CAPÍTULO 5

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Minha cabeça dói. Tudo dói. Eu podia ouvir o som de bipes rítmicos, e eu senti o ar condicionado frio. A cama que eu estava deitado não era confortável, mas a cama levemente desconfortável não estava nem perto de como o resto do meu corpo se sentia.

Eu lentamente abri meus olhos, para ver meus arredores. Eu estava deitado em um quarto de hospital simples, com um menino de cabelo castanho sentado na cadeira, completamente absorto em seu telefone.

- Charles? - Perguntei, minha voz rouca. Sua cabeça se ergueu para olhar para mim com um sorriso.

- Oi Zaynie! - Ele brincou, sorrindo para si mesmo. - Como você está se sentindo?

Que tipo de pergunta é essa?

- Como merda.- Dei-lhe um pequeno sorriso, para mostrar a ele que eu não estava morto nem morrendo.

Ele revirou os olhos para mim, incapaz de esconder seu sorriso crescente.- Imaginei. Você sempre foi um marica sobre a dor.

Eu comecei olhar para ele por um momento antes de dizer. - Saltaram em mim!!

Ele acenou com a mão como se quisesse descartar meu comentário. - Não importa.

Eu fiz beicinho enquanto murmurava.- Prick.

Antes que eu pudesse analisar minha condição, o médico entrou, me dando um sorriso caloroso. - Sr. Malik!! Sua vez! -  Ele disse alegremente enquanto ia até as máquinas e brincava com as sacolas penduradas em cima de mim.

- Como você está se sentindo? Como está sua cabeça?- Ele perguntou, olhando alguns papéis.

- Como merda. - Eu disse honestamente. Eu podia ver um sorriso brincando em seus lábios.-  o que aconteceu? - Perguntei, mas depois reformulei.-  O quanto eu estava machucado?

Ele franziu os lábios em meus papéis antes de olhar para mim. - Você tem uma leve concussão, e vendo que agora você está acordado e alerta, você deve estar completamente bem.Você tinha hematomas profundos nas costelas e nas costas, mas eles devem cicatrizar em algumas semanas.- Ele sorriu - Você vai ficar dolorido por um tempo, mas deve ficar bem!

-Para que servem, então? - Perguntei apontando para as agulhas no meu braço, e um clipe no meu dedo médio.

- Isso é para o seu monitor cardíaco. - Então apontou para o clipe - Para que possamos monitorar sua recuperação. E isso... - Ele apontou para a agulha que estava presa na parte interna do meu cotovelo- É o seu cordão intravenoso que lhe dá um medicamento que o ajudará com a dor.

- Então ainda dói pra caramba? - Perguntei irritado. Eu estava cansado de sentir dor.

- Acabei de consertar isso! Ele entrará em vigor em cerca de cinco a dez minutos.- Ele me deu outro sorriso antes de se virar levemente para escrever algo em sua prancheta.

- Você deve sair daqui hoje a tarde ou amanhã cedo. Depende de como você está se sentindo. - Acenei com a cabeça antes que ele desse um aceno curto para ambos Charles e eu.- Deixe-me saber se você tiver mais perguntas!- O enfermeiro se virou e saiu do meu quarto.

Eu me virei para Charles. - Quanto tempo ficou fora?

Ele encolheu os ombros. - Algumas horas. Ainda é sexta-feira.- ele brincou me dando um sorriso malicioso. Era isso que eu amava, charles. Ele sempre me faz sentir melhor em tempos de dificuldade.

Charles lentamente levantou-se. - Vou verificar no Max. Estarei de volta em cerca de dez minutos.

- Max?- Questionei antes que a imagem da loiro na festa viesse na minha mente, e os gritos ecoassem na minha cabeça. -Ah, Max. Como ele está? - Perguntei preocupada com o garoto que tentou me ajudar. Eu ainda podia ouvir os sons dos caras batendo nele.

ACIDENTAL - Ziam ✅Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu