Capítulo 7. Não podemos ter tudo

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Era muito tarde da noite, Wade estava preocupado se o Parker não tivesse, de novo, se esquecido de comer alguma coisa. Depois que ele se enfia naquele laboratório, fica hiperfocado e esquece completamente do mundo externo, suas necessidades, era um perigo.

Carregando uma caixa de pizza, ele se dirigiu até lá, passou o cartão destrancando as portas, Wade às abriu de costas empurrando com o quadril, descontraído.

— Senhor Petey, não me lembro de te ver saindo pra ir comer alguma coisa. Meninos maus comportados não tem a visita do Papai Noe... — a fala morreu nos lábios do Wade.

Ele ficou boquiaberto.

Até cometeu o sacrilégio de deixar a caixa de pizza ir ao chão. Sorte que não se abriu.

E falando em sorte...

— Aaaah...! De vagar...

— Hm... Desculpe...

— Tudo bem, continue... Ah...!

Wade tinha acabado de pegar o Homem-Aranha e o senhor Parker fudendo?!?!?

Peter estava deitado em cima de uma das mesas, por cima de papéis — provavelmente importantes, mas agora molhados com fluidos — a camisa de botões aberta, estourada, a calça pendurada numa das canelas, abraçando o Homem-Aranha sobre ele.

O herói estava usando todo o uniforme, as calças pouco abaixadas, não revelavam muito. A máscara só um pouco acima do nariz.

Eles não pareciam notar sua presença, como se o Wade fosse um espírito, ou um espectador de um pornô — e esse estava sendo um que ele adoraria ver e nunca teve oportunidade.

Se moviam devagar, o herói parecia tomar cuidado com Peter Parker. Peter se contorcia, choramingava. Wade podia ver ele torcendo os dedos dos pés usando meias pretas, enquanto ele respirava afoito.

Mas dizer que era um pornô talvez fosse muito forte, afinal Wade estava indo de um lado para o outro, mas não conseguia pegar mais detalhes. Não conseguia ver a bunda desnuda do Homem-Aranha, nem a genitália do Peter.

Poderiam estar usando até um tapa sexo, Wade não conseguia ver muito. Cruzou os braços, frustrado.

Mas deixou de ficar emburrado quando seu melhor amigo, o amigo da vizinhança, teioso, deu uma leve mordida no mamilo de Parker.

Peter Parker soltou um gemido alto, arrastado, rouco, fechando os olhos e jogando a cabeça para trás. Suava e bagunçava os cabelos chocolate. Wade ficou ainda mais duro.

E então ele ouviu um alto barulho de um bater de palma, e teve a sensação do chão sair de baixo de seus pés e ele cair infinitamente.

Se sentou na cama afoito, agarrando o acolchoado como se a vida dele dependesse disso. Não é o caso, pois ele tem o benefício de não temer a morte.

— Eu até sinto falta dela — resmungou sonolento.

— De quem? — lhe perguntaram em um tom irritado.

— Mort... — ele parou de falar ao ver com mais clareza quem estava sentada na cama. — Shiklah, claro.

Sua esposa girou os olhos.

Wade abriu os braços a convidando, mas ela pegou um travesseiro e o empurrou de volta para a cama.

— Quando você voltou?

Ela devolveu a pergunta:

— Quando você voltou? É a primeira vez que te encontro dormindo em nossa cama, nesta nossa casa.

Querido Senhor PeterOnde as histórias ganham vida. Descobre agora