O Príncipe Revolucionário

Conflitos Internos e Externos

[Algumas semanas depois]

O Sol amanhecia lentamente no horizonte leste, trazendo consigo os seus brilhantes raios solares que iluminavam as estradas de pedras que interligavam todas as cidades e reinos da antiga Grã-Bretanha. O dia enfim havia finalmente começado com uma manhã ensolarada e sem sinais de nuvens nos vastos e imensos céus azuis que cobriam até onde a vista alcança-se, hoje definitivamente iria esquentar e seria um bom dia para realizar atividades de caças e pescas antes do inverno chegar.

Os camponeses iniciavam seus trabalhos diários sem nenhum tipo de cansaço ou indisposição, as plantações estavam indo bem e logo uma boa quantia de alimentos estaria reservada para a chegada do frio intenso do inverno, que ocorria no final do ano. De vez em quando, fofocas sobre o recente casamento ocorrido há algumas semanas atrás entre duas casas reais, ecoavam de boca para boca em toda a Grã-Bretanha. Não era novidade a ocorrência de casamentos entre casas da realeza de reinos distintos, mas esse casamento em específico chamou a atenção de todas as classes sociais de todos os reinos das ilhas britânicas.

Afinal de contas, não era todo o dia que uma recém fundada casa real, que mau tinha fama ou reputação geopolítica se aliava com uma casa real, que já existia há um bom tempo e possuía uma base sólida nas relações comerciais e políticas com os demais reinos vizinhos.

O casamento de Lelouch com Morgan não somente foi motivo de fofoca entre a nobreza, como também dos camponeses que conversavam sobre a cerimônia de união entre ambos. O simples ato de um ex-Marquês ter se rebelado e vencido uma guerra contra o rei Uther Pendragon, que até então era o mais poderoso rei dentre todos os demais, já era extremamente absurdo para a maioria dos camponeses, mas se casar com a filha mais velha de seu inimigo era algo além do inacreditável e inexplicável para a mente de meros camponeses.

Mesmo que esse casamento fosse por puros motivos políticos, ainda parecia ser uma completa loucura de se pensar que havia realmente acontecido. Muitos especulavam que a vida do casal deveria ser muito ruim por terem sido forçados a se casar de forma tão abrupta e sem se conhecerem melhor. Porém tanto para Lelouch quanto para Morgan, a vida em casal era em poucas palavras: monótona e pacífica no Palácio, ambos tinham um bom entendimento um do outro e trabalhavam juntos na administração de todo o território do Reich e até das principais partes de finanças, que englobavam os principais setores a serem financiados pelo governo e o gerenciamento do dinheiro obtido dos impostos da população.

Graças a ajuda de Morgan, Lelouch pode ter mais tempo para descansar e aprimorar as suas habilidades físicas e mágicas, ele admitia abertamente que sua esposa era alguém extremamente capacitada tanto intelectualmente quanto em administração. As ideias de Morgan junto da mente flexível de Lelouch, formavam uma dupla harmoniosa que desenvolvia o Reich, a novos patamares muito superiores se comparado há antigamente.

Percebendo o talento de governança digna e mais do que preparada ou capacitada de Morgan, Lelouch pela primeira e última vez, agradeceu a Uther por ter lhe dado uma esposa tão genial e uma ajuda incomensurável para administrar todo o seu território.

O conhecimento político, administrativo, mágico, ético e histórico de Morgan eram algo a serem reverenciados, pois ela tinha quase uma opinião bem estruturada sobre todos os assuntos e tópicos relevantes nessas áreas, sua astúcia e decisões rápidas e certeiras também contribuíam para que Morgan pudesse ser considerada uma rainha tão magnânima quanto os maiores governantes que essas terras, já tiveram anteriormente. Se Arthur não tivesse se tornado o rei de Camelot na linha do tempo original, Morgan muito provavelmente conseguiria governar com muita mais eficiência e proeza Camelot do que seu irmão mais novo.
Ela já tinha uma boa mentalidade para governar e sabia fazer escolhas sábias e promissoras para o futuro da sua nação. Lelouch apenas queria aproveitar todo o seu potencial e por isso passou a torna-la sua conselheira pessoal, aumentando a intimidade dos dois com o passar do tempo.