62.

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Atacante.

- Eu não sei do que você tá falando, Kaira. - Tento me afastar me sentindo sufocado.

Kaira: Ah é? - Suspende a sobrancelha direita me encarando e eu fico arrepiado quando sua mão pequena repousa sobre o lado esquerdo do meu peito bem onde dá pra sentir as batidas do coração. - Parece que seu coração sabe do que eu tô falando...

- Para de tornar tudo mais complicado do que já é. - Afasto a mão dela como se seu toque me queimasse e olho pro lado não conseguindo sustentar a olhada dela.

Kaira: Eu entendo que é assustador... - Sua mão alcança meu queixo e vira ligeiramente movimentando minha cabeça, o que faz eu olhar nos olhos castanhos dela. - Mas você não tá sentindo isso sozinho. - Pega na minha mão apreensiva e coloca sobre o peito dela.

Sinto seu coração bater acelerado contra a palma da minha mão e passo a língua no lábio umedecendo antes de engolir saliva procurando as palavras que fugiram da minha boca antes mesmo de eu falar.

Kaira: Meu coração tá do mesmo jeito ou pior que o seu, a reciprocidade tá aqui pra provar que não tem necessidade de fugir disso. - Sorri me deixando desnorteado.

- Você merece mais, baixinha. - Susurro perto da orelha dela que fica na ponta do pé colando nossas testas antes de negar com a cabeça.

Kaira: Foda-se o que eu mereço, caralho. - Beija o canto da minha boca abraçando a minha cintura. - Você é o que eu quero e preciso, Atacante.

Totalmente rendido com essa última declaração eu mando a razão pra puta que pariu e empurro ela contra a parede antes de fechar as duas mãos na cinturinha dela e selar nossos lábios.

Subo uma das mãos pela lateral do corpo dela mordendo seu lábio inferior e ela fecha as pernas no meu quadril enquanto passa as pontas das unhas postiças nas minhas costas. Forço mais a língua na boca dela que brinca com a mesma e fecho uma das mãos um pouco acima da nuca pegando um punhado de cabelo antes de inclinar a cabeça dela pro lado e ditar o ritmo do beijo que de calmo foi pra necessitado.

Desço a mão do seu cabelo pra mandíbula apertando e sorrio quando sinto ela sorrir no meio do beijo deixando escapar um gemido. Dou um selinho estalado descendo a boca pro pescoço onde eu chupo fazendo chupão antes de apertar olhando dentro dos olhos dela que sorri safada mordendo seu próprio lábio inferior.

Kaira: Como eu senti falta disso. - Respira fundo acariciando minha nuca e eu suspiro acariciando sua cintura pequena.

- E agora como nós faz? - Cheiro seu pescoço antes de descer mais beijando a clavícula dela.

Kaira: Fica? - Pergunta como se fosse óbvio e eu mordo seu lábio inferior trazendo pra minha boca enquanto chupo soltando depois.

- Nós já não ficava?

Kaira: Agora pode ser só nós dois, sem terceiros e ver no que vai dar.

- Mané ficar, Kaira. - Fecho a cara mermo. - Vai muito ser ficante de vagabundo, tu. - Nego com a cabeça. - Tá no meu nome. - Faço menção de beijar o pescoço dela e ela empurra minha cabeça com as mãos.

Kaira: Pera, Atacante... Vamo conversar direito sobre isso.

- Tá no meu nome e já era, Kaira. - Aviso. - Tava de boa, tu caçou e achou. - Ela arqueia as sobrancelhas debochada e eu continuo. - Papo foi dado, minha muié.

Kaira: Vamo com calma aí, se vim com possessividade eu me pico. Tem que saber conversar senão a probabilidade de nós dois dar certo fica abaixo do mínimo.

- Justo. - Concordo só pra ela calar a boca linda dela, na minha mente ela é minha mina e pronto.

Kaira: Acabou a vida de ter marmita pra tu, amou? - Sorri animada me fazendo dar uma risada breve e rouca pelo entusiasmado com que ela falou.

- Amei, pô. - Assinto cheirando ela. - E tu?

Kaira: O que tem eu? Nunca tive isso.

- Mas tu ficava com alguém além de mim? - Afasto o rosto da curva do pescoço dela podendo encarar a mesma.

Kaira: Não, mas fiquei com alguém esses dias.

- Hm. - Mordo o canto do meu lábio. - Eu conheço?

Kaira: Sim. - Coço a nuca olhando pra ela.

- Curtiu?

Kaira: Foi bom, porém senti falta de uns apertos na mandíbula, pescoço, na cintura, uns empurrões contra a parede.

- Eu vou fazer você lembrar de mim. - Canto baixinho na orelha dela que sorri abraçando mais meu pescoço.

Kaira: Não vai querer saber quem foi?

- Hadad é um cria de respeito, chegou em mim e falou na merma noite achando que ia ter chance com tu, coitado.

Kaira: Vou esclarecer as coisas com ele, muito lindinho e fofo mas esses com esses requisitos na minha vida ele só serve pra ocupar lugar de amigo.

- Bom mermo, não quero ter que entrar com uma com um dos cria que eu mais confio.

Inolvidável - Livro 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora