Capítulo 27

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Naya

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Hoje seria o evento que Hugo queria que eu fosse. Sara me explicou que o evento era para promover uma nova empresa benefiada e que muitos homens importantes e de alto escalão estaria lá e para a segurança deles a propia CNP estaria presente.

Eu estava com um vestido liso branco sem alça, ele tem uma fenda do lado esquerdo que vai até a metade de minha coxa. Calço um salto agulha preto que tem a correia trançada até o começo de minha panturrilha. De acessórios aparentes usava apenas uma simples corrente e pulseira. Já os acessórios escondidos... em minha cocha no coldre tinha uma arma e duas facas.

Desço as escadas e antes de pisar no último degrau vejo Hugo com seu terno preto e smokig impecável. Ele me olha e seu olhar fica preso em mim sem desviar um milímetro se quer.

ㅡ Nossa... ㅡ ele fala e pausa me olhando de cima em baixo. ㅡ Você ta muito linda.

ㅡ Obrigada. ㅡ digo sorrindo.

ㅡ Leon e Sara já foram. ㅡ ele estende sua mão. ㅡ Vamos.

Ao tocar em sua pele me sinto mais nervosa que já estava. Nosso último toque me deixou muito desnorteada e quase o ataquei lá na sede. Talvez eu esteja ficando um pouco louca, os sonhos que tenho com ele e esse sentimento crescendo dentro de mim só me faz querer beja-lo mais ainda como se não houvesse amanhã.

O trajeto até o local do evento foi bem tranquilo. Conversávamos casualmente. A cada minuto ao lado dele eu sentia que o conhecia um pouco mais... e isso é satisfatório.

Assim que chegamos várias câmeras são apontadas para nós junto com uma enxurrada de perguntas que Hugo ignora todas. Ele apenas apoiou sua mão em minha costa e me conduziu para dentro do salão. Ao entrar fomos a procura de Sara e Leon, no meio do caminho vi várias figuras políticas e até agentes da CNP que me encarou desacreditados. Para manter o meu papel de desentendida fiquei bem plena como se eu nunca tivesse os visto em toda minha vida.

ㅡ Vocês chegaram. ㅡ Sara vem ao meu encontro. ㅡ Essa mesa tá reservada para nós.

ㅡ Isso aqui tá um saco. ㅡ diz Leon com uma voz entediada.

ㅡ Ficaremos até o jantar para manter a aparência. Depois vamos embora. ㅡ Hugo diz e logo um homem aparece o cumprimentando.

ㅡ Vem, vamos pegar uma bebida. ㅡ Sara me puxa para um balcão. ㅡ Seu ex chefe está aqui. ㅡ ela sussurra sem me olhar. ㅡ E está vindo em sua direção.

Sem dar tempo de nós sairmos ele chega até mim e Sara fica a espreita nos observando.

ㅡ Naya. ㅡ a voz de Santiago sai como de alguém bem estressado. Me viro o olhando e Adrian estava logo atrás dele. ㅡ O que pensa que tá fazendo? Eu poderia te prender agora mesmo e...

ㅡ Desculpa senhor... ㅡ o interrompo. ㅡ Me conhece de algum lugar?

ㅡ O que? Está me fazendo de idiota? ㅡ eu queria rir da sua cara de ódio. ㅡ Você quase enfiou um lápis em minha garganta e ainda por cima faz parte do esquema dos seus pais, não se faça de desntendi.

ㅡ Meu Deus. ㅡ me finjo de assustada. ㅡ Quem é o senhor? Por que chega assim me acusando de coisas que não fiz.

ㅡ Garota não testa minha paciência... ㅡ ele levanta a mão e Adrian segura seu braço.

ㅡ Senhor eu não sei quem é, se continuar tentando me intimidar e me acusar de algo vou ser obrigada a procesa-lo. ㅡ digo firme e ele olha para Adrian desacreditado.

ㅡ Você sabe muito bem do que estou falando. ㅡ ele pega o celular. ㅡ Você foi uma agente na CNP e bem provável a espiã dos seus pais mafiosos. ㅡ mexe mais uma vez então mostra a tela do celular. ㅡ Olha aqui sua fixa.

Ele provavelmente mexeu tão rápido que mal viu que na tela do celular não havia nada.

ㅡ Eu acho que o senhor não está muito bem não é, "arquivo inexistente" é minha fixa? ㅡ ele olha o celular com pressa e vejo seu desespero. ㅡ Vou considerar que o senhor deva estar em um dia difícil para agir dessa forma acusando pessoas sem motivo algum. Por favor senhor não fique fazendo cena com desconhecidos. Eu nem sei quem o senhor é.

ㅡ O que... o que aconteceu? ㅡ ele estava em um desespero desolador.

O mesmo sai apressado no meio da multidão. Me viro e pego o taça com a bebida.

ㅡ Acho que te subestimamos demais. ㅡ Adrian diz atrás de mim. Me viro o encarando.

ㅡ E você é quem? ㅡ pergunto e acabo não conseguindo conter o sorriso. ㅡ Vai me acusar de algo também? Céus o que está acontecendo hoje?

ㅡ Imprecionante... quero ser que nem você um dia... mais não quero estar em sua pele. ㅡ ele diz e se vira saindo do salão.

No momento que ele se mexeu para sair eu vi algo em seu pescoço... algo familiar.

ㅡ É ele. ㅡ digo me virando para Sara que me olha sem entender nada. ㅡ Ele faz parte dos rebeldes.

ㅡ O que? Como você sabe? ㅡ ela pergunta assustada.

ㅡ A forma como ele disse, como se soubesse o que está acontecendo... e eu vi a tatuagem de aranha em seu pescoço. A camisa tampa mais a forma que ele se movimentou deu para ver. ㅡ eu não podia acreditar que tinha sido enganada pela CNP mais uma vez.

ㅡ Vem, vou avisar Leon. ㅡ ela se vira e voltamos para a mesa.

Esstava na minha cara o tempo todo. CNP não ia saber facilmente de minha familia e logo que eu volto de Los Angeles Adrian aparece... eles queriam que Adrian ficasse me vigiando. Por isso das perguntas, ele queria descobrir mais alguma coisa.

ㅡ Você tem certeza? ㅡ Hugo me pergunta.

ㅡ Sim... sem dúvida. Hugo foi ele que deu as informações para CNP, por isso que se passou de agente para estar perto de mim. ㅡ digo com raiva.

ㅡ Calma... ㅡ ele suspira e vira para Leon. ㅡ Coloca alguém na cola dele agora, assim que pegar me avisa. Leva para o galpão e não deixa...

Hugo passava todas as instruções para Leon e nesse instante meu olhar crusa com uma pessoa que eu jamais achei que poderia reencontrar... John¹.

¹John: foto no capítulo "apresentação"

La Mafia BallardWhere stories live. Discover now