VII

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Capítulo 7
O primeiro ensaio no feriado de 4 de julho — parte 2

Capítulo 7O primeiro ensaio no feriado de 4 de julho — parte 2

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RORY

— Sua cor favorita ainda é verde? — Conrad ri. Estamos tanto tempo aqui dentro que o silêncio não foi suficiente, quando me dei conta, por mais que tentássemos não falar nada sobre a última conversa, de repente estávamos só nos perguntando qualquer coisa que vinha na cabeça — E sério? The Kooks? Como eles podem continuar sendo sua banda favorita?

— Ah, disse o cara que escutava The Fray escondido — reviro os olhos rindo também — Para sua informação, o festival de música que fui em Nova York ver The Kooks foi incrível, sério, claro que tirando a parte da menina que vomitou nos meu sapatos.

— O quê? Sério? Que nojo — faz uma careta.

— Sério, ela estava tomando uma bebida azul colorida que cheirava álcool puro e se entupindo de cheetos de queijo, tudo que eu vi depois da quarta música foi meus sapatos lavados — entorto o nariz — Mas as três músicas que ouvi foram ótimas, experiências pra vida toda.

— Você jogou fora, certo? Os sapatos — pergunta e nego com a cabeça, estendendo meu all star azul em sua direção e ele ri alto, afastando meus pés — Cacete, Rory, que nojo!

— Eu lavei e eles ficaram novinhos — rio — Eu jamais jogaria esse tênis no lixo.

Dois anos atrás Belly e Conrad me levaram para um bazar beneficente de Cousins, aparentemente era uma tradição anual da família Michaels que promovia o evento para ajudar a pagar o tratamento da filha deles que sofria de câncer na tireoide na época. Meu pai tinha me dado duzentas pratas para passar o verão sem encher o saco da minha tia, até porque uma pré adolescente de quatorze anos não se preocupava em comprar nada além de um biquíni legal, um maiô simples que mais parece da equipe de natação e um monte de sorvetes do calçadão. Belly falava sem parar que precisava de uma tiara brilhante porque combinaria com as mechas coloridas que havíamos feito de mentirinha, aparentemente molhar papel na água e depois passar no cabelo realmente funcionava como se você tivesse descolorido.

O all star azul claro preenchido de canetinha preta com corações, um raio e gotas de chuva foi o primeiro item do bazar que chamou minha atenção, fiquei apaixonada por ele e Conrad me disse que era besteira comprar logo a primeira coisa que visse, já que caso eu encontrasse algo melhor, me arrependeria do dinheiro gasto. Concordei com ele na época, passei por mais algumas mesas, mas nada me conquistou tanto assim. Quer dizer, tinha uns óculos escuros lindos mas ficaram grandes demais para meu rosto e Belly acabou comprando porque ficaram lindos nela. No final do dia, depois de vasculharmos quase tudo e Conrad comprar uma luminária fluorescente verde musgo, voltei pronta para comprar meu tênis e ver que ele já tinha sido vendido. Fiquei arrasada, não era nada demais, mas eu tinha gostado. Belly e Connie viram como fiquei triste, mas apertaram meu ombro em consolo e me convenceram de comprar brincos de conchinhas, eu nem tinha as orelhas furadas mas comprei mesmo assim.

CRUEL SUMMER • Conrad FisherOnde as histórias ganham vida. Descobre agora