Capítulo 11

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Hugo

ㅡ Teremos catálogos com opções de escolha para os clientes. As obras pré-fabricadas são construídas a partir de modelos produzidos em escala industrial. A construção dessas estruturas é feita de maneira mais rápida e... ㅡ estava em uma reunião na empresa e enquanto o funcionário explicava o nosso novo ramo de negócios Leon estava ao meu lado mexendo no celular e parecia preocupado.

Então logo ele me entrega o celular e na tela do mesmo aparecia a câmera de segurança de um dos meus galpãos, a câmera era a de fora onde mostrava Naya com sua irmã nos braços. Seu cabelo estava todo bagunçado, seu olhar estava apreensivo olhando para todos os cantos da rua. Assim que vejo de relance um corte em seu pescoço eu levanto mais rápido que deveria, fazendo o pessoal se assustar e o homem em minha frente parar de falar.

ㅡ Iremos adiar essa reunião para amanhã no mesmo horário. Porém gostei da proposta, então já vão fazendo o catálogo, amanhã discutiremos os detalhes. ㅡ digo e saio rápido da sala com Leon logo atrás de mim. ㅡ Mande colocar ela para dentro. Coloque homens de vigia no galpão... vamos para lá agora.

Termino de dizer e Leon pega o celular para acatar minhas ordens. Entro no meu carro e vou mais rápido que posso até o galpão. Meu celular tocava feito louco e Leon dizia alguma coisa mais eu não conseguia prestar atenção... precisava chegar até ela, eu precisava saber se ela estava bem. Merda... eu devia ter deixado alguém a vigiado.

Assim que o portão do galpão se abre paro o carro em frente a cabine do escritório, saio tão rápido do carro que deixo a porta aberta. Abro com tudo a porta do escritório e vejo ela com uma camiseta chadrez de manga longa aberta, o colo de seu peito esvaga respingado de sangue e seu pescoço cortado, sua expressão era de aflição e ela segurava firme um dos braço. Sua irmã estava sentada na cadeira rabiscando alguns papéis em minha mesa.

ㅡ Ela queria desenhar, espero que não se importe. ㅡ Naya diz e então Leon entra.

ㅡ Porra, o que aconteceu com você? ㅡ Leon pergunta e a irmã de Naya encara Leon.

ㅡ Por favor não fale palavrões na frente de uma criança. ㅡ Naya o encara.

ㅡ O que aconteceu? ㅡ pergunto e ela suspira fundo e senta na cadeira.

ㅡ Aparentemente a CNP sabia de tudo e queria me usar como isca. ㅡ ela diz apertando mais ainda o braço. ㅡ Eu acabei abandonando meu cargo e fui pra casa... alguém estava lá.

ㅡ Mais que merda, era a CNP? ㅡ Leon pergunta.

ㅡ Não... eu acho que não. O cara tinha uma cicatriz no olho, era careca e vi uma tatuagem de aranha no pulso. ㅡ ela termina de falar e Leon me encara.

ㅡ A tatuagem de aranha é um símbolo dos rebeldes. Ele te machucou? E sua irmã? ㅡ pergunto e vejo uma expressão de surpresa em seu olhar.

ㅡ Greta estava com minha vizinha quando aconteceu. Ele deixou algumas marcas em mim, mais nada muito ruim quanto a que deixei nele. ㅡ ela diz e Leon ri. ㅡ Eu vou ser direta... eu não queria estar aqui, mais no momento não tem muita coisa que eu possa fazer com uma criança comigo.

ㅡ Se você tivesse outra opção sem ser eu...

ㅡ Sim, eu escolheria a outra opção. Eu mal te conheço. ㅡ essa resposta faz meu coração apertar.

ㅡ Não seja ridículo, Brandon e Will me pediram pra cuidar de vocês. Sou um homem de palavra. ㅡ digo frustrado e Leon me encara. ㅡ Vou leva-la pra mansão Ballard, lá vocês estarão seguras e depois veremos o que fazer.

ㅡ Obrigada. ㅡ ela diz e dá um sorriso fraco e olha sua irmã. ㅡ Não queria que ela passasse por isso.

ㅡ Bem vinda ao nosso mundo princesa. ㅡ Leon diz.

Ver Naya com aquela expressão de dor me incomodava por dentro, saber que ela foi machucada me incomoda mais ainda. Foi bom eu ter contado a ela, assim ela teria a mim para recorrer já que os filho da puta da CNP queria usa-la.

ㅡ Os meus homens irá levar vocês, estarei logo atrás. ㅡ digo e ela me olha.

ㅡ O meu carro está la fora.

ㅡ Alguém levará ele. ㅡ digo e olho para Leon. ㅡ Leon levará.

Ela pega a chave e Leon estende a mão pra pegar mais ela segura novamente antes de soltar e o encara séria.

ㅡ Se ele tiver um arranhão se quer eu acabo com você. ㅡ ela diz e ele sorri. Quando ele pega a chave o sorriso desmancha.

ㅡ Espera... essa chave parece chave do fu...

ㅡ Isso aí, fusca. Não venha me dizer que ele não é um carro porque é minha maior relíquia. ㅡ ela diz ameaçadora e Leon me encara.

ㅡ Eu não sei dirigir isso Hugo ㅡ ele fala e eu sorrio.

ㅡ Se vira. ㅡ digo revirando o olho.

ㅡ Sem nenhum arranhão. ㅡ ela ameaça novamente Leon e vai em direção de sua irmã.

ㅡ Merda. ㅡ Leon esbraveja. ㅡ Eu vou indo na frente... mais é bem capaz de vocês me passarem depois. ㅡ ele reclama e sai da sala.

Naya fala alguma coisa com a irmã que sorri e balança a cabeça. Ela estende o braço e Naya a pega porém faz uma careta de dor. Ela ia pegar a mochila também mais eu pego antes e ela me encara.

ㅡ Você realmente está bem? Não está muito machucada? ㅡ pergunto e ela faz outra careta.

ㅡ Realmente tá preocupado? Ou é só por educação a pergunta? ㅡ ela levanta uma sobrancelha.

ㅡ Fica a seu critério me julgar. ㅡ digo. ㅡ Por hora deixa eu ser educado. ㅡ olho para criança em seu braço que me encarava. ㅡ Que tal vim com o tio mais forte aqui? Sua irmã tá velha e está com a coluna doendo. ㅡ a menina ri e se joga em meus braços enquanto Naya me encarava com um olhar julgador.

La Mafia BallardWhere stories live. Discover now