Incrivelmente intenso.
Terrivelmente proibido.
Deliciosamente irresistível.
Colapso. Aos quinze anos de idade, Fiore Hallmor estava prestes a ter um colapso.
Quando seus olhos castanhos encontram os verdes de Jaden O'donell, sua cabeça gira e borbo...
Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.
Atravesso o campo da faculdade e sigo em direção ao meu carro. Observo as inúmeras pessoas fazendo o mesmo trajeto e outras vindo em sentido contrário.
Minhas mãos se afundam em minha bolsa a procura das minhas chaves e logo sinto o metal gelado em meus dedos.
— Merda! — esbravejo; descendo meus olhos para averiguar o que exatamente estava em meu caminho que me fez dar um leve tropeço. Examino a patética pedrinha no chão e continuo com meus passos, porém não antes de certificar-me de que ninguém tivesse visto.
Meus pensamentos me atormentaram a manhã inteira. Não consegui me concentrar em qualquer explicação que fosse e muito menos exercer qualquer atividade. Me encontro em um completo caos desde que corri para fora da casa de Arianna ontem à noite.
Meu queixo ainda formigava no mesmo ponto fixo onde o dedo de Jaden havia tocado e, seus olhos se fez presente em meu sonho desde o início até o final dele. Seu novo perfume ficou impregnado em minhas narinas como um carimbo, igual como as lembranças do acampamento ficaram em minha memória.
O'donell é como uma caneta permanente que mesmo depois de jogar uma quantidade grande de água, a marca fica ali, claramente visível. Ela não sai.
Isso é loucura. Acho que estou surtando.
A lembrança mais dolorosa e difícil de fingir que não aconteceu e que, de maneira quase impossível, conseguiu voltar a átona como uma avalanche descomunal e intensa.
— Fiore!
O chamar repentino fez com que minha linha de raciocínio se quebrasse. Viro-me para trás e sorrio simpaticamente quando encontro Steven vindo até mim. O rapaz se mudou para cá no mês passado e, desde que notei seus olhares sobre mim nos corredores da faculdade também passei a devolvê-los.
— Ah oi, Steven.
— Me passa seu número? — Ele é direto. Enfia sua mão direita em seu bolso da frente de sua calça e me estende seu celular. — Acho que por mensagem consigo ter a coragem que preciso para te chamar para sair.
Pisco supresa.
Balanço a cabeça em confirmação antes de pegar seu aparelho e salvar meu contato nele.
A revelação inesperada me causa estranheza, mas a confissão das intenções de um rapaz bonito é sempre algo indescritível. Sinto minha mente ainda processar a informação e assimilar a nova realidade, já que, depois de hoje, o interesse seria algo mais óbvio e visível.
— Não me deixe no vácuo.
— Pode ter certeza que não.
Quando por fim encaro suas costas, entro no meu carro e dou partida. Ainda que exista mais alguns minutos até o horário do meu trabalho, decido que era a hora de fazer uma rápida visita ao mercado, pois minha geladeira estava vazia e não demoraria muito para que eu começasse a me alimentar com pão e água. Estaciono o carro na esquina do estabelecimento e entro, animada com a ideia de encher os armários com alimentos frescos.
