mãos quentes, retirando as da maçaneta.

Me viro para o lado e em poucos segundos, sinto seus lábios encontrarem os meus, abri minha boca e o sinto devorar. Coloco as mãos em sua nuca e aprofundo mais o beijo, que fica cada vez mais intenso.

Sua mão desceu até minha coxa e apertou, fazendo com que meu corpo estremeça de baixo para cima. Junto minhas pernas uma na outra, sentindo um formigamento cruzar entre as minhas pernas.

Ele larga meus lábios e distribui beijos molhados, pelo meu pescoço e desliza por minha orelha, mordiscando.

— Boa noite, Mel — A voz grossa fala, no meu ouvido e aperta ainda mais a minha coxa.

Respiro fundo. Ele me solta, com um sorrisinho de lado e se ajeita no banco de couro.

— Boa noite — Murmuro baixo, coloco as mãos na maçaneta e logo saí do veículo.

Ajusto o meu vestido, que tinha subido um pouco e vou na direção da Camila.

— Seu cabelo está molhado, porque? — Deu um sorriso malicioso, ele olha pro carro preto que passa por nós e depois olha pra mim. — Vou fingir que eu não sei de nada, só que no fundo eu sei de tudo.

Reviro os olhos.

— Você estava aonde? — Camila questiona, com um sorriso de lado.

Acho que ela já percebeu o que aconteceu, dentro daquele carro. Eu não tinha como dar desculpas.

— Fomos para praia, se é isso que vocês querem saber — Digo firme, olhando para os dois.

O Bruce estava se divertindo com aquela situação, dava pra perceber pelo olhar dele.

— Se você quiser me dar a minha camisa, eu vou agradecer — Coloca o capacete por cima da sua cabeça. Camisa... meu deus, ele sabe quem é ela. — Ela era minha favorita — Acelera a moto e logo sai da nossa vista.

Então ele é realmente o homem em que ela falava. O que salvou ela.

*

Entramos em casa e a Camila, quase iria ter um infarto com essa situação.

— Você falou pra ele? — Pergunto.

— Não, eu nem falei sobre esse assunto com ele. — Toma o colo de água.

Então ele já sabia. Eu o conheço a pouco tempo mas o que eu entendi foi que ele gosta de provocar e brincar com as situações.

— O que é isso no seu pescoço? — Questionou com um sorrindo malicioso.

Ele não fez isso que eu estou pensando. Corro até o banheiro imediatamente, fico na frente do espelho e inclino minha cabeça e vejo várias marcas vermelhas.

Algumas são grandes e vermelhas. Acho que nem se eu passasse um corretivo iria cobrir isso.

— O mar da praia estava calmo — Camila brinca com a situação. — Eu não tenho dúvidas, que você dois se beijaram.

Me viro na sua direção e confirmo com a cabeça.

Meus pais provavelmente iriam ver isso. Se eu fosse para algum lugar, todos perceberiam.

Eu não consigo acreditar que ele me deixou com chupões pelo meu pescoço.

— Como eu vou tirar isso daqui? — Aponto para a marca de chupão.

Ela rir da minha cara e me puxa banheiro fazendo com que eu saía.

— Eu vou tentar cobrir isso — Subimos a escada e logo entramos no meu quarto.

Acho que demorará um tempo para essas marcas saírem do meu pescoço.

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Capitulo novo!!!!

Espero que tenham gostado.

Não esqueçam de deixar o seu voto.

Beijos e até o próximo.

ProtegidaWhere stories live. Discover now