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5

— Feyre encontrou o Bogge. Após sair com Lucien em uma cavalgada a coitada voltou mais branca que a neve que tanto fiquei acostumada a ver, tremendo como um vara ao vento e suando como se tivesse ficado próxima aos próprios portões do inferno. Foi um trabalho árduo fazê-la se acalmar após o episódio, a coitadinha mal falara comigo para explicar o que houve e fora preciso que Luci contasse os detalhes para saciar minha curiosidade.

Tamlin havia saido mais cedo para caçar a criatura e desde então minha irmã vinha monitorando sua janela, a espera de qualquer sinal de que o grão-senhor voltará.

A lua mostrou sua face, transformando o jardim abaixo em prata e sombra e ainda nenhum sinal da fera. Eu estava deitada na cama de Fey, entretida com um livro dado a mim por Lucien, quando ouvi o som que Feyre fez ao perder o fôlego. E somente quando me aproximei dela na janela soube o motivo.

Macho, curvado e...

Não era um feérico, mas um homem.

Nosso pai.

Feyre sequer exitou quando correu para vestir sua túnica e se enrolar em um manto, enfiando a faca que havia roubado na bota.

— Onde pensa que vai?— sussurrei entre-dentes para minha caçula.

— Não viu!? Era nosso pai!

— Observe Feyre! Como nosso pai estaria aqui? Ainda mais andando perfeitamente como aquele que esta lá fora!

Eu tinha que convence-la a ficar, sabia o que estava lá fora aguardando apenas uma chance de devorar minha irmã.

Fey fora em direção a janela novamente, analisando a criatura que se passava por nosso pai. Somente vi quando realização cruzou seus lindos olhos acinzentados e seus ombros murcharam.

— Eu pensei... talvez...

— Tudo bem meu amor. Vem, vamos nos deitar.

Abracei Feyre após a mesma acomodar-se entre meus braços, tentando conforta-la de alguma forma. Sabia o quão difícil estava sendo para Fey estar em um lugar tão longe de casa, só era mais fácil para mim por ter lido os livros e ter alguma noção sobre as terras em que estamos.

Senti a respiração de minha irmã torna-se rítmica e percebo que ela dormira.

Aos poucos, enquanto ouço seu leve ressonar, entrego-me ao mundo dos sonhos aproveitando o calor do pequeno corpo em meus braços.

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Nos próximos três dias, Feyre havia se juntado a Lucien na patrulha enquanto Tamlin caçava o Bogge.

Já eu, aproveitei esse tempo sozinha para conseguir mais informações sobre Prythian enquanto tentava localizar a exatidão de onde estava nos livros.

Tenho muito o que fazer, cada um de meus planejamentos ao longo dos anos estão começando a entrar em prática, muitas vidas podem ser salvas se tudo sair de acordo com o que planejei e cada um de meus passos devem ser dados com cautela.

Me encontrava em meus aposentos escrevendo uma carta neste momento.

" ...espero que tais informações possam ser o suficiente para salva-los.
   Espero ansiosamente sua resposta.

Ass: Lírio, um aliado e esperançosamente, um amigo."

Após terminar de escreve-la, lacro com cera e entrego para que Matt entregue-a para mim. Agora é só questão de tempo para ver se trará o resultado esperado.