III

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Capítulo 3
A imensidão dos vestidos brancos

Capítulo 3A imensidão dos vestidos brancos

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RORY

Empurrei Jeremiah no momento em que ele tirou de propósito minha tijela de cereal, fazendo com que parte do leite caísse sobre a bancada branca e nova de Susannah. Mostrei o dedo do meio para ele que segurou minha mão e beijou meu dedo, o que me fez rir e esticar novamente. Belly desceu as escadas da sala, um pouco sem graça pelos acontecimentos da noite anterior, e mesmo que eu não tivesse pregado os olhos desde o momento em que desci para beber água, estava mais disposta do que nunca. Trocamos olhares na porta da cozinha, abri um sorriso carinhoso para que ela percebesse que não fiquei brava com toda a situação de Ross, só queria que ela tivesse confiado mais em mim. Sei que peguei todo o lance do baile pela metade, mas ainda dava tempo de tentar fazer as coisas darem certo do meu jeito.

Se Belly não tivesse tentado me ajudar, Conrad não seria meu par para o baile e nossa conversa de ontem jamais teria acontecido do jeito que aconteceu. Até que tudo isso teve uma parte positiva no final das contas.

— Rory, eu... — Belly puxa o fôlego.

— Papo de garotas, estou indo para o clube — Jeremiah coloca o apito no pescoço, depositando um beijo no topo de nossas cabeças e pega a chave do carro apressado, saindo pela gigante porta de entrada. Suspiro encarando minha prima, ela parece procurar as palavras certas pra dizer e tudo que faço é sorrir novamente.

— Tudo bem, Belly, eu sei que não foi de propósito — digo firme e confiante para que ela perceba a sinceridade na minha voz. — Não estou triste.

— Sinto muito, não era pra ter sido daquele jeito — morde a boca. — Em minha defesa, ele disse que tinha dezoito — puxa a caixa de cereal e rio. — Mas pelo menos agora você tem um outro par, Susannah já sabe?

— Se eu já sei? — a voz estridente e calorosa da mulher ecoa na cozinha e rio encarando Belly. — Claro que eu já sei, foi a primeira coisa que o Steven me contou essa manhã. Não acredito que finalmente vou ver Conrad dançando com uma das minhas garotas! — fiz animadamente. — Vamos comprar vestidos, sapatos, alugar terno bonito para um filho bonito.

— Você já ligou para seu pai, Rory? Sabe que ele quer notícias suas e seria bom também avisar sobre o baile de debutantes, é algo que ele gostaria de assistir — tia Laurel sugere e assinto com a cabeça.

Não queria ligar para o meu pai. Não porque eu não queria que ele participasse das minhas coisas, mas porque eu sempre tinha a sensação de que ele arrumaria defeito em tudo isso e eu me sentiria chateada de fazer.

— Vou ligar mais tarde, temos vestidos pra olhar hoje, não é? — encaro Susannah cúmplice que apenas sorri dando uma piscadela na minha direção. — Não sou muito boa pra escolher essas coisas.

CRUEL SUMMER • Conrad FisherWhere stories live. Discover now