38.

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Maratona.
{3/5}

Atacante.

Paro a moto, descendo e taco a chave no bolso da minha calça antes de subir indo pra boca depois de ajeitar a peça na parte se trás da cintura.

Iguinho: Aí, né, a irmã dela pegou nóis na pura meteção, rapaz. - Ele fala gesticulando com a glock na mão e eu continuo me aproximando.

Vitelo: Caralho, mas tu também é muito azarado, né não? - Nega com a cabeça.

Dom: Papo, quem que mandou namorar mina gêmea? - Ri da cara de desespero do Iguinho. - Se fodeu mermão.

Iguinho: Porra mas aí eu que saio como culpado por que, mermão? - Encolhe os ombros abrindo os braços. - A irmã dela que se passou por ela pra usar e abusar do meu pau, carai.

- MUITO BOA, A ATIVIDADE. - Chego perto, gritando perto do ouvido dele e ele grita dando tiro no alto no susto.

Iguinho: Puta que pariu, patrão. - Coloca a mão no peito e os outro tudo quase se mija de tanto dar risada. - Que susto.

- Que susto minhas bola, caralho. - Nego com a cabeça, cruzando os braços na altura do peito. - É desse jeito que cês fica na atividade quando eu não tô? - Dou um tapão na orelha dele que fica vermelha. - Daqui à pouco cês tá pegando cadeira pra sentar na porta de casa junto com as vizinha fofoqueira.

Vitelo: Exagero, patrão. Era só um papo de brotheragem, tá tudo tranquilo por aqui.

- Imagina se invés de mim fosse alemão chegando em vocês? - Eles ficam calados se encarando. - De repente ninguém mais tem voz nessa porra, né não? - Insisto. - cadê o Mota?

Dom: Saiu com uma morena cabeluda no porte. - Responde fazendo uma dança mó estranha e eu me pergunto mentalmente se eles combinou tudo de me estressar. - Qual foi? - Perguntou depois que os cara começou a rir dele. - Não é assim a dancinha? - Franze as sobrancelhas. - Minha filha que me ensinou, pô, passei mó conta ensaiando com ela pra gravar um vídeo depois.

- Puta que pariu, Dom. - Não me aguento e começo a rir quando lembro dele se mexendo que nem lagartixa e ainda tendo a audácia de perguntar "qual foi." - Vai embalar aquela porra que é o melhor que tu faz, vai. - Chuto a bunda dele que entra correndo na salinha. - Se a tua cara vazar nas redes sociais tu se fode ou na minha mão ou na dos cana! - Grito e me viro pros outros. - Atividade. - Digo e cada um volta pro seu posto. - Mané dancinha... - Murmuro tirando o casaco junto da regata.

Calor da porra, mané. Eu acho que nós já tá no inferno e nem sabe, puta que pariu.

Entro na boca, escutando um barulho de carro, e recuo alguns passos vendo a nave do Mota subir a ladeira. Ele estaciona subindo um pouco na calçada pra não estreitar a passagem e desce fazendo um toque comigo.

Mota: Quem é vivo sempre aparece, né não? - Dá dois tapinhas no meu pescoço. - Sumiu tu e a minha cunhada.

- Mané cunhada, rapaz. - Dou risada. - Emocionado pra porra.

Mota: Tô só esperando a sua vez. - Ri passando o braço em volta do meu pescoço.

- Já falei, mané, ideia erradona. - Empurro ele cansado desse papo sem fundamento dele. - Aí, na moral, tu acredita que o Iguinho namora uma mina gêmea e aí comeu a cunhada e a namorada pegou eles no ato?

Mota: Desconversa não. - Bufo puto e meu radinho apita.

- Solta o verbo, menor. - Falo pro chefe da contenção lá na barreira.

Nando: Aí, patrão, brotou um tal de Bil pra trocar um papo com tu.

- Jaé, passa pra ele o radinho e fala pra ele dizer as parada que nós combinou. - Escuto um ruído no radinho e em seguida outra voz.

Bil: Acerto de contas. - Sorrio de lado, assentindo, e peço pra ele passar de volta pro Nando, liberando sua passagem.

Mota: É o que eu tô pensando? - Assinto e ele sorri fazendo um toque comigo.

- Não tardar uns vão ter que colher o que plantaram. - Respondo e ele assente.

{...}

Bil: Quando que vai ser a parada? - Pergunta fechando as maletas depois de confirmar os dois milhões de reais que eu prometi e entreguei.

- Só fica ligado no teu celular, tu e a tropinha que tu montou. - Solto a fumaça ajeitando a postura na cadeira de couro. - Quando for pra rolar eu aciono.

Bil: Fechou. - Estende a mão pra mim e eu aperto antes de dar tchau pra câmera muito bem escondida no buraco que tem na parede. Ele se vira e olha voltando a me encarar puto. - Pra quê essa merda?

- Abaixa essa bola que tu tá no meu território. - Trago. - Tu tá levando os dois milhões agora, qual a garantia que tu não vai dar pra trás por já tá sendo recompensado? - Solto a fumaça olhando pro teto. - Isso aí vai ser usado caso tu dê uma de louco e queira tirar o seu da reta.

Bil: Pô, não confia em mim?

- Não. - Encaro ele sorrindo. - Passe bem. - Aponto pra porta com o queixo e ele sai me deixando sozinho.

Inolvidável - Livro 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora