Primeira dungeon

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Depois dos longos e horríveis eventos que eu presenciei ontem , acordei de bom humor e logo desci para tomar café da manhã e relaxar um pouco antes de iniciar meu treino matinal , descendo as escadas andei até a cozinha e como de costume preparei meu café da manhã ; quando eu já tinha idade o suficiente para fazer as coisas sozinho eu parei de pedir ajuda dos empregados, no início eles pareciam desacreditados em como uma criança tinha tanta responsabilidade e queria fazer algo sozinho , meu avô apoiou isso e apenas disse para a cozinheira certificar de me observar e me ajudar se eu tivesse dificuldade em algo , mas como eu não tive foi fácil ganhar a confiança da cozinheira que se acostumou a ver eu pegando o que queria comer de manhã sozinho .

"Jovem mestre, seu avô quer conversar com você depois de tomar o seu café da manhã." Assim que eu terminei de pegar o que iria comer a cozinheira deu o aviso de meu avô .

"Ok , obrigado por me avisar senhorita ." Educadamente agradeci e voltei a comer tranquilamente .

Enquanto comia em silêncio, lembrei do estresse que passei ontem com o Sistema e a minha luta contra Altrouge Brunestud , apesar de saber que ela desde o início não estava lutando a sério; ela poderia ter me matado desde o início da batalha com uma facilidade tremenda , agora que eu estou pensando bem , como eu fugi dela ?!!!
Não me lembro de ter conseguido fugir dela e nem de ter deitado de baixo de uma árvore, só lembro de eu cair no chão e desmaiar , quanto mais eu pensava nisso mais ideias malucas surgiam na minha cabeça , era impossível ela ter tido compaixão comigo e ter deixado eu sobreviver de graça , tinha que ter algo importante para isso .
Só se ... ela me deixou vivo por eu ser o usuário da [Primeira magia verdadeira] ? Fazia sentido essa hipótese , falando sobre a minha magia verdadeira , eu consegui materializar uma espada de éter , sem necessariamente estar no nível 5 , algo inconsistente com o que foi dito pelo Sistema .

'Sistema , me diga o que aconteceu durante minha batalha contra Altrouge no momento em que eu consegui criar uma espada com o éter .'

[O usuário apenas conseguiu materializar o objeto que queria por um curto prazo de tempo , além do objeto materializado não ter passado pelo processo completo para a solidificação adequada do Éter, sendo apenas uma forma incompleta e falha que poderia ter ocasionado na morte prematura do usuário]

Um arrepio percorre meu corpo ao saber disso , então eu ter conseguido criar uma espada foi apenas pela sorte ? Acho que devo graças a Deus por ter tanta sorte de não ter morrido tentando criar uma espada de Éter .
Terminando de comer , coloco meu prato em cima da pia e vou em direção ao escritório de meu avô , andando pelos corredores do castelo sou observado por alguns de meus servos , que me cumprimentam por educação, eu os cumprimento também e logo chego no escritório , bato a porta e espero pela autorização , não muito depois o som de uma voz mais velha dá a autorização para entrar .

"Pode entrar ." Logo após ouvir a permissão abri a porta lentamente e vi meu avô sentado numa cadeira de madeira.

"Bom dia vovô, o senhor mandou me chamar para conversar com você em particular, eu vim após terminar de comer o café da manhã."

"Excelente , pontual como sempre , sabe eu nessa sua idade nunca tive qualquer tipo de bem material que você tem e mesmo assim você nunca me pediu nada de grandioso ou até mesmo caro para mim , por quê disso ?"

"Não acho justo com as pessoas que estão na pobreza de nossa amada cidade pedir algo caro , enquanto alguns estão sem ter o que comer eu tenho praticamente tudo o que eu poderia querer ." Falei honestamente o que pensava.

"E o que seria isso ?"

"Uma família ."

Um silêncio surgi na sala e pela primeira vez pude ver meu avô chorar pelas minhas palavras , suas lágrimas não eram de dor ou qualquer tipo de emoção negativa , mas sim de um orgulho genuíno pelo meu carácter e moralidade , depois de alguns segundos em silêncio, ele limpou as lágrimas de seus olhos e com um longo suspiro falou o propósito de ter me chamado .

O Príncipe Revolucionário Where stories live. Discover now