CAPÍTULO 5 - DESVIOS

663 119 546
                                    

Babi recostou-se no banco do carro e olhou de canto para Hans compenetrado no celular. Estavam estacionados já há algum tempo a duas ruas de Maybachufer, o Mercado Turco, e ela começava a ficar impaciente.

— Eu vou tirar um cochilo, se eles não aparecerem em dez minutos você me acorda? — disse encaixando os fones nas orelhas.

Fizeram uma parada a caminho do estádio para algumas compras de última hora e, ao invés de os quatro músicos esperarem no carro como combinado, resolveram dar um passeio. Ainda havia tempo, ela podia se dar ao luxo de esperar mais um pouco, porém quanto mais demoravam, mais ansiosa ficava. A música ajudava a relaxar.

O primeiro a aparecer foi Suga. Abriu a porta da van com estrondo, trazendo um pretzel e um bilhete de loteria em cada mão.

— Alguém quer?

— O bilhete? Não, obrigada. Um pedaço do pretzel? Sim, por favor. — Babi retrucou mordendo a massa - Pra que um milionário quer jogar na loteria?

— Pra virar bilionário. — retrucou admirando o bilhete. - Por que não? Eu me considero um cara de sorte, sabe?

— Melhor investir em criptomoeda — Hans foi categórico. — É o futuro. Quem tem dinheiro pra investir agora é que vai se dar bem.

Os dois emplacaram na conversa sobre capital digital, rede de internet paralela, investimentos de risco e, em consequência, o sono de Babi aumentou drasticamente. Ao menos um estava de volta, faltavam três.

Pôs Mama Kin para tocar. Queria se manter acordada, mas tranquila. Sem perceber se pôs a cantarolar e a dançar sentada com os olhos fechados, no seu mundinho longe da criptoconversa. De repente, um dos seus fones foi arrancado e se deparou com Taehyung debruçado sobre a janela do carro sacudindo a cabeça ao ritmo da música.

— Você não é muito fã de pop, né?

Precisou de alguns segundos para se recompor antes de esboçar uma resposta. Não esperava por aquilo, como sempre quando se tratava de Taehyung.

— Hum... Eu gosto de música que me toca. Às vezes elas fazem sucesso, muitas vezes não.

— Então, pelo que vi até agora, posso dizer que você é uma Barbie Alternativa! — O rapaz brincou mostrando a língua.

— Que nada, ela é a Barbie Lutadora. Você não viu ela com o Jungkook? — Jin entrou na conversa imitando um ninja, fazendo Taehyung soltar o fone e se afastar do carro.

Kookie desgracento! Quando se encontrassem ia levar uma surra de verdade pra deixar de ser exibido. Por sinal, por onde ele andava? Era o único que faltava voltar.

O celular de Babi tocou, seguido pelo de Taehyung. No dela, Jaewoo questionava a demora para chegarem ao estádio, no dele... Jungkook estava perdido!

Os coreanos riram, pareciam acostumados com aquilo. Babi amaldiçoou-se três vezes por ter deixado Hans parar no supermercado próximo àquela feirinha. Se tivessem parado em outro lugar sem atrativos já estariam há muito tempo no estádio, mas não, foram parar ao lado do Mercado Turco e agora ela tinha que lidar com um Bangtan Boy desaparecido. Como ele conseguiu se perder em uma feirinha com apenas dois sentidos?

Para acalmar os ânimos, ficou decidido que Hans seguiria com os artistas enquanto Babi procuraria Jungkook. Ele não podia estar longe e disse estar em frente à uma banca de souvenirs logo depois das barracas de fruta. Fácil, fácil.

Babi saiu do carro, deu um tchauzinho para Hans e, assim que a van arrancou, percebeu o ser alto ao seu lado. Jin havia saltado no último instante e agora ligava para Namjoon.

Babá de Marmanjo | Longfic BTSWhere stories live. Discover now