Capítulo 21

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Anna Alicia Narrando...

Meu pai segurou em minha mão fortemente logo após me abraçar.

_ Dante Miller, você foi de grande ajuda. Te devo minha vida, por salvar a da minha filha.

_ Senhor Jhonson, não foi nada. Hoje eu tenho que agradecer sua filha, ela encontrou o assassino e o distanciou a tempo. Do contrário muitas das pessoas que estão vivas hoje, não estaria mais entre nós. Acredito que os policiais precisará dela para o testemunho, eu posso ficar e acompanhar ela?

_ Ela é de grande importância, então ela deve cooperar. Cuide bem dela por mim.

_ Não se preocupe, eu farei.

_ Obrigado.

Meu pai me deu um último olhar antes de sair com minha madrasta e minha irmã. Não demorou muito para a mansão ficar vazia, ele tocou em minha mão me puxando para o segundo andar.

_ Você tem chorado bastante, está assustada?

_ Quem disse que eu estava chorando?

_ Você enxugou suas lágrimas com outra pessoa, está tentando me enganar?

_ Como pode dizer isso... - Falei dando um tapa em seu peito fazendo ele grunhir de dor - O que foi isso? Eu te machuquei só com um tapa leve...

Anna Jhonson Narrando...

_ Do que está falando? - Abri o paletó de seu terno vendo sua blusa social manchada de sangue.

_ Porque não me disse que estava machucado?

_ Estava ocupada demais tirando a bala do ombro do Ivan. Além disso, é só um pequeno machucado vou cuidar disso mais tarde, vamos.

Puxei Dante para dentro de um quarto ali perto o colocando sentado em uma das poltronas.

_ Fique aqui, vou olhar no banheiro se tem um kit de primeiros socorros.

Ordenei que uma das empregadas me trouxesse dois potes uma com água quente e outra com água fria. Não demorou muito para trazer o que pedi. Me sentei ao seu lado colocando as coisas em cima da mesa. Dante desabotoou sua blusa, me fazendo desviar o olhar rapidamente, fazendo o mesmo soltar um sorriso nasal.

_ Como vai limpar meu machucado, se não quer nem olhar para meu corpo?

_ Isso não tem nada haver com querer.

O mesmo teve uma certa dificuldade ao tirar sua blusa social e quando estava com o tronco sem nada tampando, percebi que o machucado era enorme e sangrava muito. Era mais uma cicatriz para coleção de seu corpo. Mergulhei o algodão no álcool e antes de colocar, avisei a ele.

_ Vai doer um pouco. Aguente firme - Assim que encostei o algodão banhado no álcool em seu machucado, vi ele apertar os braços da cadeira firmemente - Essas outras feridas doeram mais que essa, não foi.

_ Eu aguento.

_ Tem tantas cicatrizes em seu corpo, algumas delas parece que foi fatais e profundas. Já teve medo da morte?

_ Quando as pessoas mexem com sua família, você nem se lembra da morte. Acreditaria em mim que a maioria das causas dessas cicatrizes foram... Mulheres que fizeram?

_ Mulheres derrubando um homem grande como você? Não acreditaria.

_ Diego, manda mulheres para me matar, e elas são fortemente treinadas. Primeiro me seduzem e depois tentam me matar, eu já me acostumei, com elas, aprendi o sentido de manipulação e ser atento a pequenos detalhes...

_ E desconfiar de tudo e de todos - Completei, colocando mais um dos algodões com sangue em cima da mesa - Você deveria tomar cuidado com as suas ações, até porque você tem uma filha.

_ Eu cuido, e protejo ela com tudo que tenho.

_ Mas, quem protege você?

_ Sou sortudo demais. O que mais pode acontecer comigo?

Terminei de limpar seu machucado jogando os algodões na lixeira e pegando as bandagens, fita, pomada e a água.

_ Sabe essa cicatriz aqui? - Ele apontou para uma bem específica, porém pequena - Essa foi a mãe de Melanie que em fez em mim. Ela foi a primeira que me enganou nos últimos 5 anos, na nossa noite de núpcias ela atirou uma bala bem no meu peito, por pouco não acertou meu coração. Ela sumiu por 8 meses e deixou Melanie na minha porta. Estava com ódio no coração, acumulado por 8 meses, e com ajuda desse ódio indestrutível, eu a encontrei e a matei.

_ Não se arrepende?

_ Não.

Coloquei o curativo feito por mim de algodão com pomada, em sua ferida, e logo passei a bandagem em volta de seu peito. Peguei uma tesoura para cortar o bandagem.

_ Você quer o meu corpo? - Cortei o pedaço de pano colocando a tesoura e o pedaço cortado em cima da mesa. Apertei a bandagem em cima de seu machucado fazendo ele gemer - Seja mais gentil!

_ Como posso ser gentil com você falando essas bobagens para mim? - Peguei um pedaço de fita cortado colocando na bandagem para segurar - Olha... Não quero que jogue esses jogos sujos com Ivan novamente.

_ O que?

_ Ivan só foi embora achando que você realmente ia interrogar o suposto cara que estava por trás disso... - Coloquei outra fita na bandagem - Ele vai voltar para casa achando que está seguro quando na verdade não está, o homem de hoje mais cedo não quer te matar diretamente e sim pessoas ao seu redor. Você estava na mídia, junto com Ivan, como parceiros, e para te atingir o homem que estava por trás disso queria matar Ivan. Ele está em perigo, mas acha que está seguro. Então, não faça mais isso?

_ Eu estava fazendo isso para te proteger.

_ Me proteger?

_ Embora você e Ivan sejam amigos de infância, vocês não se vêem a mais de 10 anos. A mente de um homem é imprevisível. Além disso, agora você é a secretária dele. Se eu não o testasse, como eu poderia confiar vc a ele?

_ Vc está sendo irracional.

_ Se eu realmente encontrar alguma coisa que prove que Ivan não é um hipócrita, então ficaria mais tranquilo.

_ Do que está falando?

_ Você não o escolheria invés de mim. Certo?

_ Não é da sua conta - Falei jogando as coisas usadas fora olhando para baixo.

_ Estou falando de apoio. Me entendeu mal novamente. Por incrível que pareça está sempre fantasiando comigo - Falou zombando de mim.

_ Eu só quero fazer uma coisa agora... - Falei pegando uma agulha me virando para ele - Costurar sua boca.

Dama Da NoiteWhere stories live. Discover now