Capítulo 5 - "Entranhas do desconhecido"

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26 de outubro

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26 de outubro. Madrugada.

Estava chovendo. Pela primeira vez naquela semana, uma chuva fina e silenciosa cobriu cada centímetro dos vagões — e também foi capaz de limpar o sangue que restou sobre a superfície metálica.

Dominic Cooper havia retornado para dentro do trem há poucos minutos, depois de uma corrida do lado de fora. Passou pela porta no hall de entrada, trocou as roupas molhadas por secas e se deitou depois de verificar se Austin McCarty estava na cama no outro lado do dormitório.

Nic gostava de correr porque, às vezes, correr era tudo o que tinha. Seu corpo podia chegar a certo estado de euforia que continuar parado o faria enlouquecer. Também era por isso que Dominic não gostava de lugares pequenos, do escuro ou de permanecer com os olhos fechados por muito tempo. Precisava estar sempre acordado.

Em geral, o Cooper não era bom lidando com situações que exigiam paciência e calma. Isso nunca funcionou para ele. Inacreditavelmente, no entanto, aquela foi a primeira vez em anos que havia passado mais de vinte minutos sem acordar de repente, assustado, depois de se deitar. Só que não durou muito tempo.

Havia um barulho terrível vindo de algum lugar próximo. Soava como se uma parede áspera estivesse sendo arranhada por alguém. Quando abriu os olhos, o Cooper foi surpreendido pela imagem esquisita de Austin sentado sobre a outra cama, imóvel e com os olhos arregalados. O loiro encarava perdidamente a janela do quarto.

— Os corvos estão aqui de novo... — exclamou.

Austin caminhou até a janela e prendeu com cuidado o tecido que a cobria. Depois disso, o menino espremeu os olhos e torceu para que aqueles pássaros fossem embora. O barulho lhe causava arrepios.

— Você está bem? — Dominic perguntou, ao sentar-se na cama.

— Estou. Acordei há meia hora, com um barulho esquisito. Não eram os corvos. — o loiro caminhou até a porta, impaciente.

— O quê? O que foi que houve? — perguntou Nic.

— Não queria acordar você. Eu ouvi alguém no lado de fora. — Austin guardou as duas mãos no bolso do casaco que tinha acabado de vestir. — Antes disso foi um grito. Depois ouvi algumas pessoas discutindo, uma lanterna passando rapidamente pelo corredor. Vi por debaixo da porta. — explicou Austin. — Acha que devemos dar uma olhada?

— Com certeza. — Dominic pulou da cama e vestiu o primeiro casaco que encontrou. — Alguém pode ter se ferido, ou talvez tenham descoberto alguma coisa. — ele caminhou até a porta e então se virou para o outro menino. — Você não vem?

— Eu... não sei... — Austin hesitou, tentando disfarçar o receio. — Acha mesmo que é seguro?

— Eu diria que não. Mas eu quero ajudar, se for necessário. E não gosto da ideia de você sozinho neste quarto escuro durante a noite. — Dominic ajeitou o cabelo rapidamente e depois caminhou até o corredor. — Eu vou estar do seu lado. Vem ou não? — ele estendeu a mão para Austin.

Trem para Barrymore [CONCLUÍDO]Место, где живут истории. Откройте их для себя