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Você finalmente chegou ao fim do caminho, Passageiro. 😳 E eu preciso perguntar...

Destino ou acaso?

Não responda. Eu vou poupá-lo de voltar para o infinito limbo de onde acabou de escapar. Relaxa, a viagem acabou! Você chegou ao condado de Barrymore.

Obrigado por ter me acompanhado até aqui. A sua leitura é muito importante! E agora, antes que eu me esqueça, fiz uma pequena lista com algumas curiosidades a respeito da história. Obviamente, elas contém spoilers.

1. Sim! O final de o Trem para Barrymore foi escrito com duas proposições. Cabe a você decidir qual delas é a verdadeira. Se escolher acreditar nas palavras do Passageiro Número Três, então o que Lucy Leweis disse em seguida é completamente falso - e você é obrigado a acreditar no acaso. Por outro lado, se preferir enxergar a versão de Lucille como verdadeira, então... você acredita no destino, como ela passou a acreditar. Nesse caso, há uma garota morrendo à beira dos trilhos, com seu livro em mãos e esperando que você vá ajudá-la.

Em qualquer das hipóteses, assim que você escolher acreditar em uma das duas alternativas, a outra automaticamente deixará de ser verdade. Porque, convenhamos, não haveria como ambas coexistirem em uma única história. Ou... será que... sim? 😳 (Brincadeira).

2. Quando Elliot sugere que o grande "mal" do abismo eram os sussurros, e nada além disso, ele estava completamente certo. Dessa forma, a única pessoa que não ficou perturbada devido aos sussurros, mesmo tendo passado seis dias lá embaixo, foi Chariot Green. O motivo é óbvio: ela não poderia ter ouvido os sussurros, porque não conseguia ouvir coisa alguma. Você se deu conta disso? 🫣

3. Como eu disse no início do livro, havia uma série de pistas escondidas ao decorrer dos capítulos. Caso você não tenha percebido, do capítulo 1 ao capítulo 9 existem seis palavras grifadas em negrito. Elas fazem parte de um anagrama que, quando corretamente organizado, forma a frase: "A criança ainda está no trem", referindo-se ao plot twist do primeiro assassino. Além do mais, existem outras oito palavras sublinhadas do capítulo 10 ao capítulo 14. Estas, por sua vez, formam a frase: "Laços fortes só podem ser feitos com sangue", indicando a conexão entre o Contador de Histórias e o Anfitrião (que foi tão discutida pelos passageiros no capítulo 14): eles eram da mesma família.

4. No capítulo 5, durante uma discussão com Charles Bourregard, a personagem Bethany diz que gosta muito do barulho dos trovões em noites de chuva. No entanto, no capítulo 8, quando ela se encontra com Thomas no corredor, diz a ele que odeia o barulho dos trovões. Será que isso era uma pista de que, na verdade, em um dos dois momentos não era Bethany quem estava com o grupo, e sim a sua irmã gêmea? Será que eu deixaria tão na cara assim??? :)

5. Durante a infame noite do "fim do mundo", um pouco antes de Austin revelar a sua verdadeira identidade, é dito que o passageiro está pensando sobre a possibilidade de Dominic ser um impostor. "Mas isso não faria sentido, já que ele era o impostor. E faz ainda menos sentido porque ele não verbalizou aquela hipótese, ou seja, por que ele pensaria algo do tipo quando sabia que não era verdade?", você pode estar pensando. A resposta é simples: Austin (Elliot) nunca pensou naquilo. Se você reparar, a narração dedicada a essa parte da história não utiliza, em momento algum, expressões como "Austin pensou", ou "Austin achou que". Na verdade, todas essas hipóteses são sugeridas pelo próprio narrador, o Passageiro Número Um.

Retirei dois trechos do capítulo. Veja aqui embaixo:

"[...] Dominic... Dominic Cooper. Esse nome. Austin foi obrigado a impedir seus sapatos molhados de continuarem andando. É claro que queria voltar para dentro, para Nic, mas e se Nic não fosse realmente Dominic Cooper? [...]"

Trem para Barrymore [CONCLUÍDO]Where stories live. Discover now