9

1.2K 222 55
                                    

— O som das minúsculas rodinhas eram ouvidas no imenso corredor. O murmúrio dos criados fazendo seus trabalhos era quase nulo, o medo de irritar a pessoa errada era maior do que a vontade de fofocar com seus colegas. Um passo em falso nesse lugar garantiria a morte dos desavisados.

A feérica inferior empurrava o carrinho de roupas sujas em direção a lavanderia enquanto cantarolava uma canção, o carrinho pulava quando passavam por pequenos relevos em seu caminho e ela poderia jurar que ele estava mais pesado que o normal. Mais fedido também. Após chegar em seu destino, a pequena fêmea simplesmente jogou os montes de roupas sujas junto as outras e saiu dali rapidamente.

Tão rápido que não viu quando as roupas começaram a se mexer de forma anormal.

Lilian estava furiosa.

Chutando as roupas para tentar sair daquele lugar rapidamente, ela grunhia xingamentos enquanto tentava desenroscar as roupas íntimas sujas e fedidas de seu corpo.

"Confie em mim Lilian, tenho uma ótima idéia"... — ela murmurava enquanto se debatia — Uma ideia de merda isso sim. Macho filho da pu...

— Espero que não esteja xingando minha mãe, doce Lírio.

Rhysand estava parado no marco da porta enquanto observava a luta da humana em se livrar dos trapos. Lilian levantou a cabeça de sua tarefa — fúria brilhando nas orbes acinzentadas enquanto bufava. Uma cueca em sua cabeça aumentando sua irritação.

— Maldita hora que cogitei pedir sua ajuda, Rhysand — rosnou irritada enquanto tirava a peça do cabelo — Roupas sujas, sério!?

— Bom, consegui coloca-la dentro, não foi!? — respondeu e teve que abafar a risada que queria sair de sua boca.

Após se levantar e garantir que ainda tinha suas armas, Lilian começou a caminhar em direção a saída dos empregados. O macho, curioso, começou a segui-la.

— Sabe se Tamlin já chegou? — pergunta em voz baixa.

— Fora trazido horas depois que mandara você e sua irmã de volta. O emissário veio junto.

Então já fazia alguns dias, supôs.

Lilian precisava chegar ao corredor onde sabia que ficava os quartos dos Grão-Senhores e sua família. Lá, havia alguém que a ajudaria a permanecer escondida dos olhos de Amarantha.

— Rhys, preciso de outro favor.

O macho ergueu as sobrancelhas em diversão.

— Depende, vai xingar minha doce mãe novamente?

— Deixe de sarcasmo ou farei que a encontre logo logo  — rosnou a humana  — por mais que eu duvide que você vá para o mesmo lugar.

Rhysand ergueu suas mãos em sinal de rendição. Ele adorava provocar a pequena fêmea, o fazia lembrar de um de seus irmãos com sua pouca paciência. Eles se dariam bem, pensou com melancolia.

— Em que posso ajuda-la, doce Lírio?

— Preciso chegar aos aposentos dos Grão-Senhores, não será difícil para você.

— Não podemos correr o risco que seja vista, Lilian — disse ele, o simples fato de usar seu nome no lugar de um apelido bobo mostrava o quão sério estava — Se Amarantha descobrir sua existência a matará sem sequer duvidar. Pior, mandara que eu a mate.

— Eu pedi que confiasse em mim, Rhysand — disse calmamente. — Leve-me até os aposentos.

(....)

ᏒᎬᏁᎪᎦᏟᎥᎠᎪ ᎬᎷ ᎪᏟᎾᏆᎪᏒ Where stories live. Discover now