25.

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Na moral, não via a hora pra que sextasse, papo reto mesmo. Acordei até mais disposta do que geralmente, o que uma sexta feira não faz com a gente, né?

Saí do banheiro enrolada na toalha e fui pro meu quarto me arrumar, passei meu desodorante, creme hidratante e vesti um vestido tomara que caia bem soltinho depois de vestir meu biquíni.

Sentei em frente da minha penteadeira e passei um hidratante e protetor solar no rosto antes de pegar uma escova e começar a desembaraçar meu cabelo depois de tirar a toalha da minha cabeça.

Tirei minhas tranças ontem e resolvi deixar o meu cabelo dar uma respirada e fortalecida antes de colocar outras novamente.

Depois de pentear eu finalizei ele e fui atrás da minha sacola de praia. Assim que achei saí pegando as coisas básicas, que eu levo toda vez que vou, e taquei tudo dentro.

Caçei minha bolsa da facul e quando achei saí de casa com o celular e as chaves na mão, tranquei o portão e mandei mensagem pra Mel, ao lembrar do "plano" do ex presidiário.

📨

Oi, gatinha.
Vai fazer o quê no fim de semana?

E aí, mana?
Não tenho nada programado não.
Por quê?

Vamo comigo em um pagode então.

Milagre tu ter iniciativa de chamar pra rolê. Onde vai ser?

Isso tu vai descobrir na hora.
É surpresa, vamo?

Fechado.

📨

Continuei conversando com ela enquanto descia a ladeira e depois de passar pela barreira peguei um moto táxi que me deixou na praia mais próxima.

Paguei o moço e em seguida comprei um misto quente e um suco natural de laranja, que um senhor estava vendendo em uma barraca na orla, antes de caminhar pela areia quentinha.

Aluguei um guarda sol e uma cadeira, deixando minhas coisas no chão e tirando o meu vestido, ficando de biquíni em seguida.

Passei um óleo no corpo e coloquei meus óculos escuros antes de pegar o meu notebook e dar um gole no meu suco enquanto esperava o bendito iniciar sessão.

Sentei na cadeira, dando uma mordida no misto quente, e digitei a senha abrindo a pasta do trabalho da facul que eu tinha que terminar.

{...}

Agradeci ao motorista do táxi por ter aceitado parar pertinho da barreira, pois eu estava totalmente acabada e não teria condição física de andar até aqui, e falei que ele podia ficar com o troco antes de pegar nas minhas coisas e descer do carro, fechando a porta atrás de mim.

Tô exausta, mas é uma exaustão gostosa de pós praia.

Cumprimentei os soldados fazendo contenção na barreira, que responderam com um aceno de cabeça e deram espaço pra eu passar, e respirei fundo quando vi o Jota me encarando com os braços cruzados.

Subi na calçada oposta à que ele se encontrava e bufei de raiva quando senti sua mão puxando o meu braço.

- ME DEIXA, PORRA. - Puxei meu braço de sua mão e ele veio pra minha frente, me impedindo de continuar andando.

Jota: Tava aonde?

- Não te interessa? - Ri totalmente desacreditada da audácia dele. - Cuida da tua vida.

Jota: Minha vida é tu. - Veio mais perto e eu me afastei.

- Uma hora dessas, Jota? - Falei olhando pra tela do meu celular, que marcava onze e meia da manhã. - Me deixa em paz, cara.

Jota: Tu não me dá mais moral por quê, em? - Franziu as sobrancelhas. - Tá tendo algo com outro cara?

- E se eu estiver? - Sorri de forma desafiadora, me aproximando dele, e em um movimento rápido sua mão foi de encontro com o meu braço, apertando forte.

Tava morrendo de vontade de gritar de dor e chorar de ódio, mas não vou dar esse gosto pra ele.

Jota: Se você estiver então fica preparada para viver com remorso, porque eu vou matar qualquer marmanjo que ousar se envolver com tu. - Sorriu de maneira diabólica. - Eu vou matar, mas o sangue vai estar nas tuas mãos. - Sussurrou perto do meu ouvido e eu fechei os olhos com nojo quando ele depositou um beijo na lateral da minha cabeça. - Tá avisada! - Me soltou de uma forma tão bruta que eu tive que dar alguns passos pra trás para conseguir me equilibrar.

Subi a ladeira e quando cheguei em casa chorei mares e rios de tanto ódio.

Inolvidável - Livro 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora