VIII

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Capítulo 8
Confesse e beije.

Capítulo 8Confesse e beije

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CONRAD

Terminar comigo? Está brincando com a minha cara?

A frase de Lydia não saia da minha cabeça. Seus olhos esverdeados repletos de lágrimas, a maquiagem escorrendo e a indignação evidente em sua expressão quase me fizeram voltar atrás. Mas eu já estava decidido. Completamente decidido.

4 de julho
08:30 da manhã
Flashback.

— Bom dia — bocejo sentando na bancada da cozinha, despejando um pouco de suco no copo dos restos da café da manhã ainda colocados por ali— Minha mãe saiu?

— Bom dia Conrad — Laurel termina de tirar os pratos da lavadora de louça, as colocando empilhadas nos armários — Foi levar Rory para o ensaio no clube.

— Ah — suspiro — Achei que ela ia com Steven e Belly.

— Eles foram mais cedo, não dormiram a madrugada inteira e decidiram sair, iam passar para pegar Shayla e Cam também — explica e apenas assinto com a cabeça — Você está bem?

— Eu? Não sei, acabei de acordar, não consigo formular um humor — rio mas ela continua séria, me encarando com aquele olhar que só Laurel sabia dar — Estou bem, sério.

— Tudo bem — diz por fim — Coloca o resto dos pratos nos armários mais altos, por favor? Tenho que terminar de escrever uma parte do meu livro, a editora está me cobrando uma revisão.

— Uhum.

Suas mãos alcançam o notebook e ela se senta de frente para mim, digitando freneticamente em questão de segundos. Levanto da bancada assim que termino o suco, já lavando aquele copo e o secando, colocando devagar todo o porcelanato da minha mãe nos armários certos, ela ganhou de casamento e nunca se desfez, deve valer uma bolada. Espio o notebook de Laurel, lendo algumas sentenças que ela ajeita, formatando e me encosto na bancada.

— Como você consegue escrever tão bem sobre essas coisas? — questiono verdadeiramente — Não querendo ser um idiota, mas se você é divorciada e seu casamento não deu certo, como pode escrever sobre amor de um jeito tão conveniente?

Ela ri.

— Em primeiro lugar você está lendo uma obra não finalizado e vai ser injusto com meus outros leitores — brinca — Mas falando sério, não preciso conhecer sobre amor para escrever, até porque não existe uma definição certa, cada pessoa conhece de um jeito e os livros apresentam essas visões.

CRUEL SUMMER • Conrad FisherWhere stories live. Discover now