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Capítulo 1
Recomeços.

Capítulo 1Recomeços

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RORY

Soltei um suspiro quando minha tia colocou alguma música do backstreet boys pela quinta vez desde que entramos no carro. Pelo retrovisor, trocamos olhares. Ela apenas sorriu com os olhos como se me implorasse que deixasse tocar de novo e dei de ombros encarando a paisagem. Não consigo acreditar como as férias de verão chegaram cedo. As férias pelas quais esperei a minha vida inteira.

Todo verão é exatamente igual para minha prima Belly e isso não é e nunca foi motivo para reclamação. Todo ano, meus primos, Steven, Belly e minha tia Laurel iam para Cousins, um bairro extremamente tranquilo, amigável e próximo o suficiente de todas as praias mais reservadas da região. Todo verão desde que tenho oito anos, escuto sobre como o verão sempre foi mágico, incrível e vivo através da vida de Belly e todas suas histórias extremamente contagiantes sobre como a vida parece perfeita durante todo o verão com os Fisher. O que era bastante legal somente na minha ilusão porque eu não conseguia de fato ter uma noção sobre isso; só vim para Cousins uma vez, dois anos atrás e meu pai veio me buscar duas semanas depois quando minha tia comentou de forma espontânea pelo telefone que eu havia beijado Conrad Fisher durante uma das madrugadas na casa. Até hoje não me lembro bem como aconteceu, ou como descobriram. Estávamos sentados na beira da piscina de madrugada e quando pisquei estávamos trocando um beijo inocente, rápido e que gerou uns segundos de culpa depois.

Essa sempre foram as regras do meu pai; nada de meninos até que entrasse na faculdade. Desde então, nunca mais pude ir, embora minha tia implorasse de forma incansável para que meu pai deixasse de ser orgulhoso e me permitisse viver como uma adolescente comum, foi só quando completei dezesseis anos que ele permitiu que a viagem que ouvi tanto sobre acontecesse da forma certa, claro que acompanhado de um discurso de quarenta minutos sobre como se descobrisse qualquer coisa, iria me buscar. Fiquei ansiosa grande parte da minha última semana de aula, imaginando se a casa de Susannah ainda era tão bonita ou se os meninos ainda estavam por lá. Papai e Susannah namoraram durante o ensino médio, foi assim que ela e Laurel viraram grandes amigas e acredito que até hoje esse seja um dos motivos que acabam gerando problemas toda vez que menciono a casa dela para meu pai.

Mas esse não era meu único motivo da visita. Belly havia me convidado exclusivamente para esse verão porque queria uma companhia para a festa de debutantes no clube, uma festa com vestidos brancos e sapatos chiques que marcavam oficialmente um trâmite entre sua vida de menina para mulher, embora eu ache um pouco ultrapassado considerar uma menina de dezesseis anos como mulher, consigo entender a excitação em cima dessa tradição. As maquiagens, danças, encontros semanais, meninos bonitos por toda a parte. Consigo entender embora isso me cause um certo frio na espinha. Tive dificuldade em não ser transparente grande parte do tempo, eu sei que soa clichê, mas na maioria das vezes sempre pareceu que eu não conseguia me destacar em lugar nenhum. As pessoas nunca lembravam meu nome no dia seguinte, os garotos não tentavam falar comigo na escola do jeito que falavam com minhas amigas e eu sempre escutava comentários sobre como era difícil me notar em algum lugar. Minha tia sempre pediu que eu não tivesse medo de viver ou de sair da caixa, e acho que já passei metade da vida tentando sair dela. É por isso que esse ano eu quero fazer diferente. Aqui, nesse lugar, é onde sempre dá pra recomeçar, onde quase ninguém conhece a minha vida lá fora:

CRUEL SUMMER • Conrad FisherDär berättelser lever. Upptäck nu