Capítulo - 32

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RAFAEL

Ao contar toda a história detalhadamente para Melissa, na noite passada, os olhos dela já estavam com pequenas lágrimas caindo em seu rosto.

Não queria contar o motivo por ser algo difícil de lidar. Não queria que ela ficasse com aquilo na cabeça, mas ela precisava ouvir escutar tudo o que eu tinha que dizer.

Quando o almoço tinha acabado Dominic e eu fomos até a cozinha para pegarmos algumas bebidas. Ele tinha me perguntado se eu e a Mel tínhamos algum caso íntimo, porém eu apenas neguei.

Algo que me fez lembrar da noite na praia com ela. Naquelas águas entregue a mim.

Ao me contar que eu fui o seu primeiro homem a beijá-la, foi como se ela fosse somente minha. Minha e de mais ninguém. 

Era algo mágico. 

Inacreditável naquele momento. 

Gostava de tocar nela, sentir o toque dela em minha pele. Ela me faz alastrar chamas por todo o meu corpo, querendo possuí-la ainda mais, até está nua em minha cama.

Ela não era como as outras, nunca deixei que nenhuma fosse dormir na minha cama, na minha casa ou em outros lugares que fossem da minha privacidade. Ela era a única a conseguir isso.

Com os fios de cabelos bagunçados em meus braços, a pequena estava completamente agarrada em mim por conta do frio que fazia nesta noite. 

Ela não estava acostumada com esse tipo de frio, já que na Flórida o clima é subtropical, e faz muito calor. Ela demoraria para se acostumar com esse novo clima.

Pego o meu celular de cima do criado mudo e vejo que são quase meio dia. O meu carro e o do Felipe chegariam nesta tarde pela transportadora.

Em pensar que o racha é daqui a dois dias, fico um pouco receoso do que pode me acontecer se eu ganhar essa corrida. 

Todos sabem que uma vez que você entrar na máfia você só vai sair de lá morto. Ninguém sairá dessa organização vivo, terá que honrar ela com a sua própria alma.

O Eric não seria maluco de sair dessa organização, já que ele virou um membro que atua como algo lá dentro.

No dia em que eu vi ele pela primeira vez depois que saiu da cadeia, escutei alguns murmúrios de que ele seja um dos soldados, mas que era praticamente o braço direito do herdeiro da máfia. 

Sinto Melissa se remexe em meus braços, olho para ela e vejo abrir aos poucos os olhos.

— Que horas são? — Pergunta, se aconchegando em mim. 

— Faltam poucos minutos para dar meio dia. 

Ela me olha com um olhar de que não acredita no que eu estou falando e logo pega seu celular. Com a confirmação de que ela viu a hora, Melissa olha para tela com os olhos arregalados.

Escuto três batidas na porta.

— Meninos? — Ouço a voz da minha mãe — O Almoço em poucos minutos vai estar pronto.

Riu da Melissa, que quase deixa o celular cair da sua mão, pelo susto que levou da voz da minha mãe.

— Já estamos acordados, mãe — Grito.

Depois de alguns segundos ela fala que é melhor descemos para ficar com o pessoal na sala.

— Queria ficar aqui — Murmura ao se levantar da cama junto comigo.

Tiro minha camisa, sinto o seu breve olhar quando eu relaxo os meus músculos e vou em direção ao banheiro. Coloco a roupa suja no cesto. Em seguida ela entra no banheiro e logo escovo os dentes juntos com ela. 

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