Capítulo 47 - Time to Party!

435 38 20
                                    

Luna

O cheirinho de café me acordou. O sorriso foi automaticamente surgindo à medida que abri meus olhos, reconhecendo onde eu estava acordando. Então não foi um sonho... Eu tô mesmo no Brasil!

Estiquei meu braço e franzi o cenho ao perceber que Chris não estava no quarto. Bom, ele não fala português, então não pode ter ido tão longe assim. Rindo desse pensamento, me levantei pra uma necessária higiene matinal e saí do quarto, indo em direção às risadas que, pelo que percebi, vinham da cozinha. Parei na entrada do cômodo, simplesmente maravilhada com aquela cena. Meu tio, meus avós e meu namorado rindo juntos, enquanto Chris virava panquecas no fogão.

Ah, gente! Não tenho estrutura não...

- Meu Deus, vocês estão se aproveitando do meu namorado! - Falei em português, em voz alta, fazendo minha família gargalhar alto.

- Ah, Lulu! Ele mesmo se ofereceu, ora. - Vovó disse dando de ombros e eu ri em negação. - Bom dia, filha. - Ela me abraçou quando me aproximei e também me encheu de cheirinhos rápidos, do jeito que minha mãe fazia.

- Bom dia, vovó, vovô, tio Ricardo. - Dei um abraço em cada e fui ao fogão, sentindo o cheiro incrível daquela massa. - Bom dia, meu amor! - Falei abraçada ao Chris.

- Bom dia, princesa! - Ele me beijou rapidamente. - Fome? - Perguntou e eu olhei pra frigideira, sentindo minha barriga roncar.

- Sim, por favor! - Falei.

- Lulu, seu prato, talheres e xícara tão aqui, oh. - Vovó apontou pro lugar mesa ao lado dela e eu peguei o prato só pra Chris colocar duas panquecas pra mim.

- Tio! Você não trabalha, não? - Perguntei pra zoar meu tio e ele riu.

- Me dei folga hoje e amanhã. - Ele disse tufando o peito. - Vantagens de ser o chefe! - Eu ri desse metido. - Eu disse pra sua vó que a ajudaria com todo o necessário na finalização da festa, então cá estou. Tô aproveitando também pra ser o tradutor pro gatão ali. - Ele apontou pro Chris e eu gargalhei alto.

- Se acostumem, viu. - Pisquei pros meus avós. - Ele não tem pretensão nenhuma de sair da minha vida e isso significa que meus filhos serão metade americanos, ou seja, vão falar inglês também. - Falei e minha avó me olhou com a maior cara de choque, enquanto meu avô ria.

- Então vai rolar casamento, Lulu? - Meu tio perguntou.

- Sim, um dia... Se acalmem que não é agora, pelo amor de Deus. - Falei rindo da cara deles.

- Posso saber se estão falando mal de mim? - Chris perguntou ao se sentar do meu lado, trazendo uma travessa de panquecas lindas e quentinhas, e eu ri mais.

- Claro que não, baby! Como poderíamos? - Falei e ele me olhou desconfiado.

- Não era nada, Chris. Só estávamos querendo saber quando será o casamento de vocês... - Tio Ricardo falou e eu o fuzilei com o olhar, enquanto Chris ria sem graça.

- Em breve, Ric. - Ele olhou pra mim e beijou minha testa. - Logo logo... - Chris sorriu de leve e eu olhei sem entender o apelido.

- Peraí? Ric? O que foi que eu perdi? - Perguntei pra ver Chris e meu tio rindo alto.

- Acontece que Chris e eu já somos bons camaradas, Lulu. Aceita! - Meu tio falou, ainda em inglês, e eu dei de ombros, rindo deles. Voltei minha atenção pro delicioso café da manhã, cheio de frutas e me esbaldei em todas. Quando tava me recuperando de uma crise de risos que meu tio palhacinho me provocou com alguma piada sem graça feita com Chris, meu celular começou a tocar uma notificação de chamada de voz pelo FaceTime.

The Moon of my LifeOù les histoires vivent. Découvrez maintenant