Minha Amada Esposa

Capítulo 20 - O Nascimento de Boruto Uzumaki

   Era somente mais um dia comum na mansão Uzumaki. O céu azul, em concordância da vibrante e colorida vegetação, mostrava o começo da nova estação.

   Os pássaros cantavam felizes, tudo estava em perfeita harmonia.

   Naruto encontrava-se em reunião com ninguém menos que a Princesa do País da Areia. Era a primeira vez que ela se instalava no País do Fogo, e todos estavam preocupados em fazê-la sentir-se o mais confortável possível.

   Debatiam detalhes importantes junto do Nara, quando de repente Konohamaru abriu a porta num rompante, puxando pela mão uma Hinata muito envergonhada.

   - Naruto! Ela tá passando mal e não quer me dizer o que está sentindo!

   - Querida? - ela sentia-se tímida por ser alvo de tantos olhares.

   - Está tudo bem, meu marido. - ela deu uma risadinha, soltando de seu cunhado, e indo em direção ao marido - Perdão Shikamaru. Perdão Princesa! - ela fez uma reverência leve para a última, tomando cuidado com o novo volume que possuía na barriga - Ele se assustou apenas porque eu parei de repente, pois achei que tivesse sentido...

   Ela parou de supetão, a mão apoiada no ventre, e os olhos arregalados.

   - Viu! Ela fez isso antes! - Konohamaru já roía as unhas de nervoso, enquanto o homem de olhos azuis e a estrangeira loira de olhos verdes se aproximavam da mulher.

   - Senhora Uzumaki, o que está sentindo? - a fala polida e o tom de voz quase diplomático a despertaram de sua surpresa.

   - É como um borbulhar, bem pequenino. - os olhos perolados marejados em emoção.

   - Parabéns, você acabou de sentir o herdeiro de vocês se mexer. - com a declaração de Temari, uma comemoração se iniciou, e depois, deu lugar a indignação de Naruto, que descobrira que ainda demoraria um pouco para que ele pudesse sentir seu filho se mexendo.

*------*

   Depois da primeira vez, ela sentia cada vez mais o remexer de seu bebê em seu ventre, e a sensação nunca deixava de ser mágica. Por isso, passava horas conversando com o pequeno ser que carregava consigo, afim de prolongar seu encantamento.

   E foi num desses momentos que Temari se aproximou, sentando-se ao lado dela.

   - Como é a sensação? - ela começou contida, ganhando um olhar encorajador da mulher delicada ao seu lado - De gerar uma vida?

   - É estranho! - uma risada leve soou dela - As vezes, eu quase me esqueço, até olhar para baixo e ver minha barriga crescendo, ou quando tenho vontade de comer algo estranho.

   - Não sente enjoos? - a de olhos verde musgo estava intrigada.

   - É, tem isso também. - o rosto branquinho se contorceu em uma careta - Mas, ao mesmo tempo, saber que um pedaço do meu amor com Naruto cresce aqui dentro, é indescritível!

   Os olhos perolados fitaram a inquietação da outra com curiosidade. Esperou que ela despejasse o que incomodava.

   - Não sei se um dia serei mãe. - a fala saiu como um sussurro, o rosto levemente corado.

   - Se não for de sua vontade, não vejo problemas nisso Princesa. - a loira sentiu-se surpresa pela leveza na voz da outra.

   - Não é exatamente questão de não querer. - se ajeitou para explicar seu ponto - Mas, acredito que quando me tornar mãe, não vão me permitir continuar sendo do exército. Não sei se quero abandonar minha posição. O País da Areia é conservador, sabe?