O que aconteceu?

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Felipe

Acordo atordoado, estou na minha cama, todo meu corpo pesa, e estou com uma dor imensa em minha cabeça, levo minha mão ao meu pau, estou com um desconforto, o seguro dentro da cueca e noto que estou apenas de cueca, viro minha cabeça para o lado e forço meus olhos abrindo-os, vejo Eduarda, dormindo meio sentada ao meu lado.Tento levantar mas a dor de cabeça insuportável me atinge, me fazendo gemer.

— Arghhhh —

Mas que porra aconteceu aqui? Levo minhas mãos ao rosto e antes que eu possa falar qualquer coisa me assusto com Eduarda falando comigo.

— Você acordou! Como se sente? —

Ela fala e se senta me encarando.

— Minha cabeça parece que vai explodir e meu corpo todo está pesado. O que aconteceu? —

— Você não lembra de nada? —

Olho para ela já me culpando, que merda eu fiz? E por que não me lembro? Parece que ela entende minha aflição pois pega em minha mão e fala.

— Ei,fica calmo, vai ficar tudo bem... Aconteceram muitas coisas essa noite, vou te contar tudo, mas
primeiro precisamos ter certeza de que você está bem, vou chamar o Ricardo já venho. —

Nem consigo responder, ela levanta e sai do quarto. Não demora ela volta com Ricardo.

— Como se sente meu amigo? —

— Como se tivesse sido atropelado por uma jamanta... Eu bebi? Minha cabeça está explodindo... —

— Não, você não bebeu, mas antes de você tomar um analgésico precisamos ir ao laboratório para fazer um exame toxicológico,por enquanto nem comer você pode, você consegue levantar e tomar um banho? —

— O que aconteceu? —

Pergunto me sentando na cama e minha cabeça lateja de dor. Eduarda suspira e senta ao meu lado.

— Vou resumir, depois que você estiver melhor conversamos. Ricardo, tem problema se ele tomar uma água gelada? Eu li em algum lugar que ajuda com a dor de cabeça. —

— Pode beber sim, se ele conseguir. Só bebe devagar cara, provavelmente você vai se sentir enjoado. —

Enquanto tomo a água que Eduarda me entregou eu a escuto.

— Ontem eu fiquei mexendo no notebook, e resolvi olhar as gêmeas pela câmera, elas dormiam, mas Maria entrou, puxou o cabelo de Fran e... —

Eu a interrompo.

— Eu lembro de ter ouvido ela chorar e ter ido até o quarto delas... —

— Então, Maria saiu e voltou, você veio logo atrás, fez a Fran dormir e quando a colocou no berço, a Maria te injetou alguma droga, que fez você meio que apagar, tirou sua roupa e começou a te masturbar. —

Ela fica corada quando fala que viu Maria me masturbando.

— Eu saí correndo atrás de ajuda mas não encontrei ninguém, então entrei no quarto e ela estava nua se preparando para subir em você, consegui a impedir, Guilherme chegou, chamou Ricardo, e passei a noite te acompanhando caso sentisse algo. —

Ricardo então complementa.

— Cara, não sabemos o que ela te injetou, por isso o exame, mas foi algo que apagou seu raciocínio, mas seus reflexos não, porque ela conseguiu te deixar excitado e você resmungava algumas coisas que não entendemos, apesar de não levantar e acordar totalmente, você se virou na cama algumas vezes, mesmo que meio apagado.  —

— Onde está essa maluca? —

Pergunto e Eduarda me responde.

— Não sei se saiu do quarto dela, depois que Nana foi dormir eu subi e não saí mais daqui. —

— Cara, eu nem a vi, mas pelo menos acho que não foi nada muito grave o que ela te deu, apesar da sensação de ressaca você parece bem. —

— Escuto minhas filhas chorarem, e começo a levantar, mesmo com minha cabeça latejando. —

— Ei, fica aí, deixa que eu vou, vai tomar seu banho. —

Ela sai, me deixando com Ricardo, eu levanto devagar indo para o banheiro, tomo um banho gelado e me visto para sair.

— Cara do céu... Acho que você precisa se benzer. Parece que você anda com um ímã para malucas? Kkkkkk, desculpa, sei que o assunto é sério. —

— Pois é! Nesses últimos meses só tem me acontecido loucuras, vamos vou passar ver minhas filhas, mandar aquela louca embora e podemos ir ao laboratório, mas terei que levar as gêmeas, já que preciso que Nana fique de olho em Júnior. —

Assim que entro no quarto das gêmeas, vejo Eduarda dando mamadeira a elas, ela as colocou nas cadeirinhas para que pudesse segurar as mamadeiras das duas ao mesmo tempo. Meu coração pula em meu peito com a cena e rapidamente a imagino como minha esposa e mãe dos meus filhos, mas logo sou tirado dos meus devaneios.

— Como está papai? Nós já estamos limpinhas e agora estamos enchendo a barriguinha.... Não é minhas princesas? —

Sorrio para ela.

— Estou zonzo ainda e com dor de cabeça. Você pode olhá-las mais alguns minutos? Vou mandar Maria embora e depois volto para pegá-las. —

— Acho que não será necessário você mandá-la embora, pelo que Nana comentou ela foi embora não se sabe que horas, levando o dinheiro da padaria e da feira que estava na gaveta da cozinha. —

— Mas que interesseira miserável, bom, depois vejo o que aconteceu então, vou pegar uma roupinha de sair, elas terão que ir comigo ao laboratório, já que Nana precisa ficar de olho em Júnior e elas estão sem babá. —

Me viro para ir ao closed das meninas, mas ela me chama.

— Felipe? Não precisa, eu fico com elas, assim vocês vão mais rápido e será mais confortável para você já que ainda está meio zonzo. —

— É uma boa cara, você está com dor, vai ser melhor irmos só nós dois. —

— Não quero incomodar. —

— Não é incomodo, nós nos damos super bem não é princesinhas? —

— Ok então, obrigado. —

Saímos e não demorou a conseguirmos realizar os exames necessários, volto para casa, me forço a comer alguma coisa, tomo um analgésico e me deito, logo durmo.

É Possível Nós Dois?Onde histórias criam vida. Descubra agora