Nova escola

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𝓞 𝓰𝓪𝓻𝓸𝓽𝓲𝓷𝓱𝓸 -de mais ou menos oito anos, estava sentado em banco, do lado de fora da diretoria. Os berros indignados de sua mãe, e as justificativas desesperadas do diretor, podiam ser escutados do lado de fora, enquanto a criança enrolava um pequena mexa de seus cabelos- com a expressão mais plena que uma criança poderia fazer. Aquela cena era com certeza a mais comum, e cotidiana em sua vida. Enquanto escutava Kakuzu encostou sua cabeça e costas na parede, começando a chacoalhar seu corpo, sutilmente bando ambas as partes.

⚊ Senhora, não pode continuar negando isso. Eu realmente espero que...

⚊Vô te falar, tá de sacanagem com a minha cara, é? Olha pra mim, eu tenho cara de palhaça, por acaso? Tá me dizendo que mexeram com o meu moleque e a culpa é dele, e você não vai fazer nada? Que tipo de escola é essa, meu irmão? Nunca vi tanto descaso com uma criança em toda minha vida, não!⚊ Retrucava a mulher irritada.

⚊ Eu sei que o que os meninos fizeram foi errado, e foram todos devidamente castigados por isso. Mas...

⚊ NÃO HA NADA DE ERRADO COM O MEU FILHO, TÁ LIGADO.⚊ Gritou a mulher chutando a porta, e saindo do local furiosa. Ao colocar seus olhos no moreno, ele segurou em sua mão com força, e lhe diz praticamente espumando pela boca.⚊ Vamo, meu filho, eu vou te tirar dessa escola de merda, meu rei!⚊ concluiu, e em seguida levou seu filho pela mão, batendo o pé irada, pelo portão da frente.

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Alguns dias depois

     Kakuzu estava um pouco emburrado. Sentado na janela do carro, ao lado de deus irmãos- que o cutucavam, provocando como qualquer outro irmão faria. Sua mãe dirigia calmamente, com seus olhos atentos na rua, e de vez em quando alternava para olhar seus filhos no banco de trás.

⚊Por que a gente tem que mudar de escola, de novo, meu irmão?⚊ Perguntou o mais velho emburrado.

⚊ Kakuzu não tava se sentindo bem na antiga escola, e também não tinha amigos, sacou?⚊ Gentilmente respondeu a mãe, com um sorriso, sem tirar os olhos da estrada.

⚊ De novo por causa desse deb-loid, é?⚊ Retrucou o garoto, de aproximadamente onze anos.

⚊ É, deb-loid.⚊ Repetiu o mais novo, que estava preso em uma pequena cadeirinha improvisada(com uma almofada e o próprio cinto de segurança). Um pouco irritado, Kakuzu cruzou seus braços e a passou a fitar seus próprios pés, de fato, já haviam mudado vária vezes de escola por causa dele- cinco vezes só aquele ano.

⚊ E a culpa é minha agora por ele ser louco, é isso?

⚊ Seu irmão não é louco, muleque.⚊ Disse a mulher franzindo o senho.⚊ Peça desculpas agora Mukade.⚊Mandou a mãe.

⚊ A senhora não faria a família inteira mudar, só porque eu não gosto de um lugar.⚊ Retrucou o menino, cruzando os braços e virando sua atenção para a janela- olhando os carros passarem na rua.

⚊ É, não mudaria.⚊ Repetiu o menino de cinco anos, como se fosse um pequeno papagaio.

⚊ Não liga pra eles, docinho. Tenho certeza de que vai fazer muitos amigos na nova escola, tá ligado?⚊ Garantiu a mulher, com um sorriso divertido nós lábios.

⚊ Só se ele encontrar outro lunático, meu irmão.⚊ Disse o mais velho baixinho, sem tirar os olhos da janela do carro.

⚊ Lunático, é isso ai.⚊ Repetiu a criança do meio.

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     A mãe de Kakuzu estacionou o carro, e logo seus filhos tiraram o cinto, abriram a porta e saíram. O barulho do motor era ouvido, mas sua doce você pode claramente ser ouvida com a frase "tenham um bom dia meninos", e então ela saiu, com seu preciosos carrinho velho, deixando somente a fumaça e a poeira para trás.

𝓐𝓷𝓳𝓸 𝓭𝓪 𝓖𝓾𝓪𝓻𝓭𝓪Where stories live. Discover now