Feliz aniversário? - Parte I

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Felipe

Acordo cedo, faço minha higiene e desço, Júnior e Carol estão tomando café para irem ao colégio, agora nosso motorista os leva, então ela não precisa levantar tão cedo, logo Eduarda se junta a nós.

— Bom dia. —

Digo animado.

— Bom dia. —

— Então, Ricardo comentou que vocês não retornaram para ele verificar o resultado dos exames, posso marcar o retorno para amanhã? —

— Sim. –

Carolina logo responde, mas Eduarda nega com a cabeça e diz não. Eu as olho confuso e ela então me fala.

— Amanhã não estarei disponível, aliás, Felipe tem problema você ficar de olho na Carolina durante esse fim de semana? —

— Claro que não. —

— Como assim irmã? Para que? E eu não sou mais criança para terem que ficar de olho em mim. —

— Mas ainda é menor e não é emancipada, precisa ter um responsável por perto. Guilherme me disse ontem que vamos passar o fim de semana fora para comemorar meu aniversário. —

— Seu aniversário? —

— Sim, no sábado a minha amada completa suas dezoito primaveras, e preparei algo especial para nós dois. —

Guilherme entra completando e sinto Eduarda ficar tensa com a presença e fala dele.

— Isso é bom, sem problemas Eduarda, não sairei de casa mesmo, Carolina ficará bem conosco. –

— Não tenho dúvidas, arrume uma pequena mala amor, não venho para o almoço, devo chegar lá pelas vinte e uma horas para te pegar. —

Eduarda concorda.

— Vamos Carol, já estamos atrasados. Tchau gente, tchau pai se cuida. —

Eles saem e logo em seguida Guilherme sai também, estranhei o fato dele levantar tão cedo, mas deve ser por querer deixar tudo organizado para  viagem.

— Vocês voltam quando? —

— Domingo a noite. —

— Posso marcar a consulta com Ricardo para terça então? —

— Sim, pode. Eu vou arrumar a mala, podemos assistir nossa série depois do almoço? —

— Claro. —

Forço um sorriso e não entendo porque saber que ela irá viajar me deixou angustiado, vou ao quarto de minhas filhas, Maria está com elas que para não perder o costume estão chorando. Um tempo depois Eduarda se junta a nós e descemos para o jardim para aproveitar o sol.

A manhã passa, almoçamos e logo em seguida vamos para a sala de televisão, assistimos a três episódios e Eduarda parece relaxada nesse momento.

— Não vai assistir nenhum episódio sem mim hein! —

— Não prometo nada. —

— Ei? —

Ela bate em meu braço e eu dou mais risada ainda, nossos momentos tem sido assim e me sinto bem com ela, ficamos um tempo com minhas filhas e assim que terminamos de jantar eu vou para meu quarto e aquela angústia de mais cedo que não sei explicar volta e eu não consigo relaxar, escuto Guilherme chegar e eles saírem e eu passo a noite ali sentindo como se algo muito ruim fosse acontecer.

Eduarda

Passei praticamente o dia todo com Felipe, e tentei não pensar muito nessa viagem, mas sinto que não será uma boa coisa.

Guilherme chega toma um banho e logo saímos, ele dirigi por cerca de duas horas até chegar em um lugar que parece ser uma chácara, é bem bonito, mas um frio percorre minha coluna, descemos e ele me prensa contra o carro.

— Você se comporta, faz tudo o que mandarem, se eu tiver uma reclamação se quer de você, vou dar um jeito de tirar Carolina daquela casa. Agora tira essa roupa que vou te preparar para entrarmos. —

Faço o que ele manda ficando nua, ele então pega do porta malas uma coleira com uma corrente e coloca em meu pescoço, Também coloca em meus tornozelos e punhos algo parecido com algemas, mas as partes em contato com minha pele são macias, manda que eu abaixe a cabeça e entramos.

Na casa Vejo cerca de dez homens, todos nus, tem muita bebida e drogas no local, Guilherme então sussurra em meu ouvido.

— Gostou da surpresa meu amor? Você vai passar o fim de semana com eles, volto para te buscar no domingo às dezessete horas. —

Ele me entrega então para um homem que passa a mão pela corrente me puxando para perto dele, e assim que Guilherme se vai, eles me prendem com os braços e pernas abertas em cima de uma mesa, utilizando as algemas que Guilherme havia colocado, fico ali por algum tempo, nenhum deles me toca, eles estão bebendo e se drogando.

Até que um deles vem até mim e injeta algo que não sei o que é, eu não perco os sentidos mas me sinto mole e meio tonta, então eles se aproximam em volta da mesa e começam a me tocar, alguns tocam meus seios, outros me penetram com os dedos, eles também se tocam, trocam carícias, beijos e vejo até alguns transarem.

Depois eles me tiram da mesa e me prendem em uma cama, ali eles me tomam, vários juntos, separados, eles também transam entre si, me fazem ficar em várias posições e eu nem sei quanto tempo aquilo dura. Até que me levam para outro cômodo da casa.

Passo o fim de semana daquele jeito, apaguei algumas vezes, algumas vezes senti eles injetando algo em mim, perdi a conta de quantas vezes eles transaram comigo, sei que cada vez que acordava estava em um cômodo diferente, e pelo que entendi, até enquanto eu estava apagada eles abusavam de mim.

Quando eu me urinava, eles me enfiavam na banheira e me mudavam de comodo, me deixando sempre nua e molhada.

Comida não vi nem cheiro, apenas eles me faziam beber algumas coisas, acho que eram isotônicos.

No domingo a tarde eles me algemaram novamente a mesa, mas dessa vez eu estava de bruço, então senti ser penetrada por algo que logo começou a vibrar e arder, na minha boca colocaram algo parecido com uma mordaça, se vestiram e foram embora, me deixando ali naquela mesa.

Não sei quanto tempo permaneci ali, até que Guilherme chegou, ele sorria dizendo que pelo jeito a festa havia sido boa, então ele me soltou, mandou que eu fosse tomar um banho e me entregou uma roupa.

Fui meio que me arrastando, estava tonta, fraca e com dor, só quando cheguei ao banheiro que pude retirar os vibradores que pelo cheiro havia sido esfregado em algo com gengibre, o que explicava a ardência. Meu corpo estava todo marcado, haviam roxos de chupões e nas costas e bunda acho que apanhei de vara ou chicote, mas não lembro direito.

Tomei um banho e logo fomos para casa, já devia ser bem tarde, pois não havia movimento algum,assim que chegamos eu subi para o quarto, vi a luz de Felipe acesa e acho que ouvi vozes, mas estou me sentindo tão mal que eu fui direto deitar, não conseguia dormir, mas Guilherme também não disse nada, apenas se deitou e dormiu, eu fiquei ali, pensando na minha merda de vida até eu apagar...

É Possível Nós Dois?Donde viven las historias. Descúbrelo ahora